31 março 2013

Compramos alguns jornais... jornais?

Nos últimos 15 meses, adquirimos 28 jornais diários por um total de US$ 344 milhões. Isso pode intrigá-los por dois motivos. Primeiro: há muito tempo venho dizendo, em cartas e em nossa assembleia anual de acionistas, que a circulação, faturamento publicitário e lucro do setor jornalístico como um todo estão destinados a cair. Essa previsão continua válida.

 Segundo: as propriedades que compramos ficam abaixo de nossos requisitos de tamanho para aquisições. Podemos tratar do segundo ponto com facilidade.

 Eu e Charlie [Munger, sócio de Buffett] amamos jornais. Se a sua situação econômica da publicação faz sentido, nós a compraremos mesmo que fique muito abaixo do limite de tamanho que requereríamos para, por exemplo, adquirir uma companhia que produza widgets [pequenos aplicativos, como relógio, calendário e previsão de tempo]. Já tratar do primeiro ponto requer que eu ofereça uma explicação mais elaborada, que incluirá dados históricos.

 Notícias, para definir com simplicidade, são aquilo que as pessoas não sabem que desejarão saber. E as pessoas buscam suas notícias --aquilo que é importante para elas-- nas fontes que ofereçam a melhor combinação possível entre imediatismo, facilidade de acesso, confiabilidade, abrangência e baixo custo. A importância relativa desses fatores varia de acordo com a natureza das notícias e da pessoa que as deseje.

Antes da televisão e da internet, os jornais eram a fonte primária de uma incrível variedade de notícias, fato que os tornava indispensáveis para porcentagem muito elevada da população. Quer os interesses do leitor fossem internacionais, nacionais, locais, esportivos ou financeiros, seu jornal usualmente seria o primeiro a lhe fornecer as mais recentes informações.

 De fato, um jornal continha tanta informação interessante para o leitor que comprá-lo sempre valia o investimento, mesmo que apenas algumas poucas páginas atendessem ao interesse específico de um leitor individual. O melhor é que tipicamente os anunciantes arcavam com a maior parte do custo de produção, e os leitores se beneficiavam disso.

 Além disso, os anúncios exibiam informações de interesse vital para legiões de leitores, e, na prática, ofereciam ainda mais "notícias".

 Os editores provavelmente farão uma careta diante dessa afirmação, mas para muitos leitores descobrir que apartamentos ou empregos estavam disponíveis, que supermercados estavam oferecendo promoções de final de semana ou que filmes estavam em cartaz, onde e em que horários, podia ser muito mais importante do que as opiniões expressadas na página de editoriais.

 E o jornal local, por sua vez, era indispensável para os anunciantes. Se a Sears ou a Safeway construísse uma loja em Omaha, seria preciso um "megafone" para informar aos moradores por que eles deveriam visitar essas lojas.

 As grandes lojas de departamento e os grandes supermercados brigavam para superar os rivais com anúncios de múltiplas páginas, sabedores de que os produtos anunciados encontrariam vendas aceleradas. Já que não existia qualquer outro megafone comparável ao oferecido pelos jornais, estes não precisavam se esforçar para vender anúncios.

 Enquanto um jornal fosse o único em sua comunidade, era certo que os seus lucros seriam extraordinários, e não fazia diferença se fosse bem ou mal administrado --como confessou um grande proprietário de jornais do sul dos Estados Unidos em uma declaração famosa: "devo minha posição na vida a duas grandes instituições norte-americanas: o nepotismo e o monopólio".

 Ao longo dos anos, a maior parte das cidades passaram a contar apenas com um jornal --ou dois jornais concorrentes, que terminariam por unir forças e operar como entidade econômica unificada. Essa contração era inevitável porque a maioria das pessoas só queria ler e pagar por um jornal. Nos casos em que existia concorrência, o jornal que obtivesse vantagem clara na circulação recebia quase automaticamente a maioria dos anúncios.

 Anúncios atraíam leitores, e leitores atraíam anúncios. Esse processo simbiótico condenava o jornal menor à extinção, e se tornou conhecido como "a sobrevivência dos mais adiposos". Nati Harnik/Associated Press O sócio de Buffett, Charlie Munger, durante uma conferência

Agora o mundo mudou. Cotações de ações e os detalhes dos eventos esportivos nacionais já se tornaram notícia muito antes que as rotativas comecem a girar. A internet oferece informações extensas sobre os empregos e as casas disponíveis em cada mercado.

 A televisão bombardeia os telespectadores com notícias políticas, nacionais e internacionais. Em uma área de interesse após a outra, os jornais perderam, portanto, a sua "primazia". E, com a queda de suas audiências, caiu também sua receita publicitária --o faturamento dos classificados de empregos, por muito tempo uma imensa fonte de renda para os jornais, caiu em mais de 90% nos 12 últimos anos.

 No entanto, os jornais continuam a reinar na veiculação de notícias locais. Se você deseja saber o que está acontecendo em sua cidade --notícias sobre o prefeito, impostos locais ou o resultado do time de futebol americano da escola secundária--, não há substituto para um jornal local que esteja fazendo bem o seu trabalho.

 Um leitor pode facilmente se entediar depois de ler dois parágrafos sobre as tarifas canadenses ou os desdobramentos políticos no Paquistão, mas uma reportagem que fale sobre ele e seus vizinhos será lida até o fim.

 Onde quer que exista um senso bem disseminado de comunidade, um jornal que atenda às necessidades especiais de informação daquele local continuará a ser indispensável para proporção significativa dos moradores.

 Porém, mesmo um produto valioso pode se autodestruir caso adote uma estratégia de negócios incorreta. E esse processo esteve em curso nos últimos dez anos em quase todos os jornais, não importa o tamanho. As empresas que os controlam --entre as quais a Berkshire Hathaway, em Buffalo-- ofereciam seu conteúdo gratuitamente na internet enquanto cobravam somas consideráveis pelos exemplares em papel.

 Como isso poderia levar a outra coisa que não uma forte e firme queda nas vendas da versão em papel? Sob essas condições, o "círculo virtuoso" do passado se reverte.

 O "Wall Street Journal" adotou desde cedo um modelo de acesso pago. Mas o principal exemplo para os jornais locais é o "Arkansas Democrat-Gazette", controlado por Walter Hussman Jr. Walter também adotou cedo um formato de acesso pago, e nos dez últimos anos sua publicação manteve a circulação de maneira muito superior a qualquer outro grande jornal dos Estados Unidos.

 A despeito do exemplo excelente oferecido de Walter, foi apenas no último ano ou pouco mais que outros jornais, incluindo os da Berkshire Hathaway, passaram a experimentar arranjos para acesso pago. O modelo que funcionar melhor --e a resposta quanto a isso não está clara-- será amplamente copiado.

 Charlie e eu acreditamos que jornais que ofereçam informação abrangente e confiável a comunidades bem integradas e tenham uma estratégia sensata de Internet continuarão viáveis por muito tempo. Não acreditamos que o sucesso virá por meio de cortes do conteúdo noticioso ou redução na frequência de publicação.

De fato, uma cobertura fraca das notícias resultará em base de leitores fraca. E a publicação em periodicidade que não seja diária, algo que vem sendo tentado em algumas grandes cidades e metrópoles, certamente deve diminuir a relevância dos jornais com o passar do tempo, embora possa talvez propiciar melhores lucros em curto prazo.

 Nosso objetivo é manter os nossos jornais bem recheados de conteúdo que interesse aos leitores, e receber pagamento adequado daqueles que nos considerem úteis, quer o produto que consomem esteja em suas mãos ou na internet.

 Nossa confiança é reforçada pela disponibilidade da excelente equipe de gestão de Terry Kroeger no "Omaha World-Herald", um time com capacidade para gerir um grande grupo de jornais.

 Os jornais individuais, porém, serão independentes em sua cobertura noticiosa e opiniões editoriais --votei em [Barack] Obama; de nossos 12 diários que expressaram apoio a um candidato presidencial, 10 optaram por [Mitt] Romney.

 Nossos jornais certamente não estão isolados das forças que vêm causando queda de receita. Ainda assim, os seis pequenos diários que estiveram sob o nosso controle por todo o ano de 2012 não perderam faturamento no período, resultado muito superior ao experimentado pelos diários das grandes cidades.

 Além disso, os dois jornais de maior porte que operamos por todo o ano --o "Buffalo News" e o "Omaha World-Herald"-- limitaram a sua perda de faturamento a 3%, um resultado também superior à média.

 Entre os jornais das 50 maiores regiões metropolitanas dos Estados Unidos, nossas publicações em Buffalo e Omaha ficam perto do topo do ranking em termos de penetração em seus territórios base. 

Essa popularidade não acontece por acidente. O crédito cabe aos editores desses jornais (Margaret Sullivan no "Buffalo News" e Mike Reilly no "Omaha World-Herald"), responsáveis por publicar informações que tornaram seus jornais indispensáveis às suas comunidades --Margaret, lamento dizer, recentemente nos deixou e aceitou um posto no "New York Times", um jornal cujas ofertas de emprego são difíceis de resistir. Foi uma excelente contratação para eles, e desejamos tudo de bom a ela.

 O faturamento da Berkshire Hathaway com seus jornais certamente cairá com o tempo. Mesmo uma estratégia sensata de internet não bastará para prevenir uma modesta erosão. Mas, dado o custo de aquisição, creio que esses jornais se enquadrarão ou excederão os nossos critérios econômicos para aquisições. Os resultados registrados até agora confirmam essa avaliação.

 Charlie e eu, no entanto, continuamos a operar sob o princípio econômico 11 e não manteremos em operação qualquer negócio condenado ao prejuízo incessante.

 Um jornal diário que adquirimos como parte de uma transação múltipla com a Media General apresentava prejuízos consideráveis sob a gestão daquela companhia. Depois de analisar os resultados da publicação, não vimos solução para os prejuízos e decidimos relutantemente fechá-lo.

 Todos os nossos diários remanescentes devem se manter lucrativos por muito tempo. A preços apropriados --e isso significa múltiplo muito baixo ante a receita atual-- adquiriremos mais jornais do tipo que gostamos.

Um marco nas operações jornalísticas da Berkshire Hathaway aconteceu no final do ano quando Stan Lipsey deixou o posto de publisher do "Buffalo News". Não exagero ao dizer que o jornal estaria extinto, a essa altura, não fosse por Stan.

 Charlie e eu adquirimos o "Buffalo News" em abril de 1977. Era um jornal noturno, dominante nos dias de semana, mas desprovido de edição de domingo. Em todo o país, as tendências de circulação favoreciam os jornais matutinos.

 Além disso, o domingo estava se tornando cada vez mais crítico para a lucratividade dos diários metropolitanos. Sem edição de domingo, o "Buffalo News" estava destinado a ser derrotado pelo seu concorrente matutino, que contava com uma versão dominical gorda e bem estabelecida.

 Por isso, começamos a publicar uma edição dominical, no final de 1977. E foi então que o pandemônio começou. O concorrente nos processou, e o juiz de primeira instância Charles Brieant Jr. promulgou uma decisão severa que paralisou a introdução de nosso jornal. 

A decisão foi revertida posteriormente --depois de 17 longos meses-- por votação unânime do segundo circuito de recursos.

 Enquanto esperávamos o julgamento do recurso, perdemos circulação, sofremos pesados prejuízos e corríamos o risco constante de fechamento. Foi então que chegou Stan Lipsey, meu amigo desde os anos 60, quando ele e a mulher venderam à Berkshire Hathaway um pequeno jornal semanal em Omaha.

 Descobri que Stan era um jornalista extraordinário, conhecedor de todos os aspectos de circulação, produção, vendas e edição --ele teve papel decisivo na conquista de um prêmio Pulitzer para aquele pequeno semanário de Omaha, em 1973.

 Por isso, quando os problemas do "Buffalo News" se agravaram, pedi que Stan abandonasse a vida confortável que levava em Omaha e assumisse o controle em Buffalo.

 Ele nem hesitou. Com a ajuda do editor Murray Light, Stan perseverou durante quatro anos muito sombrios até que o "Buffalo News" enfim derrotou a concorrência, em 1982. Desde então, apesar das dificuldades econômicas em Buffalo, o desempenho do jornal vem sendo excepcional. Tanto como amigo quanto como administrador, Stan é simplesmente o melhor.  *Em carta aos acionistas WARREN BUFFETT DA BERKSHIRE HATHAWAY * Tradução de PAULO MIGLIACCI
Fonte: Folha de Sao Paulo 31/03/2013

31 março 2013



Milhares de empresas italianas à beira da falência

Burocracia, leis trabalhistas ultrapassadas e a incapacidade de competir nos mercados globais podem acelerar a quebradeira enquanto o próprio governo tenta se manter vivo

 Emanuele Tedeschi limpou a poeira das mãos e gesticulou enquanto caminhava pela marcenaria que pertence a sua família há duas gerações. As grandes máquinas que costumavam funcionar em tempo integral, produzindo móveis sob medida para casas particulares, palácios romanos e até mesmo para o Vaticano, agora ficam paradas em uma fábrica quase sem funcionários.

 "Há um ano e meio o barulho da produção era tão alto que era preciso gritar para ser ouvido", afirmou Tedeschi, caminhando entre pallets de cerejeira e outras madeiras de lei que esperam por um destino melhor.

 Desde que o plano de austeridade do governo foi criado para proteger a Itália da crise da dívida pública europeia no ano passado, a economia caiu em uma das piores recessões dos países da zona do euro e os pedidos de Tedeschi praticamente desapareceram.

 Sua empresa, a Temeca, ainda está funcionando, mas chegou à beira da falência.

 Das cerca de seis milhões de empresas italianas, quase 1.000 negócios de todos os tamanhos abriram falência por dia no ano passado. Contudo, as mais afetadas foram as empresas de pequeno e médio porte, que representam a espinha dorsal do 1,5 trilhão de euros da economia italiana.

 Economistas temem que o ritmo das falências possa se acelerar, uma vez que o próprio governo encontra dificuldades para se manter. Embora o primeiro-ministro tecnocrata Mario Monti tenha sido dispensado por eleitores que temem as medidas de austeridade, as eleições parlamentares chegaram a um impasse.

 "Sem ninguém governando o país, haverá mais paralisia e as coisas ficarão ainda piores", afirmou Tedeschi, de 49 anos, lançando um olhar preocupado sobre a esposa e o filho de 23 anos. Eles ajudam a entregar os poucos pedidos, agora que Tedeschi precisou dispensar seis dos onze funcionários em tempo integral que tinha em meados de 2011.

 Uma vez que a União Europeia é o maior parceiro comercial dos Estados Unidos, os problemas que afetam a economia europeia também são sentidos do outro lado do Atlântico.

 "Isso demonstra que a Itália tem uma boa probabilidade de enfrentar uma década de crescimento lento como o Japão", afirmou Kenneth S. Rogoff, professor da Universidade de Harvard e antigo economista-chefe do Fundo Monetário Internacional. "A situação também levanta dúvidas cruéis a respeito da estabilidade de longo prazo da zona do euro como um todo."

 Rogoff acrescentou que as dificuldades políticas da Itália podem não afetar o mercado financeiro global tão rapidamente, mas mostram que a crise europeia pode "se estender longamente", afirmou, tornando ainda mais difícil que os líderes europeus fechem acordos a respeito de "cenários mais amplos, necessários para a estabilização da Europa".

 As aflições da economia italiana, uma das maiores da Europa, não são necessariamente novas, é claro: uma burocracia terrível, leis trabalhistas ultrapassadas e a incapacidade de competir nos mercados globais.

 Enquanto a economia dos 17 membros da União Europeia que adotaram o euro crescia em média um por cento ao ano na década passada, a economia italiana crescia apenas metade disso, de acordo com o FMI.

 Mas os velhos problemas italianos se tornaram ainda piores no ano passado em meio ao aumento de impostos e o corte de gastos aprovados por Monti, que assumiu o cargo de primeiro-ministro em novembro de 2011, quando a crise do euro levou à saída de Silvio Berlusconi.

No ano passado a economia encolheu alarmantes 2,4 por cento, um desempenho muito pior que a expansão de 0,1 por cento prevista pelo FMI no início de 2012. No ano passado, quase 365.000 empresas abriram falência. Uma em cada duas empresas de pequeno porte não é capaz de pagar os funcionários, de acordo com o instituto de pesquisa CGIA di Mestre.

 Com o aumento no número de demissões, o desemprego chegou ao nível recorde de 11,7 por cento em janeiro. A taxa de desemprego entre os jovens pulou para 38,7 por cento. E, embora os italianos sejam grandes poupadores, um estudo recente feito pelo Banco da Itália mostrou que mais de 60 por cento das pessoas agora teme que sua renda não seja mais suficiente para cobrir todas as necessidades.

 O programa de austeridade foi criado para reduzir o risco de uma crise da dívida e garantir o apoio do Banco Central Europeu, mas, ao invés disso, fez com que o país deixasse de crescer. E, sem crescimento, a Itália terá ainda mais dificuldades para pagar a dívida de dois trilhões de euros, equivalente a 127 por cento do produto interno bruto, uma das maiores da zona do euro. E embora ninguém esteja falando sobre a necessidade de um pacote de ajuda ou de uma moratória dessa dívida monstruosa, a agência de avaliação de risco Fitch derrubou a classificação do crédito público da Itália em maio, citando que o crescimento e as finanças nacionais poderiam se deteriorar ainda mais, caso a incerteza política se prolongue.

 Sob determinados aspectos, a Itália não é tão problemática quanto outros países da zona do euro. O país tem o invejável superávit primário – uma medida econômica que não leva em conta o pagamento da dívida – de 2,5 por cento do PIB.

 Além disso, o governo italiano fez avanços consideráveis na contenção do déficit orçamentário, que era de 4 por cento em 2011 e passou a 2,3 por cento no ano passado. Isso está abaixo do limite de três por cento exigido dos membros da zona do euro, mas que poucos países conseguem cumprir. Ícones como a Ferrari, a Benetton e a Ducati continuam a ajudar a Itália a manter a segunda maior base manufatureira da zona do euro, atrás apenas da Alemanha.

 Mas as empresas como a de Tedeschi – com menos de 50 funcionários – são as responsáveis pela maior parte da economia italiana e enfrentam grandes dificuldades, à medida que bancos negam empréstimos e os impostos aumentam.

 Em 2012, o volume total de crédito fornecido pelos bancos italianos chegou ao nível mais baixo em mais de uma década. Enquanto isso, o governo italiano deve cerca de 70 bilhões de euros em bens e serviços prestados por empresas italianas, que apesar disso precisam pagar os impostos em dinheiro. 

Tedeschi começou a sentir o problema no final de 2011, em sua fábrica em Guidonia, uma cidade industrial no estado de Lazio, ao norte de Roma. As montanhas baixas e os vales verdejantes da região circundam fábricas de médio porte especializadas em produtos – sejam de madeira, metal ou mármore – com o selo de "Made in Italy". Centenas dessas empresas fecharam as portas nos últimos dois anos. 

"Em um ano e meio, tudo mudou", afirmou Tedeschi. "As pessoas começaram a sentir medo e pararam de gastar dinheiro. Nenhuma das promessas feitas por Monti para revitalizar a economia e nos ajudar a aumentar a produtividade se concretizou."

 Pedidos de quartos, cozinhas, janelas e portas feitas sob medida praticamente desapareceram. Até mesmo o Vaticano parou de fazer pedidos à empresa de Tedeschi no ano passado, após encomendar um estrado para coral e móveis para um palácio.

 Recentemente, ele precisou dar um passo que espera nunca ter que dar novamente: Tedeschi dispensou diversos funcionários, incluindo um homem que trabalhou durante mais de 30 anos para a empresa.

 "Eu chorei muito quando precisei mandar essas pessoas embora", afirmou em seu pequeno escritório, sob uma foto de Madre Teresa, enquanto a esposa, Annarita Neroni, e o filho, Lorenzo, observavam. 

Tedeschi acrescentou que diversos membros de um grupo comercial local ao qual pertence se suicidaram no ano passado, por não conseguirem manter as próprias empresas.

 "Se você se vê sozinho para resolver essa situação", afirmou, "acaba enfiando uma bala na cabeça".

 A esposa contou que a família parou de receber salários há mais de um ano para poder pagar os funcionários que restaram. Desiludida com a rápida erosão da economia sob o comando de Monti, a família votou pelo movimento radical Cinco Estrelas, liderado pelo comediante e ativista Beppe Grillo, nas eleições de janeiro, muito embora isso possa levar ao caos.

