10 janeiro 2012

Empresas brasileiras conquistam 4º lugar em ranking de mídias sociais

SÃO PAULO - O Brasil aparece em quarto lugar entre os países que despontam com presença mais intensa de suas empresas nas mídias sociais. Para se ter uma ideia, das empresas brasileiras consultadas pela pesquisa, 69,1% indicaram já ter iniciativas ligadas a estes novos meios de comunicação, percentual próximo aos 70,4% da média geral.

Os dados fazem parte de um estudo realizado pela KPMG Internacional.

No topo da lista encontram-se a China, com 82,7%, os Estado Unidos (71,5%) e a Índia (70,2%). Já atrás do Brasil aparecem Canadá (51%), Reino Unido (48,2%), Alemanha (42,7%), Suécia (41,7%), Austrália (41,6%) e Japão (27,5%).

De acordo com o diretor da área de Performance & Technology da KPMG no Brasil, Tim Norris, o fenômeno das mídias sociais se tornou notável no País tanto para as empresas quanto para os consumidores. “Esse canal passou a servir de instrumento para os consumidores, que passaram a divulgar suas insatisfações nas mídias sociais, o que chamou a atenção das organizações”, explicou.

Mercado emergente
Outro dado em destaque é que, apesar de mais de 70% das corporações ao redor do mundo já terem presença nas redes sociais, as empresas de mercados emergentes também passaram a se beneficiar deste canal de comunicação.

Entre os representantes de organizações ouvidos na pesquisa, os chineses, indianos e brasileiros mostraram-se de 20% a 30% mais propensos a dizer que suas empresas recorreram às mídias sociais como parte dos negócios do que os britânicos, australianos, alemães ou canadenses, informou o levantamento.

Segundo o sócio da área de Economia Digital da KPMG na Austrália, Malcolm Alder, isso se deve ao fato de que os mercados emergentes parecem estar percebendo mais rapidamente que as redes sociais oferecem uma oportunidade de relativo baixo custo para superar a concorrência em mercados desenvolvidos.

Restrição em vão
O relatório também apurou que as organizações que restringem o acesso de seus profissionais às redes sociais podem estar investindo em uma “batalha perdida”.

Ao que parece, um terço dos funcionários de empresas em que o acesso a redes sociais é bloqueado continuam fazendo uso delas, burlando os sistemas de proteção, para saciar as próprias necessidades pessoais.

O levantamento também apontou que a satisfação no trabalho e o engajamento dos funcionários costumam ser afetados pelo acesso aos meios de comunicação social: 63% dos que têm políticas abertas de acesso a mídias sociais disseram que estavam satisfeitos em seu trabalho, contra apenas 41% daqueles que tinham o acesso restrito.

“Os executivos podem estar sendo ingênuos, ao pensar que proibir o acesso às redes sociais elimina o seu uso pelos empregados", avalia o diretor de Tecnologia da KPMG na Europa e sócio da firma britânica, Tudor Aw.

Para ele, restringir ou bloquear o acesso faz com que os funcionários transfiram suas atividades em redes sociais para os seus dispositivos pessoais, que muitas vezes são menos seguros e sobre os quais não há qualquer controle.

A pesquisa
O estudo avaliou a opinião de quatro mil pessoas, entre gerentes e profissionais de empresas dos principais mercados ao redor do mundo (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, Índia, Japão, Reino Unido e Suécia). Por: Eliane Quinalia
Fonte:infomoney09-01-2012

10 janeiro 2012



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