vendas de artigos de luxo pela internet devem passar de € 4,5 bilhões em 2010 para € 11 bilhões em 2015.
As vendas on-line de produtos de luxo deverão mais do que dobrar até 2015. Elas ainda são marginais e representaram, no ano passado, apenas 2,6% do mercado total de € 172 bilhões. Mas a previsão é de um forte crescimento nesse setor, de 20% ao ano durante esse período, reforçado pela explosão das redes sociais como Facebook e Twitter e pelo aumento dos investimentos das empresas em seus sites, revela um estudo com 187 grifes, divulgado em Paris, e realizado pela Fundação Altagamma, que reúne as 80 maiores marcas de luxo italianas.
"As vendas das grifes na internet deverão passar de € 4,5 bilhões em 2010 para € 11 bilhões em 2015. Nos próximos cinco anos, elas representarão entre 5% e 6% do mercado de luxo", disse ao Valor Armando Branchini, diretor-executivo da Fundação Altagamma.
O estudo, que engloba sete países - Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, Japão e China -, ouviu empresas do setor que totalizam € 60 bilhões em vendas, além de consumidores, e também analisou 450 sites e 150 milhões de mensagens em redes sociais e blogs.
O relatório aponta ainda como a internet influencia o comportamento do consumidor. Primeira constatação, que não deve agradar os gerentes das lojas: boa parte dos internautas - 56% nos países europeus, 46% nos EUA e 78% na China - fazem compras on-line de artigos de luxo simplesmente para evitar os vendedores nas butiques.
Além disso, a web se tornou um elemento-chave na decisão de compra: antes de adquirir um produto de luxo em uma loja, 67% dos europeus (50% dos americanos e 63% dos chineses) procuram informações ou formam sua opinião em sites e blogs.
"É claro que os desfiles e revistas de moda continuam sendo importantes. Mas vemos que cada vez mais a internet tem influência sobre a decisão do consumidor em uma loja" diz Branchini. "Os internautas não querem apenas sites para comprar, mas também para trocar ideias e experiências", afirma o diretor da Altagamma.
As grandes grifes de luxo já constaram a importância das redes sociais para aumentar a visibilidade de seus produtos. O número de "amigos" das marcas no Facebook mais do que dobra a cada ano, segundo o estudo, com crescimento anual de 136%.
Para lançar seu último perfume, Body, a grife britânica Burberry ofereceu amostras aos seus cerca de 8 milhões de fãs no Facebook. A empresa também foi uma das primeiras a propor uma transmissão ao vivo de seus desfiles no iPad. Não é à toa que a marca é uma das mais citadas nas redes sociais (Facebook, Twitter e You Tube) no setor do vestuário, ao lado da italiana Gucci no segmento de acessórios. As que registram o maior volume de cliques nos computadores são, no entanto, a Dior e a Christian Louboutin, de sapatos femininos, segundo a Altagamma.
O estudo revela também que a China deverá superar os Estados Unidos em termos de vendas on-line de artigos de luxo em 2016. A previsão é que o faturamento das grifes de luxo na internet nos Estados Unidos cresça de US$ 165 bilhões em 2010 para US$ 326 bilhões em 2016. Apesar de quase dobrar, a performance americana ficará bem longe da chinesa, que deve passar nesse período de US 67 bilhões para US$ 371 bilhões, com crescimento de 453%.
A Altagamma não incluiu o Brasil no estudo sobre o desempenho on-line das grifes, diz Branchini, porque esse mercado, de US$ 2,5 bilhões, ainda representa apenas cerca de 1% do faturamento mundial do setor do luxo, enquanto a China já representa 10% das vendas globais. de artigos de luxo pela internet devem passar de € 4,5 bilhões em 2010 para € 11 bilhões em 2015
Fonte:Valor20/09/2011
20 setembro 2011
Grifes preveem forte expansão on-line
terça-feira, setembro 20, 2011
e-commerce, Mídias Sociais, Mobilidade, Plano de Negócio, Tese Investimento, TI, Varejo
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Ruy Moura
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