 "É uma forma de protesto", afirmou Lorenzo Tedeschi. "Precisamos começar do zero neste país e ele nos dá esperanças de que exista uma chance de igualar as coisas."

 Contudo, isso será difícil, já que a discórdia causada por Grillo promete atrasar ainda mais a recuperação.

 Lorenzo Tedeschi afirmou que sua única opção é ser otimista. "Ainda tenho minha vida toda pela frente", afirmou. "Preciso acreditar que as coisas vão mudar para melhor." NYT - Liz Alderman
Fonte: iG 31/03/2013



30 março 2013

A corrida pela Credicard

Os maiores bancos do País se atropelam para comprar a principal processadora independente de cartões de crédito

Nos últimos dias de fevereiro, o executivo mexicano Manuel Medina-Mora, copresidente do Citigroup e responsável pelas atividades de banco de varejo do gigante americano, fez uma discreta visita ao Brasil. Na agenda, além da inspeção regulamentar das tropas aquarteladas no edifício de granito rosado e vidros azuis da avenida Paulista, Medina-Mora reuniu-se com um interlocutor em especial, o banqueiro Roberto Setubal, CEO do Itaú Unibanco. Ambos discutiram a compra da Credicard, empresa administradora de cartões de crédito controlada pelo Citi e que está à venda desde o início deste ano. O acesso às informações da Credicard, conhecido como data-room, foi aberto no início de março.

 Se não houver atraso, os candidatos terão até os primeiros dias de abril para elaborar suas propostas. O nome do novo proprietário deverá ser anunciado em meados do mês. Transações desse tipo são tratadas como segredo de Estado, daí nenhum dos sete entrevistados para esta reportagem ter concordado em aparecer. No entanto, o quadro que emerge das conversas é bastante claro. Setubal desponta como o franco favorito. Mesmo assim, nada garante a vitória do Itaú. O arquirrival Bradesco, também está participando do páreo, seguido de perto pelo Santander e pelo Banco do Brasil. O BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, chegou a fazer exercícios de alongamento, mas abandonou a corrida em seus primeiros metros.

 Esperam-se fortes emoções na que será a maior transação no mercado de cartões realizada nos últimos dez anos, desde que o controle da Credicard, que era compartilhado por Citibank, Itaú e Unibanco, ficou apenas com o banco americano. O que está em jogo é a última grande emissora de cartões disponível no mercado, com 7 milhões de plásticos. A Abecs, entidade de classe que representa o setor, não tem números fechados para 2012. No entanto, uma estimativa informal dos profissionais avalia que os pagamentos com cartões no Brasil e no Exterior movimentaram R$ 470 bilhões no ano passado, um crescimento de 21% em relação a 2011. Os cartões de crédito da Credicard responderam por 4,5% dessas transações.

Além da fatia relevante de mercado e da equipe azeitada, a Credicard conta com uma das marcas mais fortes no segmento. Não por acaso, o preço final de venda poderá superar R$ 2 bilhões – o dobro do valor patrimonial da companhia. O negócio faz sentido para todos os participantes da corrida. O líder é o Itaú Unibanco, cujos cartões movimentam 28% das transações. Essa cifra não considera os sete pontos percentuais de participação da Hipercard, adquirida pelo Unibanco em 2003. A compra da Credicard colocaria o banco dirigido por Setubal na liderança isolada no mercado. Essa não é a única vantagem. A Credicard é uma administradora de cartões, mas não possui uma processadora de transações, que são realizadas por computadores instalados fora do Brasil.

Para o Itaú, que conhece bem a empresa, é relativamente simples capturar esses negócios usando os recursos de que já dispõe, principalmente a empresa de adquirência Redecard, cujo capital foi fechado no início do ano. Há outro item, menos tangível, mas igualmente importante. Um dos fundadores da Credicard nos anos 1970, o Itaú não veria com bons olhos essa marca no portfólio do arquirrival da Cidade de Deus. No caso do Bradesco, as vantagens de ganho de escala são semelhantes. A diferença é o peso da marca Credicard, cujas transações internacionais funcionam como um excelente complemento à bandeira nacional Elo, lançada pelo banco presidido por Luiz Carlos Trabuco em parceria com o BB e com a Caixa Econômica Federal em março de 2011.

 A aquisição colocará o banco mais perto do Itaú na área de cartões, uma das principais ferramentas dos bancos para capturar clientes e garantir sua fidelidade. Os plásticos fornecem informações instantâneas sobre gastos e padrões de consumo, e permitem oferecer produtos e empréstimos sob medida, uma informação muito preciosa para qualquer instituição financeira. Um raciocínio semelhante vale para o Banco do Brasil. A diferença é a estratégia de atuação do bancão presidido por Aldemir Bendine. A compra do controle de uma empresa privada vai sujeitá-la imediatamente às restrições e amarras da administração pública, por isso a transação poderá ser feita tanto pela Elo quanto pelo Banco Votorantim ou pela BV Financeira.

 O caso do Santander tem características especificas. Em condições normais de temperatura e pressão, os espanhóis são quem tem mais a ganhar com a compra da Credicard. Além de duplicar sua fatia de mercado, o banco ganha uma marca tradicional no Brasil, algo que faz falta em sua estratégia. Outra vantagem é turbinar sua empresa de adquirência e processamento de transações GetNet. No entanto, mesmo que a subsidiária brasileira do Santander tenha caixa para pagar a fatura, ela terá de enfrentar, além da concorrência, a situação complicada dos bancos na Europa, o que torna mais difícil para o presidente Marcial Portela convencer os acionistas a desembolsar dinheiro.

 E a situação do vendedor? No caso do Citi, a venda da Credicard representa uma desistência definitiva da conquista de uma posição relevante no varejo brasileiro. A mais recente tentativa do Citi de ganhar musculatura foi iniciada em 2006 com um agressivo processo de abertura de agências. Esse processo foi interrompido com a crise dos financiamentos imobiliários nos Estados Unidos e, a partir de agora, o Citi deverá concentrar-se apenas nas operações corporativas e nos clientes de alta renda. Para isso, o banco comandado por Helio Magalhães, que fez carreira na American Express, manterá a bandeira Diners. Procurado, o Citi informou que não comenta rumores de mercado. Da mesma forma, Santander, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Banco Votorantim não concederam entrevista. Façam suas apostas, senhores.

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Por Cláudio GRADILONE
Fonte: istoedinheiro 22/03/2013

30 março 2013



IPO da Biosev atrai investidores

A Biosev, segunda maior produtora de açúcar e etanol do país, controlada da francesa Louis Dreyfus Commodities, começou nesta semana o "road show" com potenciais investidores para fazer sua oferta inicial de ações no Novo Mercado da BM&FBovespa. O Valor apurou que a companhia deu início ao registro oficial das demandas pelas ações e que elas alcançaram, até agora, entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões. A operação conta com R$ 350 milhões de garantia firme de colocação dos bancos participantes da operação.

A Biosev vai oferecer 46,7 milhões de ações a R$ 15 cada na sua oferta inicial de ações. A depender da demanda, o número de papéis poderá ser acrescido em 20% no lote adicional e em 15% no lote suplementar. Se conseguir emplacar o preço proposto, a oferta poderá somar entre R$ 746 milhões e R$ 945 milhões. A oferta da Biosev também oferecerá ao investidor a alternativa de adquirir uma opção de venda dessa ação com vencimento em 15 meses. O valor da opção de venda foi estipulada pela empresa entre R$ 0,01 e R$ 2 e poderá ser maior, dependendo da demanda.

Por um lado, o preço de cada ação (R$ 15) vem sendo considerado atrativo, visto que, na tentativa de abrir capital no ano passado, a faixa de preço estabelecida pela companhia foi de R$ 16,50 a R$ 20,50. A referência mais próxima para o valor da companhia foi o aumento de capital feito em fevereiro deste ano, quando foram emitidas ações de forma privada a aproximadamente R$ 15.

No entanto, considerando o múltiplo de valor da empresa por moagem de cana processada no último ciclo, a Biosev está sendo negociada a R$ 235 por tonelada - em 2012/13, a empresa moeu cerca de 30 milhões de toneladas da matéria-prima -, valor que, em dólar, equivale a cerca de US$ 117.

Assim, a Biosev estaria sendo negociada a um múltiplo superior ao do grupo São Martinho, único estritamente sucroalcooleiro com capital aberto na bolsa de São Paulo. Segundo cálculos de especialistas, a São Martinho foi negociada ontem a R$ 224 por tonelada processada - a empresa moeu 12,9 milhões de toneladas em 2012/13 - o equivalente a US$ 111 por tonelada. Esse valor desconsidera as terras do grupo São Martinho, avaliadas em R$ 1,7 bilhão no último balanço divulgado pela companhia, referente ao trimestre findo em 31 de dezembro.

Procurada, a Biosev não comentou por estar em período de silêncio. A abertura de capital da companhia faz parte de um dos compromissos assumidos pela empresa no acordo para a renegociação de uma dívida bilionária feita há quatro anos. Pelo menos 30% dos recursos que a Biosev captar com a oferta serão destinados ao pagamento dos bancos credores. Valor Econômico
Fonte: brasilagro 28/03/2013



Perdas das empresas de capital aberto chegaram a R$ 25 bi no 4º trimestre

Balanços. Prejuízos no último trimestre do ano passado foram três vezes superiores às perdas do mesmo período de 2011, puxados principalmente por Eletrobrás e Vale, que registraram balanços negativos de outubro a novembro por conta de baixas contábeis Eulina Oliveira

O quarto trimestre de 2012 não foi dos mais generosos com as empresas brasileiras. Os prejuízos acumulados pelas companhias de capital aberto foram muito superiores às perdas registradas no mesmo período do ano anterior, segundo um estudo da consultoria Economática, feito a pedido do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

 De acordo com o estudo, juntas, as 76 companhias de capital aberto que reportaram prejuízos no período tiveram resultado negativo de R$ 25 bilhões de outubro a dezembro do ano passado, montante 3,1 vezes maior que o total de prejuízos no mesmo período de 2011. No mesmo período de 2011,112 companhias divulgaram prejuízo, num total acumulado de R$ 7,960 bilhões.

