15 novembro 2012

KPMG indica seis passos para a expansão global das instituições de ensino superior

Apesar de existirem grandes oportunidades para instituições de ensino superior (IES) se expandirem internacionalmente, muitas delas podem vir a enfrentar problemas em diversas frentes caso não adotem certas medidas necessárias para gerenciar os múltiplos riscos associados ao fato de se tornarem globais. Esta é a principal conclusão de um novo relatório elaborado pela KPMG International.

 De acordo com o documento – intitulado Extending the Campus - A Lesson in Successful Global Expansion for Higher Education Institutions (Expandindo o campus – Uma lição de sucesso para a expansão global de IES) –, com o crescimento da demanda por oportunidades de educação internacional (que registrou taxa média anual de avanço de 7,1% entre 2000 e 2010), algumas instituições buscam aproveitar a oportunidade de levar suas marcas e ampliar em diferentes lugares do globo, tanto em termos de educação, como de pesquisa.

 As oportunidades que as IES têm para desenvolver sua reputação e ampliar suas receitas estão no momento certo para serem aproveitadas em todo o mundo, e isso se deve ao crescimento dos mercados emergentes e ao desenvolvimento acelerado de suas respectivas classes médias, assim como ao impacto óbvio da educação sobre o estímulo do desenvolvimento econômico e da inovação.

 Um exemplo disso é a China, que, de acordo com a pesquisa citada no relatório, investiu US$ 20 bilhões em educação desde 1990 e aumentou o número de matrículas de 5 milhões de estudantes secundaristas em meados dos anos 90 para mais de 34 milhões em 2010.

 “O Brasil tem sido nos últimos anos um polo de atração do interesse de IES internacionais. Muitas redes de ensino superior brasileiras foram adquiridas por grupos estrangeiros e acabaram se tornando instituições transacionais. Diante das boas perspectivas de crescimento ainda existentes para este mercado nacionalmente, as IES brasileiras são mais tímidas em avaliar uma eventual expansão internacional. No entanto, dependendo das oportunidades, essa pode ser uma iniciativa interessante para os negócios, certamente”, afirma Marcos Boscolo, sócio-líder da área de Educação da KPMG no Brasil e também integrante dos grupos de ações e discussões sobre a área na KPMG International. Boscolo foi responsável pela apresentação de cases e experiências desenvolvidas no País e que foram contribuíram para a composição do atual relatório.

 O relatório indica que, apesar das boas intenções de muitas instituições em se expandir para além de suas fronteiras nacionais, muitas não obtiveram sucesso em desenvolver estruturas operacionais e de governança adequadas, tanto anterior, quanto posteriormente à implementação. “Diversas atribuições que a KPMG assume globalmente exigem que nós esmiucemos alguns acordos que redundaram em problemas devido ao fato de a instituição não ter estabelecido estruturas de supervisão ou de governança adequadas antes de prestar suporte aos inúmeros projetos transnacionais desde o seu início, ou quando se tornaram operacionais,” explica Mike Rowley, líder global de Educação da KPMG e sócio da firma-membro no Reino Unido.

 O relatório descreve lições-chave adquiridas em expansão transnacional e apresenta insights de Rowley e de outros sócios da KPMG que atuam no setor de educação, sempre apoiadas em quatro estudos de caso de IES no Canadá, na Índia, na Holanda e no Reino Unido.

 Como as instituições utilizam uma variedade de modelos operacionais para se envolverem na expansão transnacional, tais como filiais de campi, parcerias e educação on-line e a distância, não há realmente uma fórmula em comum garantida para o sucesso, de acordo com os autores do relatório. Esse é o motivo de uma abordagem por etapas ser essencial.

 O relatório sugere a adoção de seis passos para que as IES sigam de maneira a minimizar o risco e maximizar o sucesso em uma área de negócios cada vez mais crítica, complexa e em rápida transformação.

 Seis passos-chave para uma expansão transnacional bem-sucedida:
1. Descrever o caso de negócio para expansão
2. Desenvolver o plano de negócios completo
3. Conduzir due diligence e negociar o acordo integral
4. Aprovar o acordo
5. Implementar o plano de negócios
6. Avaliar e revisar o projeto.

 Para concluir, Mike Rowley comenta: “Desenvolver uma estratégia robusta para a expansão global não é fácil. Isso requer que as equipes de liderança obtenham uma sólida avaliação não somente em relação à capacidade interna da instituição e ao seu apetite por riscos relacionados à expansão, como também em relação a fatores externos e tendências futuras que influenciarão o sucesso de sua estratégia e o aperfeiçoamento resultante da marca.”

 A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory presente em 152 países, com 145.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. As firmas-membro da rede KPMG são independentes entre si e afiliadas à KPMG International Cooperative ("KPMG International"), uma entidade suíça. Cada firma-membro é uma entidade legal independente e separada e descreve-se como tal. No Brasil, a organização conta com aproximadamente 4 mil profissionais distribuídos em 20 cidades de 11 Estados e Distrito Federal.
Fonte:revistafator 13/11/2012

15 novembro 2012



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