Negócio de US$ 11 bi deve ser anunciado hoje e vai reforçar a aliança OneWorld, que vem perdendo mercado
A American Airlines, da AMR, e a US Airways devem anunciar hoje uma fusão de US$ 11 bilhões que vai criar a maior companhia aérea do mundo. Ontem à noite, o site do Wall Street Journal confirmava a aprovação do negócio, pelas respectivos conselhos de administração das empresas. Será a terceira maior fusão de empresas aéreas nos Estados Unidos desde 2008, elevando, segundo analistas, os riscos de aumento nos preços das passagens.
Com a definição da fusão, os reguladores de mercado nos Estados Unidos devem se concentrar apenas em preservar a competição em aeroportos como Washington, Charlotte e Dallas, onde as companhias têm posição dominante, dizem especialistas antitruste.
Especialistas dizem que o Departamento da Justiça deverá pedir desinvestimentos nas centrais da US Airways em Washington e em Charlotte, e também nas operações da AMR em Dallas. Fora dessas áreas, as empresas trabalham, na maioria das vezes, em rotas diferentes.
"Se você colocar essas duas companhias em um mapa, você vai ver um monte de rotas complementares", disse Herbert Hovenkamp, professor de regras antitruste na Faculdade de Direito da Universidade de Iowa.
O Departamento de Justiça raramente se opôs a uma fusão de companhia aérea nos anos recentes. A última vez foi na proposta de acordo entre United e US Airways, em 2000. O advogado Alison Smith, da McDermott Will & Emery, disse que reguladores deverão aprovar a fusão entre a American Airlines e a US Airways se as empresas concordarem em vender algumas rotas. "Esse é um cenário provável."
Aliança global. Uma das consequências do fechamento do negócio é a esperada mudança da US Airways para a aliança OneWorld. Isso daria impulso à aliança, que perdeu membros e ficou atrás das rivais Star Alliance e SkyTeam nos últimos anos.
As alianças globais de empresas aéreas surgiram no fim dos anos 1990 como uma forma de as companhias ampliarem suas redes de forma lucrativa por meio da operação compartilhada de voos e marketing.
Fontes disseram à Reuters que a US Airways deixaria a Star Alliance e se juntaria à OneWorld como parte da fusão. O movimento ocorreria em um momento no qual a OneWorld faz uma campanha de recrutamento para tapar buracos em sua rede mundial. Assegurar um membro chinês ainda é a maior prioridade da aliança liderada pela American e British Airways.
"A fusão faria com que importantes membros da OneWorld se tornassem maiores e mais fortes, dando à aliança a liderança no mercado de passageiros dos Estados Unidos", disse Brendan Sobie, analista-chefe do Centro de Aviação para Ásia-Pacífico (Capa, na sigla em inglês).
A OneWorld é composta por 13 empresas que voam para 160 países. A SkyTeam detém 19 empresas que voam para 187 países, enquanto a StarAlliance é formada por 27 empresas que servem 194 países. / COM REUTERS
Fonte: O Estado de São Paulo 14/02/2013
14 fevereiro 2013
American e US Airways vão anunciar fusão
quinta-feira, fevereiro 14, 2013
Compra de empresa, Fusões, Plano de Negócio, Transações MA
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Ruy Moura
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