20 fevereiro 2013

Aporte estrangeiro visa cloud no País

A demanda por serviços de cloud computing no Brasil tem apresentado significativo avanço e deverá continuar até 2015, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia de Informação e Comunicação (Brasscom), quando alcançará 10% de crescimento no País. De olho nesse mercado, alguns players estrangeiros estão investindo em companhias nacionais de TI a fim de prepará-las para o mercado brasileiro de computação na nuvem.

 Nesse cenário, a Mandic, empresa nacional desenvolvedora de soluções e provedora de cloud computing, já recebeu a injeção de investimentos do Riverwood, grupo global de tecnologia, que também comprou a Tecla Internet no Brasil. O aporte de US$ 10 milhões tem como objetivo criar uma das maiores empresas especializadas em cloud no território nacional, afirma Mauricio Cascão, CEO da Mandic. Em entrevista à Decision Report, Cascão aponta o uso de US$ 4 milhões, provenientes do montante disponibilizado pela Riverwood, na aquisição de equipamentos de ponta para proporcionar melhores ofertas de serviço às empresas nacionais.

 “Desde a fusão das empresas, em 2012, todo o direcionamento da Mandic é para nuvem, por isso investimos em desenvolver soluções top de linha”, comenta. Segundo o CEO, a estratégia da companhia é fortalecer o relacionamento com os antigos clientes e aumentar a capacidade produtiva dos servidores para atender novas empresas consumidoras de cloud.

 Em 2013, a Mandic executará a segunda parcela do investimento (R$ 6 milhões) com o intuito de aprimorar o parque tecnológico e mira também um crescimento inorgânico com a compra de companhias com expertise em cloud computing. Segundo o executivo, a companhia espera dobrar o tamanho da empresa ainda este ano.

 Cenário antigo e atual

 Os benefícios da nuvem em ambientes corporativos é algo concreto, já vivenciado por cerca de 56% das empresas brasileiras, de acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de e-Business (Ebusiness Brasil) em 2012. O modelo de oferta “pague pelo uso” ganhou muitos adeptos no País devido ao corte nos gastos com infraestruturas de TI, alugando todos os meios necessários para dar continuidade aos negócios, além de outras vantagens como o acesso remoto às informações empresariais, explica Mauricio Cascão.

 Para o CEO, o cenário tecnológico brasileiro melhorou muito a ponto de permitir o uso do cloud computing em áreas antes inacessíveis a esse tipo de serviço. “A melhoria da banda larga no Brasil trouxe a possibilidade das empresas provedoras de soluções na nuvem expandirem as áreas de atuação”, afirma. A propagação da internet rápida permitiu operações e implantações na nuvem de maneira mais rápida e com baixa latência, requisitos imprescindíveis para trabalhar no cloud. Mas mesmo tendo sido aprimorada, a banda larga ainda é mais comum e de mais fácil acesso nas capitais, representando uma barreira para as organizações com necessidades de virtualização.

 Outro fator apontado por Cascão é a falta de conscientização das empresas sobre as ofertas de nuvem. “Falta evangelização e educação sobre o assunto para os contratantes”, defende. Para ele, este modelo é muito diferente da antiga mecânica de custo, por isso precisa ser mais explicado e detalhado a fim de passar corretamente as informações ao cliente. “O cloud veio para ficar, ninguém mais dúvida disso.” Rodrigo Aron
Fonte: Decisionreport 15/02/2013

20 fevereiro 2013



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