O brasileiro aumentou a parcela de gastos com saúde no seu orçamento, um indício de que o bem-estar social está se tornando rotina na economia mais rica da América Latina.
Entre 2002 e 2003, as famílias comprometiam 5,7% dos rendimentos domésticos com assistência médica. Seis anos depois, essa parcela saltou para 7,2%. Esse aumento acompanha o salto que a classe média teve com o ingresso de quase de 40 milhões de pessoas nos últimos anos. Ao ascender socialmente, essa parcela da população passou a perseguir, além da subsistência, melhoria na qualidade de vida. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tal fenômeno ampliou o percentual de brasileiros saudáveis, além de incentivar a melhora do atendimento público.
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), entre 2003 e 2009, os gastos com remédios passaram de 44,9% para 48,6% do total de recursos (R$ 153,81 mensais, em média) dispendidos com saúde. No caso dos convênios médicos, a participação das despesas passou de 25,9% para 29,8%. Por outro lado, as consultas com dentistas e os tratamentos dentários perderam espaço no total de despesas, passando de 9,3% para 4,7%. Já os serviços de cirurgia consumiram 2,8% do orçamento em 2009, contra 4,1% seis anos antes. "Os remédios tiveram maior peso para as famílias de menor rendimento", afirma José Mauro Júnior, técnico do IBGE.
A servidora aposentada Edna Horta, 66 anos, reconhece as despesas maiores com saúde. Ela mantém o tratamento da mãe, que sofre do mal de Alzheimer. Por mês, gasta cerca R$ 1,2 mil só com medicamentos. A fatura do plano médico consome R$ 1 mil. "Antes, nós priorizávamos a educação da minha filha, que estudava fora de Brasília. Mas, agora, é a saúde que vem em primeiro lugar no orçamento doméstico", diz.
O economista Marcio Sette Fortes, professor do Ibmec, diz que procura pelos serviços médicos deve aumentar nos próximos anos.
"O país terá cada vez mais idosos. Então, é importante que os governos se preparem para um impacto maior na Previdência Social", assinala. (Colaborou Bárbara Nascimento)
Busca pelo
conforto
A população está ficando mais exigente com saúde. A afirmação é do economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele relaciona a expansão da massa salarial ao aumento da procura por serviços médicos de mais qualidade. "Quem adquiriu renda (nesses últimos anos) não abriu mão de um bom plano de saúde ou de um tratamento dentário", conta. O economista avalia que as despesas com saúde privada reflete uma busca crescente do brasileiro por "mais conforto".
Por DECO BANCILLON
Fonte; Correio Braziliense 15/09/2012
15 setembro 2012
Saúde vira prioridade
sábado, setembro 15, 2012
Investimentos, Plano de Negócio, Saúde, Tese Investimento
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Ruy Moura
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