Um ano antes de fechar a venda para a Vigor de 50% da companhia por R$ 410 milhões, a Itambé já procurava um sócio. Com a crise financeira global, a empresa viu suas exportações de leite em pó despencarem de US$ 250 milhões, em 2008, para algo próximo de zero nos anos seguintes. No fim de 2012, a Itambé tinha uma dívida de R$ 750 milhões.
Diversos concorrentes avaliaram a Itambé. A negociação mais avançada foi com a mexicana Lala. Um acordo preliminar foi assinado em maio de 2012 e executivos da empresa já estavam no Brasil. O problema é que o contrato final demorou a ser assinado: basicamente, os mexicanos faziam novas exigências a cada rodada de conversas.
Foi neste cenário que a Vigor entrou na negociação - e fechou a compra de parte da Itambé menos de um mês depois.
Um dos entraves para a venda estava na estrutura de controle da companhia, formada por 31 cooperativas, o que não permitia a entrada de sócios não cooperados e assustava os investidores. Como preparação para o negócio, a empresa foi dividida em duas: a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), que ficou com o negócio de captação de leite e assistência a produtores, e a Itambé Alimentos S/A, que ficou com as marcas e capacidade produtiva.
Fonte: estadao 18/03/2013
18 março 2013
Os bastidores do negócio com a Itambé
segunda-feira, março 18, 2013
Alimentos, Compra de empresa, Contingências, Negociação, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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