06 maio 2020

TIM confirma due diligence para avaliar compra da Oi Móvel

Embora ainda em etapas iniciais, a discussão da compra da Oi Móvel pela TIM e Vivo em parceria continua avançando. Segundo o CEO da TIM, Pietro Labriola, já foi possível iniciar o estágio de due diligence, uma investigação das oportunidades para avaliação de riscos, e algo mais concreto já deverá ser comunicado em junho. "A boa notícia é que finalmente conseguimos acessar os dados e proceder com a due diligence. Antes, a intenção não estava se materializando, mas agora, graças à colaboração da Oi, está", declarou ele em teleconferência dos resultados financeiros do primeiro trimestre.

Labriola inclusive já vislumbra um avanço nesse processo. "No próximo mês, poderemos dar o próximo passo, se tudo ocorrer bem", declara. Por conta das negociações, entretanto, ele disse não ser possível dar maiores detalhes, mas confirmou que "as coisas estão indo bem".

O executivo explica que não houve impacto da pandemia do coronavírus nas negociações com a Oi, uma vez que a ideia é criar valor para acionistas em médio e longo prazo. "Não esperamos que a covid-19 dure para sempre. É apenas uma janela, que é extraordinária, mas que vai acabar", diz. "A fusão vai ser boa para o mercado e para o País; ter três players fortes permite que o Brasil seja mais digital", avalia.

O CFO da TIM, Adrian Calaza, explicou que a etapa atual é significativa e representa um passo importante na aquisição da Oi Móvel. "A situação atual [da pandemia] não está criando nenhum problema para a due diligence, estamos conduzindo as coisas bem. Vamos ver o timing [da oficialização da proposta] nos próximos meses", contextualiza.

Mercado

Os rumores no mercado são de que o momento atual é de avaliação de potenciais riscos, eventuais obrigações impostas pelos reguladores (Anatel e Cade) e mesmo a consideração de quais ativos da Oi Móvel iriam para cada operadora. Atualmente, as fatias seriam de 70% para a TIM e 30% para a Vivo, embora não esteja claro ainda o quanto dessa partilha considera ativos como espectro, operação e base de usuários.

A Oi ainda deverá levar o assunto da venda da operação móvel a uma nova assembleia de credores. Ainda sem data definida (mas com prazo para realização até 6 de novembro), a reunião deverá negociar o aditamento ao plano da recuperação judicial para adequar a esse desinvestimento.
Por Bruno do Amaral - Leia mais em teletime 06/05/2020


06 maio 2020



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