 O recorde negativo ficou por conta da Eletrobrás, que reportou prejuízo de RS 10,499 bilhões entre outubro e dezembro de 2012. É o maior da história das empresas de capital aberto brasileiras para um trimestre (considerando todos os trimestres), segundo o levantamento feito pela Economática.

 Outros números negativos do ano passado que chamaram a atenção foram os da Vale, com prejuízo de RS 5,628 bilhões no quarto trimestre de 2012, e da incorporadora PDG Realry, que teve perda de RS 1,786 bilhão só no quarto trimestre e de RS 2,177 bilhões em todo o ano passado. A empresa aérea Gol registrou resultado negativo de RS 447,1 milhões no quarto trimestre de 2013 e, no ano, o prejuízo somou R$ 1,512 bilhão.

 A petroleira OGX, por sua vez, teve prejuízo de R$ 285,7 milhões no quarto trimestre. No ano, acumulou prejuízo líquido mais do que dobrado: o saldo negativo foi de R$ 1,172 bilhão, 130% superior ao registrado em 2011.

 Crise européia.Na avaliação de Natanie! Cezimbra, chefe da equipe de pesquisa do BB Investimentos, muitos balanços do ano passado refletiram a economia em ritmo mais lento, tanto a doméstica quanto a de outros países, tendo como pano de fundo a crise européia. "O cenário para muitas empresas foi de níveis de investimentos muito elevados, combinados com desaceleração de receita", afirma.

 Para Walter Mendes, sócio da Cultinvest Asset Management, a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação em alta contribuíram para o desempenho ruim de diversos setores, apesar da queda dos juros. "No caso das construtoras, por exemplo, muitas cresceram mais do que podiam." 

Segundo Mendes, esse cenário é conseqüência do boom das aberturas de capital (IPOs) entre 2004 e 2007. "Essas companhias levantaram capital e, desde então, mantiveram um patamar de crescimento mais alto."

 As blue chips Petrobrás e Vale, assim como as siderúrgicas, também penaram no ano passado. Sobre a petroleira, pesaram nos últimos três meses de 2012 a queda de produção, o aumento do endividamento e o fraco fluxo de caixa, impactado pela importação de combustíveis a preços maiores do que os praticados no mercado interno. O lucro líquido de R$ 7,747 bilhões no quarto trimestre, 5344% superior ao verificado no mesmo período de 2011, e acima das projeções de analistas, foi impulsionado pelo resultado financeiro positivo em R$ 2,788 bilhões, e não pelo operacional.

 A Vale encerrou o quarto trimestre de 2012 com o segundo maior resultado negativo entre as companhias de capital aberto do período e o primeiro registrado pela mineradora desde o terceiro trimestre de 2002. O prejuízo líquido de R$ 5,628 bilhões foi impactado, entre outros fatores, pelo baixo preço do minério, além de baixas contábeis. Com isso, o lucro líquido de 2012 foi de R$ 9,734 bilhões, queda de 74,3% em relação a 2011 e o pior resultado anual desde 2004.

 Mendes ressalta que muitos balanço de último trimestre são afetados por baixas contábeis, como os feitos pela Vale. "As empresas preferem jogar esses prejuízos para o quarto trimestre para iniciarem o ano seguinte mais ajustadas", afirma. O mesmo fez a MMX, que reconheceu perdas de R$ 224 milhões com a desistência do projeto da companhia no Chile.
 Rombo
 R$ 10,5 bi foi o prejuízo da Eletrobrás no quarto trimestre do ano passado
 R$ 5,6 bi foi a perda da Vale no período
 R$ 1,8 bi foi o prejuízo da PDG Realty
 Informações do O Estado de São Paulo
Fonte: cvmclipping30/03/2013



29 março 2013

CPFL: Empresa conclui cisão parcial da CPFL Comercialização

A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) concluiu hoje a cisão da subsidiária CPFL Comercialização Brasil. O processo resultou na transferência para a CPFL Geração dos ativos e passivos relacionados ao investimento de 27,51%, detido pela CPFL Brasil, na CPFL Energias Renováveis.

Com isso, a unidade de geração passou a deter 63% do capital social da subsidiária de energias renováveis. A medida foi realizada para promover a centralização das atividades de geração de energia na CPFL Geração, de acordo com comunicado da companhia. Rodolfo Albiero
Fonte: Agência CMA 28/03/2013

29 março 2013



Globo quer comprar emissoras junto com Carlos Slim, diz blog

Empresa de mídia e maior bilionário do mundo teriam começado a negociar a aquisição de outras empresas na América Latina

A maior empresa de mídia do país e o homem mais rico do mundo estudam comprar juntos outras emissoras na América Latina. Segundo informações do blog Radar, de Veja, a Globo teria iniciado conversas com Carlos Slim, dono da América Móvil, para a aquisição de outras empresas em vários países da região.

 Se for para frente, essa não será a primeira vez que as duas partes dividem participações em um mesmo negócio. Como se sabe, a Globo detém uma fatia minoritária na Net, empresa controlada pela América Móvil. A companhia de Slim também tem Embratel e Claro na sua carteira de ativos no Brasil. Avaliada em mais de 36 bilhões de dólares, a gigante de telecomunicações é uma das principais fontes de receita do empresário mexicano.

 A notícia vem à tona pouco tempo depois das Organizações Globo divulgarem seus resultados financeiros de 2012. No ano passado, o grupo lucrou 2,9 bilhões de reais, um aumento de 35,9% sobre o consolidado de 2011. A receita líquida da empresa, por sua vez, subiu 32,4%, chegando a 12,2 bilhões de reais.

 Em se tratando de negócios no setor, Slim também anunciou, na última semana, a compra dos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016. A empresa terá exclusividade sobre a exibição para a América Latina, com exceção do Brasil - por aqui, os direitos serão divididos entre Globo, Record e Band.  Por Marcela Ayres
Fonte: Exame 29/03/2013



NatureWell adquire Brazil Interactive Media

NatureWell Incorporated (OTC Pink: NAWL) anunciou hoje que, através de sua subsidiária integral, BIMI Acquisition Corp, adquiriu a totalidade das ações emitidas e em circulação de ações ordinárias do Brazil Interative Media, Inc. acordo com os termos do acordo de fusão, NatureWell será renomeada  "Brasil Interactive Media, Inc".
Para mais informações sobre a fusão, favor consultar o relatório atual da Companhia no Formulário 8-K arquivado junto à Securities and Exchange Commission dos EUA em 21 de março de 2013.
 NatureWell e Brasil Interactive Media foram assistidos na transação por Dutchess Capital e Brazilian Investment Group.

Sobre a Brazil Interactive Media, Inc. Brazil Interactive Media, Inc., é uma empresa holding EUA e da Brasil Interactive Media Participações Ltda., que por meio de sua subsidiária integral EsoTV Ltda, combina transmissões de televisão ao vivo com um componente de telecomunicações para criar programação, dinâmica e interativo para o brasileiro mercado. Leia mais... .  
Fonte: bzinteractive 25/03/2013



Investidor planeja oferta de U$8,2 bi pela Douwe Egberts

Alemão Joh A Benckiser está em negociações para comprar a matriz dos cafés e assegurar sua posição na indústria de bebidas quentes

O investidor alemão Joh A Benckiser (JAB) está em negociações sobre um acordo de 6,4 bilhões de euros (8,2 bilhões de dólares) para comprar a matriz dos cafés Douwe Egberts e assegurar sua posição na indústria de bebidas quentes a partir de inovação e crescimento em mercados emergentes.

 As ações da empresa holandesa de cafés e chás D.E Master Blenders 1753 pularam mais de 25 por cento nesta quarta-feira depois de a companhia revelar ter recebido uma oferta de JAB, o veículo de investimentos da bilionária família Reimann, que já é a sua principal acionista.

 JAB tem montado um portfólio de marcas que incluem a Caribou Coffee e a Peet's Coffee & Tea de modo a se tornar uma potência numa indústria alimentada por novos produtos como máquinas de expresso e pela demanda da classe média nos mercados em desenvolvimento.

 A D.E. Master Blenders disse ter concordado em abrir sua contabilidade para JAB baseada em sua proposta de pagar 12,75 euros por ação, incluindo dividendos futuro, mas as negociações estavam em estágio inicial e não havia garantia de acordo. Sara Webb, da Reuters
Fonte: exame 28/03/2013



Multiplus desiste de realizar oferta de ações subsequente

A companhia de redes de fidelidade de clientes Multiplus anunciou nesta quinta-feira a desistência de realizar uma oferta de ações subsequente, citando condições econômicas desfavoráveis.

 "A Multiplus protocolou, nesta data, correspondência perante a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), informando a desistência do pedido de registro da oferta de distribuição pública primária de ações ordinárias de emissão da companhia, em razão das condições econômicas desfavoráveis à realização da oferta verificadas nos mercados financeiro e de capitais brasileiro e internacional", afirmou a empresa em comunicado.

 A companhia planejava vender 27 milhões de ações ordinárias em lote inicial. Se considerados lotes extras, a operação tinha potencial para movimentar cerca de 1 bilhão de reais. Por Vivian Pereira (Reuters)
Fonte: UOL 28/03/2013



28 março 2013

Tractebel compra Andrade Energia por R$ 96 milhões

Para que acordo seja fechado, a Andrade precisa transferir à Tractebel a autorização para exploração da Usina Termelétrica Vale do São Simão.

 A Tractebel Energia informou nesta quinta-feira (28/3) que sua controlada Tractebel Energias Complementares Participações Ltda. teve aprovada pelo Conselho de Administração da Tractebel Energia S.A. a contratação da aquisição da totalidade do capital social da Andrade Energia Ltda.

 O valor de aquisição é de R$ 96 milhões, que serão pagos desde que satisfeitas determinadas condições previstas em contrato, entre elas a transferência da autorização para exploração da Usina Termelétrica Vale do São Simão, empreendimento de cogeração de energia a biomassa de cana-de-açúcar, em operação comercial desde outubro de 2010, localizado no município de Santa Vitória, Minas Gerais.

A usina tem capacidade instalada de 55 MW, e capacidade comercial de 12,6 MW médios, sendo que 12 MW foram contratados no primeiro Leilão de Energia de Reserva, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 14 de agosto de 2008, por um período de 15 anos a partir de 2010. 

