12 janeiro 2012

Uniões deverão se tornar tendência

Fusões e aquisições de empresas de revestimentos cerâmicos devem se tornar tendência daqui para frente, segundo o diretor-superintendente da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer), Antonio Carlos Kieling, em decorrência da necessidade de as empresas se fortalecerem para tornar o setor mais competitivo. O provável movimento deve ser estimulado pela associação anunciada, recentemente, entre Portobello e Eliane.

“É a primeira associação de peso da história recente do setor. Este é um passo que pode ser seguido”, diz Kieling, ressaltando que a empresa resultante da união ficará entre as cinco maiores do mundo. O Brasil, segundo no ranking mundial do setor, tem produção bastante pulverizada de revestimentos cerâmicos – está nas mãos de 90 a 100 empresas -, na estimativa da Anfacer, que agrega 70% desse total.

Um possível reflexo para essa indústria caso seja confirmada a expectativa de novas associações de empresas do setor é a expansão das exportações de revestimentos cerâmicos, conforme o representante da Anfacer. Segundo Kieling, o setor tem capacidade de atender ao mercado interno e de elevar os embarques.

Líder de exportações desde 1994, a Eliane embarca 10% de sua produção. A parcela dos embarques superou 50% em 2002 e 2003, mas recuou em função do câmbio e do desaquecimento do mercado consumidor internacional, principalmente dos Estados Unidos e da Europa, segundo o presidente da Eliane, Edson Gaidzinski Jr.

Dados da Anfacer apontam que as exportações respondem por 8% da produção brasileira. Em 2005, a parcela embarcada superou 25%. Havia a projeção de que o porcentual poderia alcançar 40%. A combinação de câmbio desfavorável às exportações, do avanço da China como fornecedora mundial do produto e da retração das compras pelos Estados Unidos, em função da crise que começou no mercado imobiliário, impediu que essa participação fosse alcançada.
Fonte:Valor12/01/2012

12 janeiro 2012



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