24 janeiro 2012

Iberdrola oferece cerca de R$ 6 bi para ampliar fatia na Neoenergia

A Iberdrola ofereceu cerca de R$ 6 bilhões (US$ 3,42 bilhões) para elevar sua participação na companhia brasileira de energia Neoenergia, de 39% para 75%, disse uma fonte que tem conhecimento do assunto.

A companhia elétrica espanhola, sediada em Bilbao, espera que a oferta contribua para concluir as negociações com o Banco do Brasil e a Previ, vendedores das ações da Neoenergia, disse a fonte, que pediu para não ser identificada em razão da confidencialidade das negociações.

As tratativas tiveram início há mais de um ano. A presidente brasileira, Dilma Rousseff, está analisando a proposta da Iberdrola e deve aprová-la para que as negociações sigam adiante, disse a fonte.

A Iberdrola anunciou mais de US$ 14 bilhões em aquisições nos últimos cinco anos, a maior parte por ativos na América do Norte e América do Sul, uma vez que tem como meta expandir suas operações em países de crescimento acelerado e trazer seu conhecimento em energia eólica para as Américas.

A companhia, maior investidora mundial em parques eólicos, já é maior do que qualquer companhia americana de energia no ranking por faturamento.

A Neoenergia, uma companhia baseada no Rio de Janeiro que distribui energia nos Estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, tinha cerca de R$ 3,7 bilhões em caixa em 30 de setembro, de acordo com o último balanço divulgado.

A Iberdrola declinou de comentar o assunto ontem e executivos não estavam imediatamente disponíveis para falar sobre o tema hoje. O Banco do Brasil, por meio de sua assessoria de imprensa, naõ quis comentar o tema, assim como a Presidência da República.

O Banco do Brasil, instituição financeira estatal, deve vender a fatia de 11,99% que detém na Neoenergia, enquanto o fundo de pensão Previ deve reduzir sua participação de 49,01% para 25%, disse a fonte.

Sob os termos da proposta mais recente em discussão, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá comprar uma fatia de 15% a 20% na Neoenergia, em etapas graduais, diluindo os demais acionistas no processo, informou a fonte. Uma proposta anterior tinha o BNDES comprando imediatamente uma participação de 15% na Neoenergia.

O BNDES não quis comentar o assunto, por meio de sua assessoria de imprensa.

A Previ tem de reduzir sua participação na Neoenergia na esteira de regras locais que não permitem que um fundo de pensão detenha mais de 25% do capital de uma única companhia. Já o governo pretende manter uma certa fatia na Neoenergia por considerar a indústria estratégica, disse a fonte. Por Bloomberg
Fonte:Valoreconomico24/01/2012

24 janeiro 2012



0 comentários: