28 fevereiro 2012

Pepsico quer dobrar de tamanho no Brasil

Com a ajuda da Mabel e aportes em produção e distribuição, dona do Ruffles planeja dobrar vendas de alimentos até 2015.

O apetite da divisão de alimentos da Pepsico não foi satisfeito com a compra da fabricante de biscoitos Mabel, em novembro.

O próximo passo da fabricante dos salgadinhos Ruffles, Doritos e Lucky e dos biscoitos Quaker é chegar a 2015 com um faturamento de US$ 5 bilhões a partir da venda de alimentos industrializados, o dobro dos atuais US$ 2,5 bilhões.

"Estamos ampliando nossos esforços na produção, distribuição e vendas de salgadinhos e biscoitos, cujo consumo ainda tem muito para crescer no país", afirma Roberto Rios, presidente da Pepsico Alimentos, em entrevista exclusiva ao Brasil Econômico.

Essa estratégia de alavancagem da operação começou a ser desenhada há 1,5 ano e resultou na venda da marca de enlatados Coqueiro, um peixe fora d´água da estratégia de crescimento com sinergia entre áreas da companhia.

As mudanças, pelo visto, estão só começando. Para alçar o Brasil à terceira maior operação da Pepsico no mundo e deixar para trás o quinto lugar, Rios promete muitos lançamentos ao longo do ano, o que inclui a entrada da empresa em novas categorias de alimentos.

Investimento 2012

Com 19 fábricas em operação no país - cinco delas herdadas da Mabel -, a Pepsico quer atingir 600 mil pontos de vendas, ante os 400 mil onde hoje entrega Ruffles, Quaker e Lucky, salgadinhos que garantem por volta de 70% do mercado à empresa.

Após ter feito em 2012 o maior aporte de seus 59 anos de Brasil (o número não é revelado), a Pepsico Alimentos vai investir US$ 200 milhões neste ano. Montante que envolve desde ações em marketing até ampliação de fábricas.

A marca Quaker, famosa por sua aveia, virou biscoito e hoje é encontrada em um número limitado de lojas. A partir de junho, o produto passará a ser fabricado pela unidade industrial da empresa em Sorocaba (SP), que está recebendo uma nova linha de produção.

Assim que os equipamentos forem instalados, a Quaker pretende ampliar a distribuição do item a todo o país.

Anti-crise

O Brasil é o ponto fora da curva da revisões que a fabricante americana Pepsico está promovendo no mundo todo - com o corte de 8,7 mil funcionários (3% de sua força de trabalho), de olho em uma economia de € 1,5 bilhão até 2014.

A decisão tomada recentemente pela CEO Indra Nooyi visa enxugar custos e, em contrapartida, turbinar vendas a partir de ações que engordem as campanhas publicitárias e os resultados.Por Françoise Terzian
Fonte:brasileconomico28/02/2012

28 fevereiro 2012



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