22 novembro 2012

Dona da Artex e Santista, Coteminas considera aquisição da marca Teka

Líder no mercado brasileiro de produtos têxteis para cama, mesa e banho, a Springs Global, empresa controlada pelo grupo Coteminas, pode acrescentar a seu portfólio a marca Teka. Foi o que deu a entender o presidente da companhia, Josué Gomes de Castro, em evento com investidores ontem em São Paulo. Sem citar nominalmente a indústria têxtil catarinense, o executivo sugeriu a possibilidade de aquisição da marca concorrente, que se somaria a Artex, Santista, MMartan e Casas Moysés, fortalecendo a estratégia de valorização de ativos intangíveis da holding. -

"No Brasil, há uma empresa grande, com uma marca conhecida e forte, que está passando por um momento de reestruturação, inclusive dentro de um processo de recuperação judicial. Nós não podemos descartar a possibilidade de aquisição de qualquer ativo. Não é nossa prioridade, mas se for um bom negócio e fizer sentido para o nosso orçamento, eventualmente [poderá ser realizada a aquisição]", disse.

A Teka ajuizou pedido de recuperação judicial em outubro deste ano. Segundo Castro, a Springs Global não precisa da marca concorrente, uma vez que ela possui posicionamento de mercado semelhante ao da linha Santista. Voltada para as classes C e D, e distribuída principalmente através do varejo multimarca, a Santista triplicou de tamanho nos últimos quatro anos, de acordo com o executivo.

"A rigor, não precisamos, é uma marca que está mais ou menos no mesmo segmento, agora, dependendo do preço, e se tiver retorno, quem sabe", afirmou o empresário. O CEO da Springs Global afirmou que o varejo monomarca das bandeiras Artex e MMartan ainda apresenta resultados abaixo do esperado, o que deve ser resolvido com uma maior integração entre produção e distribuição, reduzindo o tempo entre o desenvolvimento e a chegada do produto à prateleira. Com isso, problemas como atrasos de entrega e estoques excessivos devem ser reduzidos.

A melhora no desempenho do varejo deve diminuir a ociosidade industrial, aumentando a rentabilidade. Outro fator de otimismo para a empresa, segundo Castro, se deve a uma expectativa de elevação da competitividade para o setor têxtil brasileiro em geral, provocado pelo impacto das medidas de estímulo governamentais à indústria e ao aumento dos custos de produção nos países asiáticos.
Fonte: dci 22/11/2012

22 novembro 2012



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