29 maio 2020

PIB do 2º tri será ainda pior, prevê Secretaria de Politica Econômica

Para os técnicos do Ministério da Economia, resultado do primeiro trimestre coloca fim à recuperação em curso desde 2017 Em nota informativa sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia avalia que o resultado da atividade econômica será ainda pior no segundo trimestre.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que a economia teve um recuo de 1,5% no primeiro trimestre, já com efeito parcial da paralisação das atividades a partir da segunda quinzena de março, devido à pandemia de covid-19.

“O resultado negativo da atividade econômica no primeiro trimestre, embora esperado, lamentavelmente coloca fim à recuperação econômica em curso desde o começo de 2017. Os impactos iniciais da pandemia na economia a partir de março deste ano reverteram os bons indicadores de emprego, arrecadação e atividade do primeiro bimestre, levando a variação do PIB para o terreno negativo”, informa a nota técnica.

“Os efeitos danosos sobre a saúde da população brasileira e da nossa economia ainda persistem. Dessa forma, o resultado econômico da atividade no segundo trimestre será ainda pior”, acrescenta.

A nota defende ainda que, passada a pandemia, é preciso retomar a agenda de consolidação fiscal para a rápida retomada da economia e a manutenção do teto de gastos. “Passada a pandemia, o país terá que enfrentar quatro grandes desafios: o desemprego, o aumento da pobreza, o grande número de falências e a necessidade de um mercado de crédito mais eficiente. Dessa forma, se faz premente a continuidade das reformas estruturais findo esse período”, destaca.

Segundo o documento, as consequências são nefastas para a população com aumento do desemprego, da falência das empresas e da pobreza. Para tentar amenizar esses efeitos, a SPE defende que as reformas estruturais continuem através de uma legislação mais moderna de emprego, com o fortalecimento das políticas sociais (com transferência de recursos de programas sociais ineficientes para os mais eficientes e de comprovado efeito no combate à pobreza), com o aprimoramento da legislação de falências e a modernização e desburocratização do mercado de crédito, de capitais e de garantias.

“Essas medidas são importantes para que os efeitos de longo prazo na atividade econômica, consequentemente no emprego e na pobreza sejam minorados. É importante que os ganhos obtidos pelas reformas estruturais sejam mantidos e reforçados com novas medidas que aumentem a produtividade do Brasil, consequentemente, o bem-estar da população”, diz a nota.

O documento destaca que a agenda pós-pandemia precisa, além de garantir a manutenção do pilar macrofiscal da economia brasileira (isto é, preservar o teto de gastos), endereçar os seguintes pontos: fortalecer o arcabouço de proteção social transferindo recursos de programas ineficientes para programas sociais de comprovada eficiência no combate à pobreza; melhorar a eficiência das políticas de emprego; aprimorar a legislação de falências; fortalecer e desburocratizar o mercado de crédito, de capitais e de garantias; aprovar o novo marco regulatório do setor de saneamento básico; aprovar o novo marco regulatório do setor de gás; abertura comercial; privatizações e concessões; reforma tributária; além da agenda de reforma pró-mercado. Valor Econômico  Leia mais em yahoo 29/05/2020


29 maio 2020



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