26 setembro 2011

Consolidação no setor farmacêutico será acelerada, aponta KPMG

As indústrias farmacêuticas globais deverão continuar o movimento de fusões e aquisições, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria KPMG. Essa consolidação também ocorrerá no mercado brasileiro, que está extremamente aquecido.

Neste primeiro semestre, foram feitas 11 negociações no Brasil, enquanto que ao longo de todo o ano de 2010 foram 18 operações, e, em 2009, 12. “As transações no setor estão acontecendo em ritmo acelerado e vêm aumentando relativamente a cada ano. O que prova que é um setor que vem se consolidando”, afirmou o sócio da KPMG no Brasil, Luis Motta, em comunicado.

“Trata-se de um dos setores mais promissores do país, com empresas buscando ganhos de escala e tratando-os como um fator de sobrevivência. É um mercado que se ‘pagará’ no médio/longo prazo em função do envelhecimento da população e das perspectivas do crescimento do poder de compra de uma parcela cada vez maior de consumidores, o que vai refletir em aumento considerável nas receitas do segmento nos próximos anos, disse Marcelo Luiz, também sócio da KPMG no Brasil.

Para se chegar à conclusão de consolidação global desse setor, a KPMG ouviu cerca de 100 executivos que trabalham em grandes empresas sediadas nos Estados Unidos. Durante a pesquisa “Pharmaceuticals executive survey: Executives seek M&A to spur growth” (Pesquisa sobre a indústria farmacêutica: Executivos buscam fusões e aquisições para estimular o crescimento do setor, em português), realizada no segundo trimestre deste ano, os pesquisados foram questionados sobre as condições de negócios do setor, expectativas de crescimento de receitas, principais desafios da indústria, potencial para a realização de negócios, entre outros assuntos.

Uma das principais conclusões é que a atividade de fusões e aquisições deve aquecer o setor nos próximos dois anos, estimulando o crescimento e ajudando a compensar as perdas que a indústria teve com patentes, regulação e pressões para redução de preços.

Uma maioria significativa, 83% dos entrevistados, espera que a sua empresa esteja envolvida neste tipo de negociação durante os próximos dois anos, e 73% anteciparam que podem realizar algum tipo de aquisição.

A pesquisa apontou ainda que os três melhores benefícios na realização de fusões e aquisições incluem

- o acesso a novas tecnologias (70%),
- a criação de uma nova configuração de mercado (52%) e
- a sinergia entre os produtos (38%).
Por Mônica Scaramuzzo
Fonte:valoreconomico26/09/2011

26 setembro 2011



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