25 fevereiro 2013

FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA DE 18 a 24/fev/13

Ao longo da semana de 18 a 24/fev/13, foram anunciadas com destaque pela imprensa 16 operações de Fusões e Aquisições, envolvendo direta ou indiretamente empresas brasileiras de 8 setores.

ANÁLISE DA SEMANA 

Principais constatações


Oito setores realizaram 16 operações nesta semana. Sendo os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO(TI), ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO e TELECOMUNICAÇÕES E MÍDIA os que mais se destacaram com 69% do total das transações.
A maior operação desta semana foi a Vigor comprando 50% da Itambé por R$ 410 milhões.
Entre as aquisições de empresas brasileiras por  estrangeiras, uma das mais importantes foi a Thomson Reuters comprando empresa brasileira T.Global, dona das empresas Softway, Trade-Easy e Sofleasing, companhias especializadas em sistemas que auxiliam na importar e exportar mercadorias.


 NEGÓCIOS DA SEMANA 
 "Market Movers" - Brasil. 

UOLDIVEO adquire o controle acionário da Compasso. O objetivo é ampliar o portfólio de produtos e serviços.
Thomson Reuters compra empresa brasileira de T.Global. É a oitava aquisição da Thomson Reuters no Brasil desde 2010.
J&F, dona do JBS, confirma compra do Canal Rural. Atrativos de destaques para aquisição  da TV, foi o público potencial de 110 milhões de telespectadores e de 400 leilões de gado que transmite.
Vigor compra de 50% da Itambé por R$ 410 milhões. A Vigor Alimentos S/A, empresa de lácteos da holding J&F, que também controla a companhia de alimentos JBS, compra a mineira Itambé.
 Estre Ambiental adquire o controle da Geo Vision que presta serviços de limpeza urbana coleta e tratamento de resíduos domésticos, hospitalares, industriais e da construção civil em SP. A Estre já comprou a Resicontrol (que pertencia à Veolia), a Cavo (do grupo Camargo Corrêa), a Soma, a Viva Ambiental e a CGR Itaboraí,.

 "Market Movers” - Exterior 

 Wall Street vê nova onda de grandes fusões e aquisições. Uma série de aquisições anunciadas uma após a outra indica que a era dos grandes negócios está de volta a Wall Street, depois de seis anos de ausência. Fusões e aquisições sofreram um baque depois da crise financeira.
Mas este ano está se mostrando diferente. O valor total das fusões e aquisições anunciadas desde janeiro alcançam quase US$ 160 bilhões, o maior num início de ano desde 2005. Esse surto recente de grandes negócios não é mera coincidência. O argumento é o seguinte: as empresas já colheram em grande parte os benefícios das iniciativas de corte de custos e aumento de produtividade implementadas desde a recessão.
Elas estão agora procurando outras maneiras de crescer a um ritmo que faça os acionistas felizes. Fusões e aquisições, diz a teoria econômica, são uma forma de fazer isso acontecer.
A produtividade das empresas deu um salto na esteira da recessão, já que elas demitiram funcionários e reduziram custos agressivamente. Grupos financeiros estão novamente dispostos a viabilizar negócios desta dimensão porque os banqueiros estão confiantes de que podem rapidamente vender a dívida a investidores em busca de juros mais altos. Investidores em dívida também gostam de negócios grandes porque eles são mais fáceis de comprar e vender no mercado secundário.
Nos próximos meses, há dois caminhos prováveis para as fusões e aquisições.
O primeiro vai usá-las para estabelecer ligações entre mercados nos Estados Unidos e no exterior, com capital fluindo para dentro das empresas americanas ao invés de para fora.O segundo caminho será os típicos negócios de racionalização de um setor, que podem ter sido contemplados por anos, mas careciam da confiança do mercado para se concretizarem.
 E parece ser mera questão de tempo para que uma consolidação maior bata às portas de Wall Street, agora que os bancos, estabilizados por restruturações internas, vêem as fusões como um próximo e talvez inevitável passo, ainda que doloroso. thewallstreetjournal

Amazon compra empresa de tecnologia “texto para voz”

Bancolombia comprará HSBC Panamá por US$2,1 bilhões. 

Norte-americanas OfficeMaX e Office Depot negociam fusão. 

Fusão entre American Airlines e US Airways marca ciclo pós-crise no mercado aéreo. A fusão entre as companhias American Airlines e US Airways, anunciada, é mais uma resposta de grandes competidores do mercado aéreo ao momento pós-crise. O negócio também reforça a forte tendência para novas fusões no setor nos próximos anos. O negócio que cria a maior companhia aérea do mundo, com receita de US$38,7 bilhões.
Fusões de companhias aéreas no Brasil e no mundo:

  •  Azul + Trip - Após anunciar em 2012 um processo de fusão, as companhias aéreas Azul e Trip ficaram com participação de 14,2% no mercado doméstico. 
  •  Gol + Webjet - A Gol adquiriu, em 2011, 100% do capital da Webjet, por R$96 milhões. Em 2012, a Webjet deixou de existir e 850 funcionários foram demitidos. 
  •  Tam + Lan - Anunciada em 2010 e aprovada em 2012, a fusão entre a TAM e a chilena LAN posicionou a nova empresa entre os 10 maiores grupos de aviação do mundo. 
  •  United Airlines + Continental - Em maio de 2010, a United Airlines e a Continental anunciaram acordo de fusão. Avaliado em US$ 3 bilhões, o negócio criou a maior companhia aérea do planeta. 
  •  Ocean Air + Avianca - Desde abril de 2010, a brasileira Ocean Air passou a operar com a marca colombiana Avianca, controlada pelo grupo Synergy Aerospace. 
  •  British Airways + Iberia - A Comissão Europeia (CE) dei sinal verde, em 2010, à fusão entre a Iberia e a British Airways, criando a terceira maior companhia da Europa. 
  •  Gol + Varig - Em maio de 2007, a Gol Linhas Aéreas comprou a Nova Varig (VRG Linhas Aéreas) por cerca de US$ 320 milhões. 
  •  Air France + KLM - A Air France-KLM foi criada em 2003 em uma fusão das empresas Air France e KLM. 

 RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES 

 01 - Visando ampliar seu portfólio de Serviços à aplicações, UOLDIVEO adquire o controle acionário da Compasso. O UOLDIVEO anunciou a aquisição do controle acionário da empresa Compasso Informática S.A., que atua no mercado deIT Professional Services, provendo principalmente soluções Oracle Middleware. Esta aquisição tem como principal objetivo ampliar o portfólio de produtos e serviços para gerar crescimento e atender às demandas de seus clientes de uma maneira mais ampla. 18/02/2013 
02 - Por serviços de TI, Compusoftware vai às compras e adquire a IT Brain. Revendedora de licenças de software - com forte DNA da Microsoft, a Compusoftware, do grupo nacional GlobalWeb Corp., compra da IT Brain, especializada em oferta de serviços e consultoria. Planejamento prevê alcançar um faturamento de R$ 160 milhões ao final do ano, sendo 10% oriundos dessa aquisição. Com a aquisição, a Compusoftware se prepara para ampliar a sua presença nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal. Na prática, com a IT Brain, a companhia passa a oferecer podutos de consultoria no processo de escolha de programas de licenciamento, de produtos e de tecnologias, a Compusoftware também passa a oferecer a seus clientes o serviço de apoio à formação de cultura tecnológica interna. 15/02/2013 
03 - Thomson Reuters compra empresa brasileira de TI. Thomson Reuters anuncia a aquisição da empresa brasileira T.Global. A T.Global é donas das empresas Softway, Trade-Easy e Sofleasing, companhias especializadas em sistemas que auxiliam na importar e exportar mercadorias. A T.Global desenvolve soluções empresariais para gerenciar processos e pagamentos de impostos e tarifas alfandegárias para empresas importadoras e exportadoras. Iniciou seu processo de internacionalização com um escritório em Buenos Aires, na Argentina. É a oitava aquisição da Thomson Reuters no Brasil desde 2010. 19/02/2103 
04 - Pepper e Flap encerram sociedade. Sócios fundadores da Flap recompram 39% das ações adquiridas pelo grupo InvestPromo em 2012. Em julho passado, elas se uniram após o grupo InvestPromo, sócio da Pepper, ter adquirido 39% das ações da Flap, sediada em Brasília. Desde então as empresas vinham operando sob a bandeira FlapPepper. O acordo ruiu por visões divergentes quanto ao rumo do negócio: enquanto a empresa do InvestPromo tinha intenção de se aprofundar em licitações públicas, a Flap mirava anunciantes da iniciativa privada. A meta de faturamento estabelecida à época era de R$ 25 milhões em 2014. 19/02/2013 
05 - RIWeb e FIRB se unem para ganhar mercado. A RIWeb, que fornece serviços de tecnologia para empresas de capital aberto, vai juntar esforços com a consultoria de relações com investidores FIRB. A ideia é oferecer toda a gama de serviços de assessoria a companhias listadas, aos moldes do que já faz a líder de mercado MZ Group.Tem carteira de serviços complementar e já atuam nas duas pontas para uma alguns clientes. Atendência é que, juntas, as empresas consigam crescer mais de 50% neste ano. 19/02/2013  
06 - Conselho da Laep aprova fusão com Prosperity. O conselho de administração da Laep aprovou uma fusão com a Prosperity Overseas, controlada pela Companhia Fabril e Comercial de Angola. Pela fusão, a Laep, controladora da marca Parmalat no Brasil, deixará de existir e a Prosperity, com sede em Bermuda, será sucessora de todas as obrigações conjuntas das empresas. 19/02/2013 
07 - Indusval fecha a compra da butique Voga. O Banco Indusval & Partners assinou compromisso de compra da butique de finanças corporativas Voga. A intenção é criar uma plataforma de banco de investimentos completa para atender os mais de mil clientes do banco, a partir da equipe de 20 profissionais vindos da Voga, especializada em fusões e aquisições e também em colocações privadas de ações.O valor da transação não foi revelado. Parte do pagamento aos sócios da Voga será feita em dinheiro no ato. Mas outra parte está atrelada a desempenho futuro da nova área. 20/02/2013 
08 - J&F, dona do JBS, confirma compra do Canal Rural. A J&F, holding que controla o frigorífico JBS comprou o Canal Rural. A emissora especializada em agronegócios pertencia, há 16 anos, ao Grupo RBS. O valor da aquisição não foi divulgado. Pessoas próximas à transação afirmam que o acordo foi fechado por 40 milhões de reais. No ano passado, o Canal Rural teria faturado cerca de 50 milhões de reais. Entre os atrativos para adquirir a emissora de TV, o J&F destacou o público potencial de 110 milhões de telespectadores no país, além dos mais de 400 leilões de gado que transmite por ano - sim, dá mais de um por dia. 20/02/2103 
09 - Vigor compra de 50% da Itambé por R$ 410 milhões. A Vigor Alimentos S/A, empresa de lácteos da holding J&F, que também controla a companhia de alimentos JBS, confirmou a compra da mineira Itambé. O acordo foi fechado hoje com a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. (CCPR), dona da Itambé. O valor do negócio foi de R$ 410 milhões, que serão investidos para fortalecer a estrutura de capital e contribuir para o crescimento de uma das mais tradicionais companhias de lácteos do Brasil. A Itambé era a terceira maior empresa em captação de leite, com recepção anual - de produtores diretos e de terceiros - de 1,1 milhão de litros de leite, com 8,55 mil produtores e produção de 272 litros de leite por dia. A empresa possui cinco fábricas, sendo quatro em Minas Gerais e uma em Goiás, dez centros de distribuição e volume de processamento de mais de 3 milhões de toneladas de leite por ano.21/02/2013 