Decorrido o prazo, a Andrade poderá direcionar a capacidade comercial para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), por oito anos.
Fonte: Brasil Econômico 28/03/2013

28 março 2013



Marfrig subavaliou desafios de integração dos ativos adquiridos da BRF

Marfrig subavaliou desafios de integração dos ativos adquiridos da BRF SÃO PAULO - A Marfrig subavaliou os desafios de integração dos ativos adquiridos da BRF, disse hoje Sérgio Rial, CEO da Seara Foods — principal divisão da companhia — e futuro CEO da própria Marfrig. “Claramente, nós subavaliamos o desafio da integração”, afirmou ele.

 O problema com a integração dos ativos adquiridos da BRF no ano passado foi apontado com um dos principais motivos para o forte prejuízo da empresa no quarto trimestre, que totalizou R$ 284,2 milhões. Ao longo do ano passado, a Marfrig assumiu, por meio da Seara Brasil, dez fábricas de processados e oito centros de distribuição da concorrente. A BRF foi obrigada a vender esse ativos para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade) autorizasse sua criação, fruto da incorporação da Sadia pela Perdigão em 2009.

 Segundo Rial, os ativos que pertenciam à BRF aumentaram a necessidade de capital de giro da Marfrig em cerca de R$ 350 milhões sem uma resposta esperada em faturamento. As fábricas adquiridas da BRF ainda trabalham com bastante capacidade ociosa.

 O executivo diz, no entanto, que a situação vai melhorar neste ano. “Estamos quatro, cinco meses com esses ativos. Ainda não estão em sua [plena] capacidade, mas já não estão a 40%. Vamos para 55% a 65%”, disse Rial.

 Ineficiência logística 
 Segundo o executivo, a Seara Brasil foi penalizada por um desalinhamento logístico decorrente do processo de integração dos ativos adquiridos da BRF. A elevação dos preços dos grãos usados na ração animal também pesou sobre a unidade. Diante disso, a Seara Foods, divisão que abriga a Seara Brasil, viu seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) desabar 55,1% no quarto trimestre na comparação com o mesmo período de 2011, para R$ 141,8 milhões. A margem Ebitda caiu de 8,9% para apenas 3,1%.

 Na área de logística, o nível de entrega efetiva das encomendas (fill rate) no quarto trimestre ficou abaixo de 65%. “Significa que 35% das compras não foram entregues. Você tem o produto feito, ele se transforma em estoque, impactando o fluxo e a geração de caixa”, disse Rial. No acumulado de 2012, a Marfrig registrou um fluxo de caixa livre negativo de R$ 2,204 bilhões.

 Outro problema logístico apontado pelo executivo é a sobreposição de centros de distribuição (CDs). Segundo ele, a empresa conta com um centro de distribuição em Cajamar (SP), com capacidade de armazenagem de 34 mil toneladas. “Mas não fomos capazes de trazer um nível de otimização que nos permita fechar ou redirecionar outros CDs, como os de Campinas e Santo André”, destacou. 

Perspectivas 

 Para 2013, Rial está mais otimista com a Seara Brasil. A meta da companhia é atingir um nível de 75% de entrega efetiva de encomendas, disse Rial. “Em janeiro, foi superior a 70%”, afirmou ele. Aliado à acomodação dos preços dos grãos, a Seara Brasil pode, segundo comunicado da empresa, apresentar “melhorias em sua geração de caixa a partir do segundo trimestre de 2013”.

 Em contrapartida, a divisão de bovinos da empresa (Marfrig Beef) dificilmente repetirá o bom desempenho verificado no ano passado em 2013, admitiu o executivo. “Historicamente, margens de dois dígitos não é que se vê em bovinos. Não vejo o final do [atual] ciclo, mas não teremos um ano tão bom quanto foi 2012”, disse ele.

 No quarto trimestre do ano passado, a divisão de bovinos da Marfrig obteve uma margem Ebitda de 12,2%, acima dos 10,9% verificados em 2011. No acumulado de 2012, a área de bovinos da companhia registrou uma margem ainda melhor, de 13,4%, ante 9% em 2011.

 Esse desempenho se deu graças à inversão do ciclo da pecuária no Brasil, com maior oferta de animais prontos para o abate, o que reduziu os preços do boi gordo. O animal é responsável por cerca de 80% dos custos de produção da divisão. Por Luiz Henrique Mendes |
Fonte: Valor Econômico 28/03/2013



Brazil Pharma abrirá 100 lojas em 2013

O presidente da holding de farmácias Brazil Pharma, André Sá, disse que a companhia abrirá cerca de cem lojas neste ano.

 O número se aproxima das 96 lojas abertas em 2012, mas o executivo espera um volume de recursos investidos (Capex) um "pouco abaixo" do total do ano passado (R$ 135 milhões).

 Segundo Sá, a Brazil Pharma fará um esforço para reduzir o investimento por loja de R$ 700 mil para R$ 650 mil. "O aumento de custos e a inflação são questões que têm incomodado bastante", disse a analistas e investidores durante teleconferência.

 O executivo também projeta menores investimentos com reformas e centros de distribuição neste ano. Segundo ele, o novo centro de distribuição no Nordeste, que será inaugurado neste ano, já foi quase todo pago em 2012.

 Posicionada como a maior empresa de varejo farmacêutico fora do Sudeste, a Brazil Pharma não tem pretensões de disputar com lojas próprias o mercado da região com maior poder aquisitivo do país, disse Sá. "É um mercado caro em aluguel e mão de obra", afirmou o executivo.

 Ele disse que a companhia manterá sua estratégia de disputar o Sudeste com capital de terceiros, por meio das franquias da Farmais. Valor econômico
Fonte: UOL 28/03/2013

COMENTÁRIOS:

No site da Brazil Pharma é disponibilizada a apresentacão dos resultados da empresa referentes ao quarto trimestre de 2012 e ao ano de 2012.




















Amazon compra site de recomendação de livros Goodreads

A Amazon, maior companhia de comércio eletrônico do mundo, anunciou a aquisição do site Goodreads, especializado em recomendação de livros. O valor do negócio foi mantido em sigilo pelas companhias.

 Fundado em 2007 nos Estados Unidos, o site Goodreads possui pouco mais de 16 milhões de usuários cadastrados. O serviço reúne em torno de 30 mil clubes de livros. Nos últimos 90 dias, os usuários do site adicionaram em média quatro livros por segundo na lista de obras que querem ler.

 Em comunicado, a Amazon informou que a Goodreads permite a consumidores descobrir e discutir obras e contribuiu para aumentar a audiência de novos autores. O serviço de indicações de livros contribuirá para o negócio de venda de obras literárias da Amazon.

 Como parte do acordo, a sede da Goodreads permanecerá em São Francisco, no estado americano da Califórnia. A operação está sujeita à aprovação do governo americano. A expectativa é que a compra seja concluída no segundo trimestre.

 Às 17h38, as ações da Amazon estavam cotadas a US$ 266,49 na Nasdaq, com alta de 0,45%. As ações da companhia acumulam alta de 8,7% no ano. Valor Econômico
Fonte: UOL 28/03/2013



Raia Drogasil vai abrir 130 lojas em 2013, diz presidente da empresa

A rede de farmácias Raia Drogasil vai abrir 130 lojas neste ano, informou há pouco o presidente da empresa, Cláudio Roberto Ely, que participa de teleconferência para comentar os resultados do quatro trimestre.

 Segundo ele, apenas no primeiro trimestre deste ano foram inauguradas 36 lojas. No ano passado, a Raia Drogasil abriu 101 lojas em todo o país e fechou 13 unidades, como parte do processo de busca de sinergias após a integração da Raia com a Drogasil.

 "Abrimos 42 lojas no quarto trimestre de 2012, sendo 29 apenas em dezembro", afirmou o executivo. Valor Econômico
Fonte: UOL 28/03/2013

 COMENTÁRIOS 

No site da Raia Drogasil são disponibilizados o release e a apresentacão dos resultados da empresa referentes ao quarto trimestre de 2012 (4T12) e ao ano de 2012.
Na carta aos Acionistas é destacado:
" O ano de 2012 marcou a consolidação da RaiaDrogasil S.A. como uma única empresa. Formada pela fusão entre Raia e Drogasil em 10 de novembro de 2011, a RaiaDrogasil nasceu de valores e visões compartilhados por duas companhias com grande tradição no varejo brasileiro (Raia, 108 anos e Drogasil, 78 anos) e por seus acionistas controladores, membros das famílias fundadoras que possuem quatro gerações de experiência e comprometimento com o mercado brasileiro de drogarias.

Mesmo com a integração ainda em curso, temos orgulho de ter avançado de forma significativa em 2012. Ainda no início do ano, a alta e a média gerência da Empresa foram unificadas, combinando os melhores talentos de cada companhia. Nossas condições de compras foram renegociadas, gerando sinergias de custo significativas. Nossa futura plataforma de TI foi definida, nossos sistemas foram preparados para o roll-out e diversos processos foram integrados. A nossa marca e a nossa identidade corporativa foram criadas, e os posicionamentos da Droga Raia e da Drogasil foram estabelecidos. Centralizamos todos os nossos funcionários administrativos em nosso escritório central, que passou por uma ampla reforma. E por fim, a Raia S.A., até então uma subsidiária integral, foi incorporada pela RaiaDrogasil em 30 de novembro, com interrupções operacionais mínimas, o que nos torna uma única companhia e abre o caminho para a nossa plena integração em 2013. ..."

Abaixo alguns slides extraídos do referido documento.





 






CBBP, dona da cerveja Proibida, tem novo dono

Segundo a Folha, Nelson Morizono, que já foi dono do Biotônico Fontoura e outras marcas famosas, fechou negócio para ficar com a companhia 

A Companhia Brasileira de Bebidas Premium (CBBP), dona da marca da cerveja Proibida, está em novas mãos. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, desta quinta-feira, o empresário Nelson Morizono, que já foi dono de marcas famosas como Benegrip, Doril, Monange e Biotônico Fontoura, fechou negócio para comprar a empresa de cerveja.

 De acordo com a reportagem, os detalhes financeiros da aquisição não foram revelados e Morizono já concluiu algumas obras na fábrica do Ceará e deverá distribuir a bebida em toda a região Nordeste. A companhia era administrada por João Carlos Noronha.

