23 julho 2012

Empresa lança fundo de US$ 130 milhões para investir em startups brasileiras

Especializada em operações de risco, a americana Redpoint e-ventures captou recursos com investidores do Vale do Silício para apostar em empresas do mundo digital do país

 A empresa de venture capital (capital de risco, em tradução livre) Redpoint e-ventures anunciou nesta segunda-feira que concluiu a captação de um fundo de US$ 130 milhões destinado a startups de internet brasileiras. Entre os patrocinadores do produto investidores fundos do Vale do Silício. Parte desse valor já está comprometida com cinco companhias, nas quais a Redpoint e-ventures tem participação minoritária.

 Segundo Anderson Thees, sócio-fundador da Redpoint e-ventures, o objetivo é identificar oportunidades e construir junto com os empreendedores modelos de negócios que não existem no Brasil. “Vamos também ajudar a empresa a conseguir uma nova rodada de investimentos, pois temos acesso preferencial ou próximo de investidores que possam fazer novos aportes”, afirmou o empresário.

Uma parte não revelada do montante total do fundo já foi destinada a cinco empresas: Viajanet (de viagens), Grupo Xangô (startup que investe em tecnologia online para consumidores de internet), 55Social (com foco em redes sociais), Shoes4you (loja que vende sapatos e acessórios femininos) e Sophie & Juliete (de joias). Apesar de ressaltar que a companhia não trabalha com metas, Thees diz acreditar que haverá um novo investimento em outra startup até o final do ano. A empresa mantém o foco nas companhias brasileiras que visam o mercado mundial.

 A Redpoint e-ventures tem até 2017 para concluir os investimentos captados por esse fundo, mas o empresário afirma que o ciclo de aportes pode ser encerrado em um tempo menor. Atualmente, a empresa investe em 1% a 2% de todas as startups que são analisadas. “O fator mais determinante na hora de escolher em quem investir é a paixão, a persistência do empreendedor”, afirma Thees.

 Já Yann de Vries, o outro sócio-fundador da empresa, ressalta também o comprometimento a longo prazo. “É preciso comprometimento para superar todas as barreiras que a startup encontrar pelo caminho e não desistir no meio”, afirma. “É um jogo global. As empresas competem com companhias globais, e têm que fazer as coisas muito rapidamente. Se esperar muito, outra pessoa vai surgir com a ideia”, complementa De Vries.

 Em termos globais, a empresa tem sob sua gestão US$ 4 bilhões em ativos, e um portfólio de 180 empresas, entre elas Netflix e Groupon. Por Danielle Brant
 Fonte:iG 23/07/2012

23 julho 2012



0 comentários: