31 julho 2015

Recuperação judicial só deve ser requerida como recurso extremo, diz Artur Lopes & Associados

Com a economia brasileira em crise, empresas sentem os reflexos da desaceleração e começam a cortar custos para superar o mau momento do país. Demissões, diminuição de despesas e reestruturação interna são algumas das medidas adotadas por muito empresários. Em muitos casos, porém, essas ações já não surtem mais efeito. As dívidas com os credores só aumentam e por outro lado as vendas teimam a diminuir.

É por conta desse sufocamento financeiro que muitos empresários estão recorrendo à recuperação judicial como forma de salvar suas companhias. De acordo com a Serasa Experian, no primeiro semestre de 2015 foram requeridos 492 pedidos, um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2014. Em nove anos, o crescimento foi de 275%.

No entanto, essa medida, se for isolada, não significa que a empresa sairá da crise. "O processo de recuperação judicial é um meio pelo qual o empresário pode se valer para reestruturar sua companhia, resgatar o negócio e recobrar a saúde financeira do empreendimento", explica o advogado Artur Lopes, da Artur Lopes & Associados. De acordo com ele, todo processo de reestruturação tem a finalidade de modificar as variáveis existentes com o objetivo de deprimir custos e aumentar receitas.

Vista a partir dessa ótica, segundo Lopes, a recuperação judicial deve ser usada apenas e tão somente  como uma das medidas do arsenal para combater a crise, mas com pouco ou nenhum efeito prático se não vier acompanhada da efetiva colocação de ordem na casa. "Não se pode decidir pela recuperação judicial de forma precipitada. Ela é um recurso extremo. É preciso se certificar se há condições de negociação dos passivos no âmbito administrativo e, sobretudo, de forma equilibrada", afirma.

Pequenas empresas
A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco. Esse ditado popular pode muito bem ser aplicado ao dia a dia das micro e pequenas empresas em períodos de crise. São elas que mais sofrem com as oscilações da economia. Tanto que, de acordo com o levantamento da Serasa Experian, as micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a junho de 2015, com 255 pedidos, seguidos pelas médias (147), e pelas grandes empresas (90). Leia mais em portalneo1 31/07/2015

31 julho 2015



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