 A cerveja Proibida ficou conhecida no mercado depois de uma campanha de marketing na TV. A companhia infiltrou duas garotas tchecas no Pânico na TV! sem que a produção soubesse que se tratava de uma ação publicitária - e pior, voltada para promover uma marca concorrente da Skol, que era patrocinadora do programa. Por Daniela Barbosa
Fonte: exame 28/03/2013



Amil planeja expandir negócios para a América Latina

Segundo o CEO Godoy Bueno, grupo se prepara para fazer aquisições no Peru, Colômbia, Chile e México. Conselho de administração da operadora ainda irá definir os investimentos que serão feitos

A Amil, maior operadora de planos de saúde do país, planeja expandir os negócios para a América Latina. De acordo com Edson de Godoy Bueno, CEO da companhia, o grupo se prepara para fazer aquisições no Peru, na Colômbia, no Chile e no México. "São países com estabilidade política e crescimento econômico sustentável", disse o empresário.

 Segundo Bueno, o conselho de administração da operadora irá definir, nos próximos 30 dias, os investimentos que serão feitos para a expansão do grupo entre 2013 e 2014. O montante deverá ser aprovado em reunião do conselho pelo principal acionista, a americana United Health, que comprou 90% da operadora brasileira em uma transação avaliada em quase R$ 10 bilhões, em outubro de 2012. 

O perfil da classe média da população de Peru, Colômbia, Chile e México é parecido com o do Brasil, disse Bueno. "Vamos buscar a liderança nesses mercados dos países latino-americanos nos próximos cinco anos", completou.

 Apesar dos projetos agressivos de expansão fora do Brasil, o empresário afirma que há muito espaço para a Amil crescer também no mercado nacional. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), atualmente apenas 25% da população brasileira tem planos de saúde e cerca de 144 milhões de brasileiros dependem de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

 A Amil já está presente na Europa. Em novembro do ano passado, a operadora adquiriu sete hospitais em Portugal por € 85,6 milhões. Esses hospitais pertenciam ao grupo financeiro Caixa Geral de Depósitos, que foi obrigado a se desfazer-se de negócios não ligados a sua atividade-fim, para atender ao acordo de ajuste que Portugal assinou com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu e a União Europeia. A expansão fora do Brasil marca a retomada da Amil em território internacional. Na década de 90, a companhia chegou a ter 100 mil clientes na Argentina e Estados Unidos. Em 2008, Bueno fechou sua última operação internacional.

 A UnitedHealth representa para operadora brasileira um parceiro de peso para retomar sua expansão internacional. O grupo americano está presente em 18 países e possui uma carteira de cerca de 75 milhões de clientes, sendo 40 milhões só de planos de saúde. Esse volume é quase o tamanho do mercado brasileiro de convênio médico, que conta com cerca de 48 milhões de beneficiários.

 O grupo UnitedHealth registrou em 2012, um lucro líquido de US$ 5,5 bilhões e uma receita de US$ 103,42 bilhões. A Amil tem cerca de 6 milhões de usuários e seus resultados financeiros de 2012 devem ser divulgados hoje ao mercado.

A Amil está em processo de fechamento de capital, decisão tomada após a venda para a UnitedHealth. A transação entre as duas empresas foi a maior do setor de saúde no país e a expectativa é que a Amil "importe" para o Brasil modelos diferenciados de remuneração e de gestão já adotados nos Estados Unidos e que devem exigir uma profissionalização ainda maior no mercado brasileiro de planos de saúde. *As informações são do Valor Econômico.
Fonte: diagnosticoweb 28/03/2013



NEC adquire controle de joint venture formada com empresa indiana

A japonesa NEC, fabricante de equipamentos de telecomunicações e serviços de integração, anunciou nesta quinta-feira, 28, a aquisição do controle da NEC HCL Systems Technologies (NHST), joint venture formada em 2005 com a indiana especializada em serviços de tecnologia HCL Technologies. A compra de 49% do capital social que cabia à empresa não teve o valor revelado.

 Como resultado do acordo, a NHST se tornará uma subsidiária integral da NEC. A previsão é que o escritório, a ser denominado NEC Technologies Índia, inicie as operações em abril e exerça papel fundamental no desenvolvimento e integração do sistema de negócios da NEC na região da Ásia-Pacífico, bem como na Europa e EUA.

 "A NEC Technologies Índia irá prover uma implantação global de tecnologia e desenvolvimento de produtos em mercados emergentes, tornando-se uma base de desenvolvimento offshore de software", disse o vice-presidente sênior da NEC, Takaaki Shimizu, em comunicado.
Fonte: tiinside 28/03/2013



E.ON compra 24,5% de participação na MPX Energia

Com a compra de 141.544.637 ações, a empresa alemã passará a deter 36,2% do capital social da companhia que pertence ao grupo EBX.

 A MPX Energia comunicou que foi celebrado um acordo de investimento entre Eike Batista e a E.ON. A empresa alemã comprará 24,5% de participação na MPX. A operação deve gerar um montante de R$ 1,5 bilhão.

 Com a compra de 141.544.637 ações da MPX, a E.ON passará a deter 36,2% do capital social da companhia que pertence ao grupo EBX.

 Após a aquisição, será iniciada a oferta pública primária para captar recursos. O papel da MPX deve ser vendido por R$ 10,00, e a companhia prevê arrecadar pelo menos R$ 1,2 bilhão.
Fonte:Brasil Econômico 28/03/2013



Liberty amplia alcance na Holanda ao comprar fatia da Ziggo

Empresa de transmissão estendeu seu alcance na Holanda ao comprar fatia de 12,65% na Ziggo por € 632,5 milhões

A empresa de transmissão a cabo Liberty Global estendeu seu alcance na Holanda ao comprar uma fatia de 12,65 por cento na Ziggo por 632,5 milhões de euros (808 milhões de dólares), levantando especulações de que possa fazer uma eventual oferta por todo o negócio.

 A Liberty Global, dona da holandesa UPC, disse nesta quinta-feira que comprou as ações na maior operadora a cabo da Holanda do Barclays Capital Securities por 25 euros cada.

 O Barclays acabou retendo uma participação de 14,2 por cento na Ziggo depois de não encontrar compradores suficientes para as ações em uma oferta feita na semana passada.

 A Liberty disse em comunicado que a compra, feita num setor em que já está envolvida, era atrativa dado o dividendo pago por ação de cerca de 7,4 por cento, baseado nas expectativas de que a Ziggo pagará 370 milhões de euros aos investidores em 2013.

 A Ziggo atende a cerca de 2,8 milhões de lares na Holanda, com quase 1,8 milhões de assinantes de internet, mais 2,2 milhões assinantes de televisão digital e 1,5 milhões utilizando o serviço de telefone.
Fonte: exame 28/03/2013



Seguradoras estrangeiras buscam fusões e aquisições

No mercado de seguros brasileiro, há a expectativa de consolidação e crescente avanço das seguradoras estrangeiras. A justificativa está na expansão da economia e nas mudanças do setor, como a necessidade de aumento da eficiência operacional e novas regras de capital (Solvência II).

Recentemente, o grupo segurador japonês Sompo Japan Insurance adquiriu, por meio da subsidiária brasileira Yasuda Seguros, 88,2% das ações da Marítima Seguros por R$ 200 milhões.

Outro exemplo de consolidação do mercado pôde ser observado com Caixa Seguros, que anunciou na semana passada a aquisição de 70% de participação acionária da Previsul, seguradora do Rio Grande do Sul especializada no ramo vida, por R$ 70 milhões. O grupo francês CNP Assurances detém 51,75% do capital da Caixa Seguros, sendo que o restante, 48,2%, pertence ao banco Caixa Econômica Federal.

Já em julho de 2011, houve a união da seguradora do Banco do Brasil com a espanhola Mapfre. O gigante grupo segurador, em 2012, somou R$ 884 milhões em prêmios, alta de 19,1% ante 2011.

Mário Sérgio de Almeida Santos, presidente do Sincor-SP, explica que o capital estrangeiro está a caminho do Brasil devido ao momento de investimento trazido por Copa do Mundo, Olimpíada e projetos de infraestrutura. "Buscam lugares para investir, como os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), mas China e Índia são diferentes, nosso mercado é mais fácil."

Santos detalha que as instituições internacionais entram no país aos poucos e se consolidam. "A Allianz e a Liberty são compradoras, e as seguradoras brasileiras perdem espaço."

Mas na opinião do presidente do Sincor-SP esse domínio pode ser prejudicial, pois as estrangeiras deixam o mercado vulnerável às mudanças internacionais.

Além da entrada por fusões e aquisições, há seguradoras que revelam a expectativa de dobrar o faturamento nos próximos anos. O grupo norte-americano AIG deixou de lado, no final de 2012, o nome Chartis, utilizado desde 2010 no Brasil, e trouxe novo produto que oferece proteção de até R$ 1 bilhão para o setor corporativo. O objetivo é dobrar sua participação neste mercado.

Vale lembrar que a AIG enfrentou problemas financeiros na crise de 2008. Na época, o governo dos Estados Unidos evitou a falência ao assumir o controle e realizar aporte de US$ 85 bilhões.

O foco em mercados alternativos para elevar as receitas é adotado por seguradoras dos Estados Unidos e também do Japão. Em recente entrevista ao DCI, o presidente da Tokio Marine, Akira Harashima, revelou que esses mercados estão maduros, mas o brasileiro está em fase de desenvolvimento. Hoje, a subsidiária brasileira representa 3% do faturamento global do grupo e do mercado nacional, mas a meta até 2016 é de dobrar os prêmios. Até janeiro a Tokio Marine somou R$ 190,564 milhões.

O advogado securitário Pedro Guilherme de Souza, do escritório Sabz Advogados, concorda que o movimento de fusões e aquisições está ligado com a economia e que as seguradoras compram "carteiras" de setores de interesse. "No curto, médio e longo prazo, o setor dá retorno. Tem um movimento de consolidação pela aquisição, mas há também a criação de companhias."

Sobre a aplicação de regras de Solvência II, que exigirá mais capital, Souza diz que haverá diminuição do ritmo de crescimento. "Em regra tende a ser mais restritivo até que o próprio mercado mostre o contrário."

