21 maio 2015

Publicis vê recuperação em 2016

A recuperação do mercado brasileiro de propaganda ainda não deve ocorrer neste ano e, para o Grupo Publicis, a operação no país deve voltar a atingir dois dígitos de crescimento apenas em 2016, disse ontem Maurice Lévy, presidente mundial da companhia francesa, terceiro maior conglomerado de comunicação e marketing do mundo. O Valor apurou que há agências do grupo no país que fecharam o primeiro trimestre com encolhimento de até 5% na receita líquida em relação a 2014.

Nesse cenário de desaceleração, o Publicis vem tentando ganhar mercado por meio de ações internas que passam pela fusão de negócios, que podem gerar maior eficiência e, consequentemente, melhores condições para se conquistar novas contas. Ontem, a empresa confirmou a fusão das agências DPZ e Taterka, para a criação da DPZ&T, que se torna a 11ª maior agência de propaganda do país, com investimento em mídia de R$ 660 milhões em 2014, segundo a revista "Meio & Mensagem".

A informação, noticiada na segunda-feira pelo Valor Pro, serviço de informações em tempo real do Valor, circulava há alguns meses do mercado.

"O crescimento real virá em 2016. Esperamos voltar aos dois dígitos até metade do ano que vem. Nós temos que ganhar mercado, então acho que a fusão vai nos ajudar a ter 'share' porque passamos a ter acesso a novas possibilidade de negócios", disse Levy, durante coletiva de imprensa.

O Valor apurou que a fusão só pode ser fechada neste momento porque a conclusão da compra da Taterka, e respectivos pagamentos, aconteceu cerca de três semanas atrás, com base no balaço de resultados da empresa de 2014. O Publicis adquiriu 5% da Taterka em 2010, depois atingiu fatia de 60% em 2012. Mas 100% do controle só foi negociado no fim de 2013.

A empresa nega que, apesar da sobreposição de cargos, o grupo fará demissões na DPZ e Taterka. A DPZ&T será comandada por Eduardo Simon, sócio da Taterka, e Tonico Pereira, diretor-geral da DPZ, será diretor operacional.

Ontem, Levy mencionou que, apesar do desaquecimento do mercado, a expectativa é que o Brasil passe da 8ª posição no ranking geral em receita no grupo para, pelo menos, a 5ª posição, em três a quatro anos. Levy falou que não há apenas uma crise econômica no país, mas também social. "Quando a situação econômica melhorar, a social tende também a mudar".  Por Adriana Mattos | De São Paulo Valor Econômico Leia mais em aesp 21/05/2015


21 maio 2015



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