20 janeiro 2012

Redes ampliam estratégia de venda de moda na web

Netshoes prevê crescimento de 50% nas vendas de vestuário casual, diz Bueno

Cresce o faturamento das lojas virtuais das redes Marisa, Hering e Netshoes.

O e-commerce de moda no Brasil está vencendo a desconfiança dos consumidores e ganha espaço no planejamento estratégico das empresas.

A Cia. Hering, uma das maiores empresas de vestuário do país, afirma em seu balanço do terceiro trimestre de 2011 que as vendas nas lojas virtuais de todas as suas marcas tiveram crescimento expressivo.

A campeã foi a etiqueta Dzarm, cuja receita bruta passou de R$ 105 mil reais entre janeiro e setembro de 2010 a R$ 1,01 milhão no mesmo período de 2011, um crescimento de 867%.

A Cia. Hering não comenta suas estratégias para as webstores em 2012. No balanço a empresa informa que as vendas online cresceram 128,6% no período entre janeiro e setembro de 2011 em comparação com o ano anterior.

A Marisa, rede especializada em moda feminina, também vem obtendo crescimento nas vendas online. A empresa, de capital aberto, não divulga números isolados da área de negócios, mas confirma a expansão do e-commerce.

"A participação e a relevância da operação online vem crescendo a passos largos na empresa. Este crescimento é fruto de investimento em mix de produto, marketing e mídia, com destaque para integração com as redes sociais, catálogo e loja virtual, além de logística e tecnologia", afirma Thiago Barros Pereira, gerente de e-commerce da Marisa.

Caminho inverso

A Netshoes, especializada no e-commerce de vestuário e artigos esportivos, com faturamento de R$ 600 milhões em 2011, trilhou o caminho inverso.

Decidiu abandonar suas lojas físicas em 2002 e começar a trabalhar com a venda de marcas consagradas, como Lacoste, Mizuno, Adidas e Nike exclusivamente na internet. Atraiu o fundo de investimentos Tiger Global, de Nova York, e hoje é um das maiores lojas virtuais da América Latina, com cerca de 1.450 funcionários e operações no Brasil, Argentina e México.

"Em 2012 nossa previsão é aumentar em 50% as vendas no segmento e moda casual", afirma o diretor de Marketing da Netshoes, Roni Cunha Bueno.

Para Tola Faria, sócio da carioca 6D, especializada em branding digital, a quebra de paradigmas da internet, como a velocidade de conexão e a desconfiança do consumidor em relação à segurança das transações financeiras online, além de novas tecnologias como os provadores digitais, contribuem para que o e-commerce continue crescendo.

"Todas as empresas devem estar preparadas para oferecer diversas plataformas de compras a seus clientes", afirma Tola. "A internet permite implementar um trabalho direcionado, que gera uma taxa de conversão muito maior". Por Daniel Oiticica
Fonte:brasileconomico19/01/2012

20 janeiro 2012



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