26 maio 2012

Aquisição de empresa brasileira impulsiona desempenho da Heinz

A compra de 80% da Quero Alimentos, em março do ano passado por R$ 1 bilhão, ajudou a empresa americana de molhos e condimentos Heinz a impulsionar as vendas durante o ano fiscal de 2012, que terminou em 29 de abril. A receita da empresa (excluindo Estados Unidos, Europa, Ásia e Pacífico) atingiu US$ 978,6 milhões, uma alta de 77% na comparação com igual período anterior.

O lucro operacional na região denominada "resto do mundo" pela empresa foi de US$ 105 milhões, 97% maior em relação ao ano fiscal anterior. Considerando todas as áreas de atuação, a mesma linha do balanço consolidado da companhia para o ano alcançou US$ 1,45 bilhão, uma queda 12%.

No quarto trimestre fiscal, os países emergentes contribuíram na receita líquida. As vendas subiram 30,7% em bases anuais, principalmente, por causa do crescimento de 3,1% da Quero, no Brasil.

William Johnson, presidente-executivo da Heinz, afirmou que a expectativa de manter uma taxa entre 6% e 9% do lucro por ação durante os próximos três a cinco anos será auxiliada pelos emergentes. "[O crescimento] deve refletir a expansão em dois dígitos [nesses mercados]", informou ontem o executivo por meio de nota.

O resultado da companhia foi melhor fora dos países em que atua tradicionalmente. Na Ásia e no Pacífico, o crescimento nas vendas foi de 11%, que somou US$ 2,57 bilhões, principalmente, por causa dos emergentes - China e Indonésia. Na Europa, as vendas subiram 6,3% no acumulado, atingindo US$ 3,44 bilhões. A alta de 3,7% nos preços praticados no período ajudou a expansão.

As vendas de produtos de consumo na América do Norte, porém, foram 0,7% inferiores no ano fiscal, gerando faturamento de US$ 3,24 bilhões. Nos Estados Unidos, a receita teve leve alta de 0,4%, para US$ 1,42 bilhão.

Segundo a empresa, a expansão de 10% nas vendas mundiais de ketchup e de 12% das 15 maiores marcas foi o motor da alta do faturamento no ano. A receita líquida da companhia foi de US$ 11,65 bilhões, crescendo 9%.

Apesar da alta nas vendas durante o ano fiscal de 2012, os gastos destinados à melhora da produtividade fizeram com que o lucro líquido da Heinz caísse 7%, para US$ 923,2 milhões. No quarto trimestre fiscal, também houve uma redução de 22% no lucro, em bases anuais, para US$ 175,3 milhões.

No acumulado do ano fiscal, as despesas operacionais também subiram, o que também influenciou o resultado final. O crescimento dos gastos foi de 11%, para US$ 2,55 bilhões. Com o resultado, a companhia aguarda um avanço entre 5% e 8% no lucro líquido por ação durante o ano fiscal de 2013, excluindo encargos especiais. A alta deve vir por meio do desempenho nos mercados emergentes e da expansão orgânica de ao menos 4% nas vendas, segundo a Heinz. Os investimentos devem ficar em US$ 120 milhões no período.

Como no próximo exercício a empresa prevê crescimento, os dividendos anuais foram aumentados em 7,3%, a nona alta consecutiva, para US$ 2,06 por ação.
Fonte:Valor Econômico 25/05/12

26 maio 2012



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