10 - Tarpon eleva participação na Metalúrgica Gerdau. A Metalúrgica Gerdau informou ao mercado nesta sexta-feira que a Tarpon Gestora de Recursos elevou a participação na companhia para 20,38 por cento das ações preferenciais da empresa, equivalente a 56.048.000 papeis. 22/02/2103 
11 - Profarma e Nutrilatina constituem joint venture. A Profarma e a Nutrilatina constituíram joint-venture, a Supernova, que terá capital social inicial de R$ 300 mil. Será uma plataforma de distribuição dos produtos da Nutrilatina, utilizando todo o expertise da Profarma. A distribuidora de medicamentos passa a comercializar com exclusividade os produtos Nutrilatina para o varejo farmacêutico. A joint-venture será composta por 35% de participação da Profarma, 35% da Nutrilatina e mais 30% do Sr. Leonardo Chiacchio, dos quais a Profarma terá opção de compra após quatro anos. 22/02/2013 
12 - Nativ Pescados recebe aporte de fundo de investimento voltado à aquicultura. A Nativ Pescados empresa de pescados de aquicultura, que atua em toda a cadeia, desde a reprodução das espécies, até a industrialização e comercialização dos seus produtos, recebe o aporte de um Fundo de Investimento em Participações (FIP) voltado ao mercado de aquicultura, administrado pela empresa Global Equity. A NATIV PESCADOS cultiva as espécies amazônicas Tambaqui, Pintado da Amazônia e a Tilápia. Atualmente possui duas linhas de produtos, vendidos resfriados e congelados para o atacado e varejo, além de hotéis, restaurantes e catering no mercado nacional. Exporta também para Suíça, Alemanha, Portugal, Espanha e Estados Unidos. 22/02/2103 
13 - Empresa de publicidade em vídeos recebe investimento de US$ 500 mil. A Samba Ads, empresa de publicidade em vídeos, conseguiu um investimento de US$ 500 mil (R$ 986 mil). A start-up pretende com essa verba aumentar sua penetração no mercado de vídeo ads (promocionais) na América Latina. A empresa lançada ano passado é uma derivada da Sambatech, companhia de vídeos on-line e web TV. Os investidores são os fundos e.bricks Digital (do Grupo RBS), Initial Capital, 500 Startups e Rhodium. A Samba Ads afirma que em 2012 veiculou 100 milhões de anúncios em vídeos na sua rede. Ela gerencia uma rede de publishers e anunciantes de vídeos on-line. O Brasil é o quinto maior mercado de internet do mundo, gasta mais de US$ 12 bilhões por ano na internet. 23/02/2013 
 14 - Sorin Group adquire Alcard Indústria Mecânica. Sorin Group empresa italiana da área de dispositivos médicos e tratamento de doenças cardiovasculares adquiriu Alcard Indústria Mecânica Ltda., fabricante de linha de produtos médicos para uso em cirurgias cardíacas, de São Paulo. Esta aquisição permite Sorin fortalecer sua presença no mercado brasileiro e latino-americano. O valor da aquisição não foi divulgado 19/02/2013 
 15 - Aldeia Brasil chega ao País com estimativa de faturar R$ 48 milhões no primeiro ano. A AldeiaBrasil empresa on-line especializada em oferecer serviços de turísticos e de viagens, chega ao Brasil com oferta de destinos para vários lugares do mundo, a fim de atender a demanda de homens e mulheres com idades entre 20 e 65 anos. A empresa recebeu a ajuda de um investidor anjo no valor inicial de R$ 3 milhões, e, que já inicia as atividades com uma equipe de 25 colaboradores. Iniciará a expansão para a América Latina a partir do ano que vem, e, enfatiza as boas oportunidades de ampliar os negócios no e-commerce. 22/02/2013 
 16 - Estre Ambiental adquire o controle da Geo Vision. A companhia presta serviços de limpeza urbana coleta e tratamento de resíduos domésticos, comerciais, hospitalares, industriais e da construção civil em SP. A principal empresa da Geo Vision é a Leão Ambiental, que atua em Ribeirão Preto e na região. Sem revelar o valor do negócio, a empresa tem um porte semelhante ao da Viva Ambiental - adquirida pela Estre em abril/12, com faturamento em torno de R$ 200 milhões ao ano. A companhia opera quatro aterros sanitários, três plantas de tratamento de resíduos de serviços de saúde e é formada por três divisões.A última aquisição feita pela Estre ocorreu em setembro, quando adquiriu 11% da companhia americana Star Atlantic Waste Holdings - que atua em gestão de resíduos sólidos nos Estados Unidos. Além da Geo Vision, o grupo Estre já comprou as empresas Resicontrol (que pertencia à Veolia), Cavo (do grupo Camargo Corrêa), Soma, Viva Ambiental e CGR Itaboraí, desde o início de suas operações. Em 2011, negociou uma fusão com a Haztec, do Rio, que não foi adiante.25/02/2013 

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TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em janeiro/2013 

 M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ 

 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da consolidação das informações semanais coletadas pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Os dados estão limitados às informações noticiadas pela imprensa e, sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity - dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é precisa a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para a exatidão e transparências das informações.

25 fevereiro 2013



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