Antes mesmo de conhecerem as mudanças que serão adotadas pela empresa, alguns colaboradores apresentam resistência e tendem a considerar novas rotinas e padrões da companhia ruins e inadequados
Fusões e aquisições acarretam mudanças nem sempre aceitas por todos os colaboradores envolvidos. Os profissionais da organização incorporada veem-se obrigados a abandonar a zona de conforto, tendo que se adaptar a um novo ambiente de trabalho e a novas rotinas e procedimentos, como horários, código de vestimenta, procedimentos administrativos e sistemas de trabalho. O papel da companhia é lidar com as expectativas dos novos funcionários de forma a evitar a desmotivação e as frustrações.
Antes mesmo de conhecerem as mudanças que serão adotadas pela empresa, alguns colaboradores apresentam resistência e tendem a considerar novas rotinas e padrões da companhia ruins e inadequados, reforçando esta percepção à exaustão para os colegas. De certa forma, este comportamento dissemina a ideia de que o ingresso na nova empresa representará uma piora nas condições de trabalho; cria uma ilusão de que a empresa anterior a este processo de união era melhor e, consequentemente, fomenta um clima de apreensão e resistência à integração. Gera-se um clima de insatisfação e outros profissionais passam a avaliar se é realmente interessante continuar naquela companhia.
Uma das medidas necessárias para garantir uma adequada integração é, de imediato, comunicar claramente a todos os recém-chegados quais são os procedimentos e regras internas, evitando assim que conversas paralelas se espalhem e informações sobre situações que não são verdadeiras possam levar, por um descontentamento infundado, à perda de importantes talentos para a nova etapa das companhias que se uniram. É importante que a nova gestão demonstre e divulgue as oportunidades que surgem com a incorporação, como o acesso a novos mercados e clientes que não eram atingidos pelas antigas empresas, permitindo assim novos desafios e possibilidade de crescimento profissional.
Outro aspecto fundamental diz respeito à alocação física. A colocação dos profissionais da companhia incorporada em espaço segregado dos profissionais da incorporadora gerará uma ideia de divisão entre as equipes, com a instalação do conceito do “Nós e Eles”. É necessário que as equipes sejam colocadas de imediato no mesmo espaço físico, interagindo, trocando experiências e atendendo conjuntamente aos mesmos clientes, para que todos se conheçam e se sintam, a partir da fusão, parte de um mesmo time que tem que atuar de forma coesa.
O treinamento técnico sobre a metodologia de execução de trabalhos também se torna essencial para integrar novos funcionários de forma eficiente. O desconhecimento acarretará em baixos desempenhos e índices de produtividade, levando a retrabalho e perda de lucratividade. Para evitar isto, é indispensável que adequada carga de treinamento técnico seja dada imediatamente após a chegada da nova equipe, alinhando procedimentos de trabalho e assegurando a todos a capacidade de oferecer um atendimento uniforme e com o mesmo nível de excelência a todos os clientes da nova firma.
Na prática, a comunicação clara e constante por parte da empresa é o ponto-chave para o sucesso no processo de integração. Sem ela, as conversas paralelas, capitaneadas pelos que resistem a quaisquer mudanças, poderão empurrar todos os demais membros da equipe para o caminho da desmotivação. Queremos uma fusão com essas consequências? Por Celso Lobo, Leia mais em Administradores 04/08/2016
07 agosto 2016
Integração de equipes pós-fusão
domingo, agosto 07, 2016
Compra de empresa, Integração-PMI, Investimentos, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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