22 fevereiro 2012

Hershey planeja aumento de produção e aquisições

A companhia americana pretende investir US$ 25 milhões no Brasil neste ano, para ampliar a produção e buscar aquisições em categorias como sucos, leite e bebidas lácteas, capazes de trazer sinergia e escala ao seu principal negócio, a operação de chocolates.

Segundo Aluízio Periquito Neto, diretor-geral da Hershey no Brasil, a empresa dobrou o faturamento nos últimos quatro anos e pretende dobrar novamente nos próximos quatro. O crescimento de 35% nas vendas no ano passado não deve se repetir em 2012: a Hershey prevê alta de 17% neste ano por não ter produto suficiente para atender à alta demanda. A única fábrica no País, localizada em São Roque (SP), está trabalhando próximo de 95% da capacidade de produção, e serão abertas mais três linhas. Em 2011, a empresa já havia investido US$ 10 milhões para instalar duas linhas.

O Brasil é hoje o quarto maior mercado mundial da Hershey, que faturou US$ 6 bilhões em 2011. Só perde para Estados Unidos, Canadá e México. Mas, considerando apenas o negócio de chocolate, o país ocupa o segundo lugar no ranking da multinacional, uma vez que nos demais mercados a empresa opera com diversas outras categorias, como balas, chicletes, coberturas de sorvete, biscoitos e bebidas lácteas.

Levar a marca para além dos bombons e barras de chocolate é fundamental para a empresa se tornar um nome mais popular no Brasil, mercado em que a Hershey marca presença há dez anos no país e, em 2008, se associou à Pandurata, dona da Bauducco, para aumentar a sua distribuição.

Segundo a Euromonitor, a venda de chocolates no mundo cresceu 8% em 2011, mas no Brasil esse aumento foi de 19%. Embora a Hershey no país esteja mais veloz que o mercado (alta de 35%), a sua fatia é muito pequena para ficar restrita ao crescimento orgânico.

Nos últimos quatro anos, a empresa procurou compensar a perda de aquisições se associando a fabricantes em mercados emergentes. Foi assim na joint venture fechada com a Pandurata, quando a brasileira adquiriu 49% das ações da Hershey no país. Sob a gestão da dona da Bauducco estão as áreas mais críticas, de vendas e logística. Com a Hershey, ficaram administração, produção, marketing e finanças. O diretor geral da companhia era gerente de marketing da da Pandurata.

No Brasil, a Hershey almejava a liderança em barras de chocolate até 2012, mas ainda ocupa a quarta posição, depois de Lacta, Nestlé e Garoto. Nos últimos quatro anos, a Hershey mexeu na fórmula do chocolate brasileiro - segundo Neto, ficou mais cremoso -, no preço e na apresentação. De 160 gramas, a barra passou a ter 130 gramas, o que deixa o produto 10% mais barato, em média, que Nestlé e Lacta.
Fonte:ValorEconômico22/02/2012

22 fevereiro 2012



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