Os negociadores de M&A precisam saber quando, quem e o que foi compartilhado e ter a capacidade de proteção de dados contra gravação (download), impressão e até o bloqueio de print screens
Apesar da crise, o Brasil ainda gera grande interesse para o investidor, principalmente o estrangeiro, nesta época de dólar forte. Escândalos políticos, como o da Operação Lava Jato, são passageiros e tudo tende a voltar aos eixos. As atividades de Fusões e Aquisições (M&A) vão sobreviver à crise e o empresário brasileiro precisa estar preparado para negociações seguras.
A preocupação dos profissionais no Brasil com segurança e privacidade em atividades de M&A é mais baixa se comparada a negociadores de outras regiões, como EUA ou Europa. Isso se deve ao fato de, por exemplo, o grande volume de empresas brasileiras envolvidas em M&A serem de médio porte e/ou de origem familiar.
Porém o mercado vem amadurecendo e seja uma empresa familiar ou uma companhia de capital aberto, todas necessitam cada vez mais proteger e governar o acesso às suas informações. Questões regulatórias e compliance, que podem incluir ativos como propriedade intelectual e patentes, precisam ser atendidas, fazendo toda a diferença na negociação de uma transação.
A negociação requer um controle e gerenciamento focado. O uso de uma Sala Virtual de Dados, ou uma ferramenta de compartilhamento seguro de uso corporativo são imperativos. Esqueça soluções gratuitas ou projetadas para usuários finais. Com ferramentas simplórias, o controle fica deficiente e deixa brechas para vazamento de dados.
O uso de sistemas abertos, como e-mails sem criptografia, compartilhamento por links ou até empresas que usam os correios, traz custos adicionais, perda do controle sobre como um documento é utilizado e ainda abre portas para perda de informação.
Prova disso são os inúmeros casos que observamos recentemente, como links públicos do Dropbox com documentos sensíveis disponíveis em buscas do Google, ou ainda os e-mails da Sony, contendo críticas pesadas a celebridades. Ninguém quer ter o nome da empresa catalogado na enciclopédia virtual sobre vazamentos, o WikiLeaks.
Apenas a possibilidade de um vazamento já pode trazer danos logo no inicio, no período de due dilligence. O negociante precisa deixar claro ao investidor como, onde e principalmente quando e quem acessa dados sensíveis e de propriedade intelectual.
Os três principais pontos do uso de uma Sala Virtual de Dados em operação de M&A são:
· Controle do fluxo de informação: o que cada participante do projeto está acessando, como e quando;
· Segurança: capacidade de compartilhar a informação sem o risco de um participante gravar, imprimir ou encaminhar a informação a uma pessoa não autorizada;
· Inteligência: monitorar quais informações são acessadas durante o processo e trazer inteligência sobre quais temas são mais analisados por quais investidores (por exemplo: o investidor A está analisando mais temas tributários e o investidor B está mais focado em informações de produto).
Isso irá garantir que o profissional de M&A possa comprovar que o fechamento do negócio foi baseado em um conjunto de informações com compartilhamento gerenciado em termos de tempo e pessoas autorizadas. Essa prova pode servir de garantia de quais dados foram utilizados para se precificar o valor e o risco.
Os negociadores de M&A precisam saber quando, quem e o que foi compartilhado e ter a capacidade de proteção de dados contra gravação (download), impressão e até o bloqueio de print screens.
Contratar uma ferramenta que forneça a gestão e execução de cada etapa do ciclo de vida de uma operação de M&A – desde o deal sourcing, passando pelo marketing, due dilligence até a integração pós-fusão ou aquisição das empresas envolvidas, pode significar a garantia de segurança da transação e do negócio.
Não ignore a necessidade de suporte local e treinamento no idioma nativo, para que seus funcionários tenham um processo seguro.
E você, está preparado para garantir um M&A com segurança e privacidade? Claudio Yamashita - Diretor geral da Intralinks Brasil Leia mais em administradores 15/05/2015
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Compra de empresa, Desinvestimento, Fusões, Riscos, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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