02 julho 2012

Bristol-Myers Squibb compra Amylin por US$ 5,3 bilhões

A Bristol-Myers Squibb anunciou na madrugada de sábado que pagará US$ 5,3 bilhões, ou US$ 31 por ação, para comprar a fabricante de medicamentos para diabetes Amylin Pharmaceuticals. Carl Icahn, acionista da Amylin, havia recomendado que a farmacêutica fosse colocada à venda.

O preço é US$ 9 por ação mais alto do que o oferecido pela Bristol no começo do ano. Representa também um prêmio de 9,9% sobre o preço de fechamento das ações da Amylin na sexta-feira, de US$ 28,20.

O negócio dará à Bristol maior peso em um mercado que cresce rapidamente, mas a empresa ainda terá de enfrentar rivais maiores e que têm produtos dominantes.

Em uma transação relacionada, a AstraZeneca aumentará sua colaboração com a Bristol no segmento de medicamentos para diabetes e pagará pelo menos US$ 3,4 bilhões à Amylin após a conclusão do negócio.

Sob os termos do acordo, a Bristol assumirá US$ 1,7 bilhão em dívidas e outras obrigações da Amylin. A Bristol pretende lançar uma oferta pública de aquisição em sete dias úteis e encerrá-la em cerca de seis semanas.

Essas associações criarão um player mais bem preparado para competir em um dos mercados mais atrativos da indústria farmacêutica. As vendas anuais de remédios para diabetes devem aumentar para US$ 58 bilhões até 2018, de aproximadamente US$ 35 bilhões atualmente, de acordo com a EvaluatePharma.

Apesar do negócio bilionário, a Bristol e a Amylin, combinadas, serão apenas a sexta maior fabricante de medicamentos para diabetes, atrás de empresas como a líder de mercado Novo Nordisk, a Merck & Co. e a Sanofi.

A Amylin recebeu recentemente aprovação da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos EUA para um remédio para diabetes do tipo 2 chamado Bydureon, que deve ser administrado uma vez por semana. No começo do ano, a Bristol fez uma oferta à Amylin de US$ 22 por ação, que a empresa rejeitou, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Mais tarde, a Amylin deu início a um processo de venda devido a pressões de Icahn, que detém quase 10% das ações da empresa.

Tanto a Bristol quanto a AstraZeneca vêm buscando novos produtos para compensar a queda nas vendas causada pelo vencimento de patentes. As informações são da Dow Jones. Por Angelo Ikeda |
Fonte: Agência Estado 01/07/2012

02 julho 2012



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