23 maio 2012

MV adquire Microdata para expandir negócios na América Latina

A empresa brasileira em sistemas de gestão de saúde MV, com sede em Recife, anunciou nesta terça-feira, 22, a compra de mais três empresas de TI: Microdata, Centercall e Micropacs, que compõem o grupo carioca Microdata, especialista em softwares de gestão de imagens médicas.

 O valor da transação não foi revelado, mas Paulo Magnus, presidente da empresa, diz que o faturamento no ano passado atingiu cerca de RS 100 milhões, com 11 filiais de 800 funcionários. A Microdata tem 16 funcionários e atua em todo o Brasil através de representantes, e continuará atuando de forma independente.

 O executivo revelou que essa aquisição vem completar o portfólio da empresa, com a incorporação de soluções de PACS (Picture Archiving and Communication System) e RIS (Radiology Information System), o que permitirá ‘’a concorrência em pé de igualdade com fornecedores multinacionais’’ e alavancar a estratégia de crescimento que prevê ampliação de negócios na América Latina, especialmente no México, Chile e Colômbia.

 “Essa compra faz parte do projeto estratégico de aquisições da MV, garantindo a consolidação da nossa liderança no mercado de saúde”, declara, acrescentando que ainda faz parte dos planos a aquisição de novas empresas com produtos ou negócios complementares. No começo do ano a MV adquiriu a Hospidata.

 A MV tem uma carteira clientes como Grupo Amil, hospitais Mãe de Deus e Moinhos de Vento, no Rio Grande do Sul, Biocor Instituto e Unimed Belo Horizonte, em Minas Gerais, AC Camargo e Santa Joana, em São Paulo, além de várias Unimeds. Magnus explica que há cerca de 5 anos a empresa voltou a investir no setor governamental e hoje tem cerca de 30% de suas receitas oriundas de hospitais públicos e filantrópicos.

 Estratégia 
 O executivo disse que a empresa está investimento na integração de sistemas com mobilidade e na criação de soluções para eliminar papel. No primeiro caso, a empresa conta com uma unidade no campus da Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, onde desenvolvem ‘’motores, aceleradores e conectividade’’ para colocar informações no dispositivo móvel do profissional da área médica e de enfermagem, como prontuário do paciente, business intelligence, balanced score card.

 Entre os novos aplicativos do sistema de gestão SOUL MV para uso do corpo assistencial, que trazem mais segurança e controle, destaca-se o Assistencial Mobile, que facilita a checagem de medicamentos, aferição de sinais vitais e registro de balanço hídrico na beira do leito do paciente. Outra solução é o Farmácia Mobile que simplifica a dispensação de materiais e medicamentos. “As prescrições médicas são visualizadas em handhelds na farmácia, facilitando a separação dos itens identificados através de códigos de barras”, explica o diretor corporativo de Desenvolvimento de Sistemas da MV, Felipe Vilela.

 O Gestor Mobile é voltado para executivos e gestores e disponibiliza as mesmas informações do BI tradicional, só que acessadas via tablet ou smartphone. Com ele os gestores podem monitorar todo o desempenho de sua gestão. “É possível acompanhar os centros de resultado, especialidades médicas e convênios, conferir os níveis de estoque, acompanhar os indicadores, os processos de compra e reposição, analisar os fluxos de atendimento, nível de ocupação e volume de tratamentos, além de verificar o perfil epidemiológico e de gravidade dos pacientes atendidos”, ressalta Vilela.

 Green IT 
 Outra aposta, anunciada ao mercado na Feira Hospitalar 2011, a unidade Green Soluções sem Papel, apresentou seu primeiro case de hospital 100% digital, o Hospital Infantil Sabará. “No Brasil apenas alguns hospitais públicos adotaram a prática e ainda não por completo. O projeto estabelece a digitalização total na área assistencial e administrativa, o que marca seu pioneirismo”, destaca o diretor da Green, Adriano Duarte.

 A ação extingue impressões em todos os departamentos do hospital, ultrapassando a digitalização dos prontuários. “Até o final de maio, todos os procedimentos de atendimento ao paciente estarão com impressão zero – Pronto-Socorro, Internação, Centro Cirúrgico, UTI e áreas técnicas (banco de sangue, laboratório de análises clínicas e farmácia). Em seguida, a implantação acontece nas áreas administrativas (financeiro, recursos humanos, contabilidade e jurídico)”, informa Adriano. Para os primeiros 12 meses, a expectativa prevê redução de 70% de impressão, chegando aos 100% em breve.
Fonte:tiinside 22/05/2012

23 maio 2012



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