Para Luiz Marcatti, diretor da consultoria Mesa, a necessidade de reduzir custos, se somada à queda do resultado financeiro gera um cenário de maior competitividade. "Apesar da economia estável, a gente está com juros muito baixos. Então quanto maior a possibilidade de recursos, maior a rentabilidade", diz Marcatti, ao se referir à queda da taxa Selic, hoje em 7,25% ao ano, que reduz o resultado obtido com aplicações no mercado financeiro.Autor: Marcelle Gutierrez – Referência: DCI
Fonte: capitolio 26/03/2013



Entre 700 candidatas, I.Systems recebe aporte

O biólogo Fernando Reinach é conhecido no mercado de inovação pelo alto nível de exigência. À frente da Votorantim Novos Negócios, antiga empresa de investimento do grupo Votorantim, ele chegou a avaliar 1,2 mil empresas para escolher apenas 12. "Só uma parte dos US$ 380 milhões disponíveis foi investida. Se o negócio não for realmente inovador, não há porque investir", afirma. 

Com cuidado idêntico no papel de gestor do Fundo Pitanga, Reinach levou dois anos para fazer o primeiro aporte. A escolhida, entre 700 companhias, foi a I.Systems, empresa de software de automação industrial, com sede em Campinas (SP).

 Fundada por Igor Santiago, Ronaldo Silva, Leonardo Freitas e Danilo Halla, matemáticos e engenheiros da computação formados pela Universidade de Campinas (Unicamp), a empresa só concluiu seu software carro-chefe em 2011.

 O software baseia-se na chamada lógica difusa, ou lógica "fuzzy". Um software tradicional executa funções de forma binária: dependendo da regra estabelecida, faz ou não uma tarefa. A lógica "fuzzy" usa uma série de cálculos (algoritmos) para ampliar as formas de executar ou não uma tarefa, dependendo de uma série de variáveis. Os freios ABS, por exemplo, usam essa lógica, o que permite realizar uma frenagem brusca ou lenta, de acordo com a velocidade do veículo, a proximidade com um obstáculo e outros fatores.

 O uso dessa tecnologia, no entanto, era limitado pelo seu alto custo. Para realizar tarefas com base em muitas variáveis, é necessário definir regras de forma manual, que precisam ser adaptadas para cada equipamento. Em função do custo, a lógica difusa só é adotada em produtos para venda em massa, como os freios ABS e software para ajuste automático de foco em câmeras fotográficas.

 Os sócios da I.Systems desenvolveram algoritmos que fazem a definição automática dessas regras, o que melhora o desempenho dos softwares de automação industrial usados pelas companhias. O primeiro teste foi feito na unidade de Jundiaí (SP) da Femsa, engarrafadora da Coca-Cola, disse Igor Santiago, presidente da I.Systems. A Femsa apresentava perdas no envase de líquidos porque os equipamentos, mesmo com software de automação, enchiam as garrafas com mais ou menos líquido que o estabelecido no rótulo; as garrafas com menos líquido eram descartadas. A adoção do software permitiu reduzir essa discrepância e evitou uma perda de 700 mil litros de líquido por ano, com economia de 11%.

 O software é usado por 25 companhias, incluindo Femsa, Usina São Martinho, Lanxess, Rhodia e Ajinomoto. "O investimento se paga em menos de um ano, o que o torna atraente", disse Santiago. O software já foi testado no controle de energia em caldeiras, no envase de líquidos e em destilarias. 

Reinach disse não ter encontrado um software semelhante no mercado internacional. "O objetivo do fundo é encontrar empresas realmente inovadoras e que possam tornar-se globais. Acredito que a I.Systems tem o potencial que procuramos", afirmou.

 O valor do investimento é mantido em sigilo, mas Reinach disse que o Fundo Pitanga investe de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões por empresa. Com o aporte, a I.Systems planeja expandir as vendas no Brasil e, em uma etapa futura, iniciar as vendas no mercado internacional.

 O Fundo Pitanga tem disponíveis R$ 100 milhões e foi criado por Fernando Reinach; Pedro Moreira Salles, da família que fundou o Unibanco; Fernão Bracher, fundador do banco BBA, e seu filho Cândido Bracher, presidente do Itaú BBA; Luiz Seabra, Pedro Passos e Guilherme Leal, fundadores da Natura; e Eduardo Vassimon, vice-presidente do Itaú. Reinach prevê fazer um novo aporte até o fim do ano. Valor Econômico
Fonte: investe.sp 28/03/2013



Tribunal aprova fusão entre American Airlines e US Airways

O juiz Sean H. Lane, do Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o distrito sul de Nova York, aprovou hoje a fusão entre a American Airlines e US Airways. A permissão era necessária pois a American está em concordata desde novembro de 2011.

 A decisão abre caminho para que as duas companhias formem a maior aérea do mundo, com valor de mercado de US$ 11 bilhões e receita anual de US$ 40 bilhões.

 A fusão, anunciada em 14 de fevereiro, precisa ainda da aprovação dos reguladores antitruste e dos acionistas da US Airways. A expectativa é concluir o negócio até o fim de setembro.

O juiz não aceitou um pacote de remuneração de US$ 20 milhões para a saída do presidente-executivo da American Airlines, Tom Horton. O presidente da US Airways, Doug Parker, será o CEO na nova American. Os motivos para a decisão de Lane serão detalhados em um documento a ser divulgado em uma data posterior. Por Tatiane Bortolozi | Valor com Dow Jones Newswires Por Valor Econômico - SP - Dow Jones Newswires
Fonte: confralog 27/03/2013



Bertelsmann planeja fazer aquisições no Brasil

Companhia alemã negocia com três empresas e prevê fechar negócio em dois meses

 O grupo alemão de mídia Bertelsmann pretende reforçar sua presença no Brasil com a compra de participações minoritárias em companhias locais. O interesse recai, principalmente, em empresas de educação e mídia digital, áreas nas quais a Bertelsmann tem investido no exterior, como parte de uma estratégia global.

 "Estamos conversando com três empresas e acredito que vamos anunciar algo concreto dentro de dois meses. Essa é a prioridade em curto prazo", afirmou Matthias Wulff, porta-voz da companhia, ao Valor. No segundo semestre a expectativa é fazer aquisições de maior porte, disse o executivo, sem revelar o montante de investimentos previsto.

 Com cerca de 1,2 mil funcionários no Brasil, os negócios da Bertelsmann incluem a Freemantle Media, responsável pela produção de programas de TV como "Ídolos" e "O Aprendiz"; a editora Motor Press Brasil, que publica revistas do setor automotivo; a Arvato, de serviços de comércio eletrônico entre empresas; e a Random House Mondadori, editora com forte catálogo de livros em espanhol.

 Os planos para o Brasil seguem uma estratégia global recente da companhia, de expandir a presença internacional e reduzir a dependência dos negócios na Alemanha.

 A Bertelsmann atua no Brasil desde a década de 60, por meio de subsidiárias. Em agosto do ano passado, o grupo decidiu instalar um centro de operações no país, para acompanhar mais de perto a evolução do mercado digital brasileiro. O pano de fundo desse movimento é a adaptação dos negócios de mídia à era digital, um esforço que praticamente todos os grandes grupos do setor têm de fazer, e que na Bertelsmann tornou-se uma prioridade.

 No Brasil, a Bertelsmann também fez aportes, de valores não revelados, em fundos de investimentos, como o Monashees Capital.

 Além de apontar boas perspectivas de crescimento para o segmento de conteúdo para TV no Brasil, Wulff disse que a companhia prevê um grande potencial de expansão dos negócios de direitos autorais na área musical com a BMG Rights Management. No início de janeiro, a Bertelsmann assumiu o controle da empresa, ao adquirir a participação da Kohlberg Kravis Roberts & Co (KKR) na operação. O catálogo inclui artistas como Duran Duran, Bruno Mars e will.i.am. 

Wulff disse que a subsidiária brasileira tem uma receita local de "três dígitos de milhões de euros", sem revelar números específicos. A Bertelsmann fechou 2012 com uma receita global de € 16,1 bilhões, equivalente a um crescimento de 4,5% sobre 2011. "Quando comparada à receita global, os números do Brasil ainda são incipientes, mas queremos ampliar essa participação significativamente nos próximos três anos", afirmou. Moacir Drska - Valor Econômico
Fonte: interjornal 28/03/2013



Cosan planeja criar nova empresa no setor de logística

A Cosan planeja criar mais uma empresa no setor de logística com soluções para os modais ferroviário e portuário, a Cosan Infraestrutura. Atualmente, a companhia é proprietária da Rumo Logística, líder no transporte de açúcar.

O anúncio da nova companhia foi feito pelo próprio presidente da Rumo, Julio Fontana Neto, durante evento da Esalq-LOG (Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial) na última segunda-feira (25) em Piracicaba (SP).

Procurada pela reportagem, a Cosan confirma que a nova empresa está, de fato, sendo concebida, mas não forneceu mais detalhes a respeito, como data de criação e valores envolvidos. De acordo com a assessoria da companhia, "trata-se de um braço estratégico para a Rumo e para a Cosan". JOSÉ ROBERTO GOMES - Agencia Estado
Fonte: estadao 27/03/2013



27 março 2013

Expectativas de múltiplos de Ebitda para empresas de Mídia e TI.

Há 19 anos, a empresa AdMedia Partners, Inc. vem realizando pesquisa junto a executivos sobre as perspectivas de fusões e aquisições no próximo ano, dos segmentos de mídias digital e tradicional, serviços de marketing e marketing de empresas de tecnologia.

 A AdMedia Partners, Inc. de Nova York, EUA, é uma consultoria de fusões e aquisições especializada em empresas de mídia digital e tradicional, e marketing. No seu último relatório "19 th ANNUAL MARKET SURVEY 2013", a AdMedia fornece insights sobre o que pensam compradores e vendedores sobre avaliações, expectativas de M & A e tendências do setor.

Abaixo, alguns slides extraídos da referida pesquisa, em que são apresentados os resultados das expectativas a respeito de múltiplos de Ebitda para os negócios em diversos setores de tecnologia e marketing, em 2013.









Fonte: AdMedia Partners

27 março 2013



Banco Gerador incorpora assessoria financeira Dipar

O Banco Gerador, fundado há quatro anos, no Recife, anunciou ontem a incorporação da assessoria financeira Dipar, especializada em fusões, aquisições e estruturação de dívida. Com o negócio, a instituição pernambucana espera ampliar para 20% a participação das operações de banco de investimento em seu portfólio, hoje concentrado em crédito consignado e voltado a empresas de pequeno e médio porte.

