10 fevereiro 2012

Fusões e aquisições: se não pode com eles, junte-se a eles

Em tempos de consolidação, sua empresa está preparada para crescer através de alianças?

O que mais tem chamado a atenção na dinâmica dos mercados nos últimos anos, tanto no Brasil quanto no exterior, é uma forte movimentação de empresas nos mais diversos setores em uma verdadeira "operação de guerra" para cobrir territórios e não deixar espaço aos seus concorrentes. Algumas economias, com destaque para o Brasil, baseadas em expectativas de renda maiores e seu impacto nas relações de consumo, estão compondo cenários extremamente favoráveis para um forte desenvolvimento nos próximos ciclos de 5 e 10 anos que estão por vir.

Com uma artilharia pesada apontada para esta realidade os grandes grupos empresariais, e seus atentos executivos de planejamento, estão rapidamente ajustando sua capacidade de inovação e de oferta a esta demanda. A estratégia optada, via de regra, acaba sendo o crescimento orgânico e a maior abrangência territorial e de portfólio obtidos por meio da chamada "consolidação". Neste processo estes grupos identificam empresas de pequeno e médio porte, com mercados, carteira de clientes, marcas, produtos e serviços bem posicionados, e as adquirem para obter uma sinergia essencial nestes tempos competitivos: a rapidez de resposta.

Médias empresas também vêm procurando estudar fusões estratégicas, formando grupos maiores e mais fortes, para enfrentar adversários cada vez mais preparados e implacáveis. Existe uma expressão interessante sobre o comportamento e reação empresarial que diz: "Ou você está no trem, ou está nos trilhos". Ou seja, se uma empresa, por melhor estruturada que esteja, por maior rentabilidade que extraia de suas operações, e por mais sólidas que sejam suas relações com o mercado, não antever ações que a preparem muito rapidamente para este cenário competitivo, ela será invariavelmente atropelada por esta nova realidade competitiva.

Não haverá espaço sequer para alguns "reis do nicho", que ao longo dos anos adquiriram um certo conforto em suas regiões e segmentos, pois esta consolidação pressupõe a formação de grupos "onipresentes", que graças ao modelo de fusão e aquisição terão sempre uma empresa, equipes e produtos com a cultura e os atributos adaptados ao estilo local e aos mais diversos segmentos. A conseqüência, para aqueles empresários mais teimosos e resistentes, é um encolhimento progressivo de suas operações e sua capacidade de reação.

É até possível que existam alguns raros casos, onde um corajoso e criativo empreendedor resista ao ataque e sobreviva, mas não ileso. As cicatrizes financeiras e mercadológicas vão persistir para o resto da vida. Vale aqui aquele velho ditado dos nossos avós, que dizia para nos aliarmos aos nossos oponentes quando não pudermos derrotá-los.

Se estas organizações, que em sua maioria são empresas familiares, com gestão não profissionalizada, falta de plano sucessório, e um amálgama perigoso entre PJ e PF, não iniciarem imediatamente uma preparação cuidadosa de sua gestão, controles e planejamento, pode ser que seja tarde quando o inimigo estiver rondando suas fronteiras. Reaja! Seja flexível! Mude! Ganha muito mais, gasta muito menos e tem vida longa a empresa que desperta em tempo e faz sua lição de casa. Por José Damigo - é CFO & Investor Relations OPP Brasil
Fonte:administradores10/02/2012

10 fevereiro 2012



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