27 setembro 2011

Ranking de TI mostra pequeno avanço do Brasil

O Brasil registrou uma ligeira evolução no ranking que estabelece o Índice de Competitividade do Setor de Tecnologia da Informação (TI), elaborado pelo Economist Intelligence Unit e divulgado anualmente pela Business Software Alliance (BSA). Na nova edição da pesquisa, que abrange 66 países e é realizada desde 2007, o país subiu uma posição e ocupa agora a 39ª colocação.

Com a participação de nove analistas de mercado, o relatório avalia aspectos que impulsionam a competitividade do setor de TI em cada país, por meio de fatores como ambiente de negócios, infraestrutura de TI, ambiente jurídico, pesquisa e desenvolvimento, e capital humano. Os Estados Unidos continuam na liderança do ranking, seguidos pela Finlândia, que manteve o segundo lugar, e por Cingapura, Suécia e Reino Unido.

Em uma escala de 0 a 100, o Brasil registrou a pontuação 39,5 e se manteve na segunda posição entre os países da América Latina, atrás do Chile. Em relação aos países do Bric, o Brasil foi superado pela Índia (34º lugar) e China (38º) e ficou à frente da Rússia (46º). O mercado indiano de TI registrou o maior avanço desde o ranking anterior, subindo 10 posições.

Para Frank Caramuru, diretor da BSA no Brasil, mesmo ainda bem aquém de seu potencial, o país conquistou pontos importantes em segmentos como pesquisa e desenvolvimento. Nesse campo, ele destaca o fato de que 9% dos 4.023 pedidos de patentes registrados pelo Brasil nos últimos quatro anos estão relacionados ao setor de TI. Os dados são da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO).

Caramuru também ressalta que o Brasil é considerado um país com ambiente de negócios de TI inovador pelos analistas. Questões como a tributação excessiva e a regulação rígida do setor impedem, no entanto, que o mercado local evolua com mais rapidez. "Temos mercado e demanda, mas esses fatores fazem com que tudo caminhe muito lentamente por aqui".

Outro desafio está relacionado à mão de obra para o setor, apesar de o estudo indicar que o número de profissionais formados nas áreas de ciências e engenharia vem crescendo no país. "O nível de preparo desses profissionais continua baixo", diz Caramuru. Ele alerta que o déficit de mão de obra qualificada de TI no país, hoje, é de 90 mil vagas, e a projeção é de que esse índice chegue a 800 mil em 2014.
Fonte:valoreconômico27/09/2011

27 setembro 2011



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