 A Dipar pertencia a dois executivos pernambucanos com passagem pelo escritório local do BTG Pactual. Raphael da Fonte entrou no então Pactual em 2003, quando ficou responsável por um fundo direcionado a empresas nordestinas. O sócio Joel Queiroz ingressou em 2007 no UBS Pactual, integrando a equipe de gestão de fortunas, também com foco no Nordeste. No ano passado, a empresa criada pelos dois em 2010 coordenou três aquisições que, juntas, movimentaram R$ 150 milhões.

 Com a incorporação da Dipar, o Banco Gerador espera alavancar as operações da divisão de investimentos. Seu presidente, Paulo Dalla Nora, explica que o segmento não acompanhou o crescimento da economia nordestina na última década. "O Nordeste tem cerca de 15% do PIB nacional, mas apenas 5% das fusões e aquisições são na região. Isso acontece por conta da inexistência da agentes fomentadores dessas operações. É essa lacuna que queremos preencher."

 O público alvo do banco na área de investimentos são empresas nordestinas com faturamento de até R$ 250 milhões anuais, que muitas vezes têm suas necessidades preteridas pelos grandes bancos do país. Segundo Dalla Nora, a estratégia está em linha com a operação do banco no varejo, que é concentrada na inclusão bancária e na criação de instrumentos específicos para o público de baixa renda da região. "Assim como fazemos na ponta, pretendemos bancarizar essas empresas, apresentar soluções específicas."

 As principais oportunidades, de acordo com os executivos do Gerador, estão em setores ligados ao consumo popular, como varejo especializado e construção civil, além de hotelaria. O banco também quer atuar junto a prefeituras nordestinas como estruturador de parcerias público-privadas (PPPs), sobretudo na área de saneamento básico, que está aquecida. Por Murillo Camarotto | Do Recife Valor Econômico
Fonte: cvmclipping 27/03/2013



Allianz fecha acordo de US$833 mi por maior seguradora turca

Companhia assegurou posição de liderança no mercado turco ao concordar com a compra da Yapi Kredi Sigorta (YKS)

A Allianz assegurou a posição de liderança no mercado de seguros turco ao concordar com a compra da Yapi Kredi Sigorta (YKS) por cerca de 1,6 bilhão de liras turcas (833 milhões de dólares).

 A maior seguradora da Europa disse nesta quarta-feira que estava comprando uma participação de 93,9 por cento na seguradora turca do banco local Yapi Kredi Bank. Após fechar o negócio, o grupo alemão fará uma oferta pública obrigatória para a fatia de 6,1 por cento restantes.

 A população crescente da Turquia e padrões de vida em ascensão ocasionaram um aumento abrupto na demanda por seguros de carros, propriedades, saúde e de vida, mas a competição de preços entre seguradoras é intensa e muitas sofreram perdas em anos recentes.

 A aquisição é o maior negócio da Allianz desde 2007 e utiliza mais de dois terços dos cerca de 1 bilhão de euros (1,3 bilhão de dólares) que o grupo separou como orçamento para aquisições.

 O Yapi Kredi Bank, pertencente ao grupo turco Koc Holding e à italiana UniCredit, disse na terça-feira que negociações sobre a venda de sua unidade de seguros continuavam, após fontes terem dito à Reuters que a Allianz havia concordado em comprá-la. Jonathan Gould e Ludwig Burger, da Reuters
Fonte: Exame 27/03/2013



Manabi busca mais sócios para projeto de R$ 6,25 b

A mineradora Manabi, fundada há dois anos por ex-executivos da Vale e da Samarco, anunciou nesta terça-feira detalhes de seu projeto de produção de minério de ferro em Minas Gerais orçado em R$ 6,25 bilhões.

 Segundo o diretor presidente da empresa, Ricardo Antunes, parte dos recursos virá dos acionistas e parte será financiado. Entre os sócios estão, o fundo de pensão de professores de Ontário, no Canadá; o fundo soberano da Coreia do Sul, KIC; um fundo da Austrália e EUA, muito dedicado a infra-estrutura, o EIG; e um fundo americano, o South Eastern. "Todos são investidores de longo prazo, que contam com os dividendos da Manabi. Não são apenas especuladores". A Manabi, diz Antunes, está buscando também novos investidores.

 Segundo uma fonte disse ao Valor, a empresa tem hoje em caixa pouco mais de 10% do valor do investimento anunciado.

 No plano de negócios, 40% do investimento será de capital próprio e 60%, de bancos no Brasil e no exterior. Antunes disse a empresa já vem conversando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que espera que a instituição se torne uma fonte relevante do financiamento do projeto.

 O executivo e outros diretores da empresa assinaram na tarde de hoje com o vice-governador de Minas, Alberto Pinto Coelho (PP), um protocolo de intenções de investimento no projeto. As minas ficam nos municípios de Morro do Pilar e em Santa Maria do Itabira, na região central do Estado.

 A expectativa de Antunes é que o minério de ferro comece a ser embarcado no fim de 2016. A capacidade de produção do projeto é de 31 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, das quais 25 milhões sairiam de Morro do Pilar. Este é o primeiro projeto da empresa. "Acreditamos que o mercado de minério de ferro vai continuar bastante relevante", afirmou a jornalistas após a cerimônia com autoridades mineiras. Para ele, haverá demanda, principalmente, para minério de ferro de alta concentração, disse. "O diferencial da Manabi é o alto teor de ferro 68,5%, um dos maiores do mundo",

O projeto da Manabi fica próximo ao município de Conceição do Mato Dentro, onde a Anglo American desenvolve seu maior empreendimento de minério de ferro no mundo e de onde sairá o gigantesco mineroduto, também em fase de construção, que ligará a mina até o Porto do Açu, no Rio de Janeiro. Para escoar a futura produção, a Manabi planeja usar porto próprio que está sendo projetado em Linhares, no Espírito Santo, o Porto Norte Capixaba.

 Morro do Pilar, onde o projeto da Manabi se concentrará, tem 3.500 habitantes. Tão pequena que nem delegacia de polícia tem. Sua economia se baseia em plantio de eucalipto, uma pequena produção de óleo de candeia, agricultura de modo geral. O maior empregador é a prefeitura.

 O minério de ferro em seu subsolo nunca foi extraído como planeja a Manabi. Sua experiência mais relevante nesse assunto já faz parte dos livros de história. Há 200 anos, a primeira fundição de ferro da América do Sul era inaugurada na região de Morro do Pilar.

 Para ajudar a cidade a lidar com o impacto econômico, social e ambiental que o projeto trará, Antunes fala em ajudar o município a elaborar um plano diretor. O empreendimento vai contratar mais 8 mil pessoas durante a construção, a maioria em Morro do Pilar. "Queremos que a preferência da empresa seja por mão de obra local. Mas a cidade tem um grande problema, que é um problema do Brasil, de qualificação", disse o secretário municipal de meio ambiente, Ezio Dornela, Por isso, ele espera que o projeto traga cursos de capacitação. Por Marcos de Moura e Souza | De Belo Horizonte
 Fonte: Valor Econômico 27/03/2013



Fundo investe no Clube de Autores

Companhia especializada em venda on-line e impressão de livros sob demanda obtém recursos da Fir CapitalBzplan

O hábito de ler um livro pode parecer ultrapassado para quem já nasceu com um computador em casa. Mas as obras impressas motivaram Índio Brasileiro Guerra Neto e Ricardo Almeida a fundar, em 2009, o Clube de Autores, um serviço on-line de impressão de livros sob demanda para autores independentes. Neste mês, a companhia recebeu um aporte do Fundo SC, gerido pela Fir CapitalBzplan, da Fir Capital. O grupo de investimentos tem como um dos acionistas a Draper Fischer Jurvetson (DFJ), dona de uma carteira de US$ 5,5 bilhões, que inclui investimentos no Skype, no Hotmail e no Baidu.

O valor do aporte é mantido em sigilo. Os recursos, disse Índio Brasileiro, presidente do Clube de Autores, serão investidos na ampliação do serviço no país e na venda dos softwares criados pela companhia para outras editoras. "A empresa nasceu da nossa experiência como autores. Passamos pelo processo tradicional de tentar publicar um livro e não conseguir", disse. Em geral, as editoras imprimem livros com edições de, no mínimo, 3 mil exemplares. Uma nova edição de correção, por exemplo, só é feita após a venda do primeiro lote.

Para permitir tiragens menores, o Clube de Autores desenvolveu um software que é conectado a uma rede de dez gráficas em diferentes regiões do país. O autor que se cadastra no serviço faz a oferta do livro no site para que seja encomendado por leitores interessados. As encomendas são encaminhadas para a gráfica mais próxima do leitor e impressas em três dias. O leitor pode buscar o livro na gráfica ou pagar para recebê-lo pelos Correios. Há também a opção de obter a versão digital da obra.

O preço do livro varia de acordo com o número de páginas. A impressão de um livro de 200 páginas custa em torno de R$ 30. "O autor pode vender por R$ 31 e ganhar R$ 1 em direito autoral, mas pode vender a R$ 40 e receber R$ 10 por exemplar", disse Brasileiro. O autor tem a chance de elevar os ganhos com direitos autorais, que nas editoras varia entre 6% e 12% do preço de venda do livro.

Em quatro anos, o Clube de Autores acumulou 24 mil títulos, produzidos por 21 mil autores de todo o país. As vendas chegaram a 175 mil exemplares no ano passado. Em quatro anos, a companhia vendeu 280 mil livros. A meta para este ano é aumentar em 100% o número de livros vendidos, disse Ricardo Almeida, sócio da companhia. "Há espaço para um crescimento desse porte", afirmou.

Como parte da estratégia de expansão, o Clube de Autores planeja iniciar neste ano a venda dos softwares desenvolvidos pela companhia para fazer a venda on-line e administrar as encomendas e a impressão nas gráficas. Para Brasileiro, uma das vantagens do serviço para as editoras é o fim da necessidade de manter um grande estoque de obras. Atualmente, o selo Prestígio, do grupo Ediouro, faz uso da infraestrutura tecnológica do Clube de Autores. Brasileiro disse que a infraestrutura será oferecida de forma que a editora poderá oferecer o serviço on-line de impressão sob demanda em seu site. "Com a mudança, vamos deixar de ser só uma publicadora para ser fornecedora de tecnologia", afirmou. A companhia negocia a venda da ferramenta a outras editoras. Valor Econômico
Fonte: interjornal 27/03/2013