22 maio 2012

Dasa prevê "entrar nos trilhos" até o fim do ano

Após um resultado ruim no primeiro trimestre, quando o lucro líquido caiu 18,4%, o médico Romeu Cortes Domingues, presidente da Dasa, disse que, até o fim do ano, a empresa de medicina diagnóstica passará por grandes investimentos e acertos para apresentar resultados melhores.

 "Até o fim do ano vamos colocar a empresa nos trilhos. Nos últimos meses, contratamos 500 pessoas, vamos trocar quatro call centers alugados por um próprio no Rio. Tudo isso gera despesa sem a contrapartida de receita", disse Domingues, que acumula a presidência executiva e a do conselho temporariamente, durante Seminário Rio Investors Day, ontem.

 Domingues confirma que a empresa preferiu não lançar no balanço do primeiro trimestre de 2012 todas as despesas não recorrentes com a reformulação da rede de laboratórios. "Assim diluímos ao longo do ano. Fizemos um treinamento de executivos, estamos fazendo de funcionários, contratamos advogados, temos muitos custos para melhorar a empresa", disse. Em 2012, a Dasa planeja investir cerca R$ 250 milhões, sendo que já gastou R$ 70 milhões com a abertura de seis laboratórios no primeiro trimestre. No ano, a previsão é abrir 15 unidades.

 Tiramos do guidance dos executivos o Ebtida.
Nosso foco este ano é o caixa é o retorno sobre investimento", conta Domingues. Em 2011, o caixa da empresa foi de praticamente zero, diz o executivo.

A meta da companhia para este ano é de R$ 100 milhões, com Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 600 milhões e R$ 120 milhões de despesa financeira.

 Ele ressaltou que após tantas aquisições e fusão com a MD1, a Dasa estava com vários problemas. "Eram mais de 20 sistemas diferentes, não havia integração entre as clínicas e havia muitos aparelhos antigos", conta o executivo. "Agora já trocamos todos o equipamentos em São Paulo, investimos R$ 22 milhões, e escolhemos o nosso sistema que será do laboratório Sérgio Franco. Mês passado instalamos em Goiás, foi traumático. O rendimento caiu. Mas é uma questão de adaptação", disse Domingues.

 "Penso na Dasa a longo prazo. Nós fazemos mais que o dobro de exames do segundo colocado no Brasil. Estamos com problemas, mas vamos melhorar. Agora, temos um time de executivos fantásticos que estão trabalhando juntos", afirmou. Por Paola de Moura e Guilherme Serodio
Fonte: Valor Econômico 22/05/2012

22 maio 2012



0 comentários: