26 agosto 2016

À venda por R$ 1 bi, TheraSkin pode ter novo sócio estratégico

Uma das principais marcas do país nas áreas de medicamentos dermatológicos e dermocosméticos, a TheraSkin foi colocada à venda, em operação que avalia a empresa em R$ 1 bilhão e poderá resultar na  ...  Por Stella Fontes | Leia mais em Valor econômico 26/08/2016
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À venda por R$ 1 bi, TheraSkin pode ter novo sócio estratégico

Uma das principais marcas do país nas áreas de medicamentos dermatológicos e dermocosméticos, a TheraSkin foi colocada à venda, em operação que avalia a empresa em R$ 1 bilhão e poderá resultar na entrada de um sócio estratégico, apurou o Valor. Controlada pela família Scavarelli, a TheraSkin contratou o Credit Suisse para buscar potenciais investidores tanto no mercado doméstico quanto internacional e a transação poderá envolver a totalidade da empresa ou uma fração de seu capital, segundo fontes.

Com a venda de apenas uma parcela do negócio, parte dos recursos poderá ser reinvestida na própria empresa, que quer expandir sua atuação no país e avançar no mercado externo. Dona de alguns produtos que são líderes em seus segmentos no Brasil, a TheraSkin também possui marcas registradas no exterior.

No mercado brasileiro, já está presente em mais de 30 mil farmácias, ou o equivalente a 50% da rede existente. Mas ainda há potencial de expansão para outras dezenas de milhares de drogarias, em movimento que se beneficiaria da demanda crescente por dermocosméticos e dermomedicamentos.

Nesses segmentos, entre os que mais crescem na indústria farmacêutica, a TheraSkin enfrenta concorrentes de peso como Galderma, Mantecorp (da Hypermarcas) e Stiefel (da GSK). A resposta à concorrência tem sido o reforço da aposta em inovação. Há cerca de dois anos, por exemplo, associou-se a outros três gigantes de cosméticos do país - Boticário, Natura e Yamá - e contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para desenvolver uma tecnologia de nanocápsulas, que proporciona o controle do tempo de liberação do princípio ativo na pele.

Procurada, a empresa não comentou a informação sobre a potencial venda do negócio, mas informou em nota que está em "movimento constante na busca de novos desafios e parcerias estratégicas, visando ao seu desenvolvimento nos mercados interno e externo". "A TheraSkin é uma empresa em constante crescimento na dinâmica indústria farmacêutica do Brasil e uma marca líder no mercado de dermatologia em que atua. São quase 80 anos de história pautados pelo compromisso com excelência técnica e pela confiança nos relacionamentos com todos os públicos [...] Tudo isso faz da TheraSkin uma referência, o que impulsiona a empresa a seguir em movimento constante na busca de novos desafios e parcerias estratégicas", disse na nota.

A empresa, fundada por Basílio Scavarelli e comandada por sua filha Rosa, tem um parque industrial de 15 mil metros quadrados em São Bernardo do Campo (SP) e produz mais de 7 milhões de unidades por ano. A TheraSkin não divulga dados financeiros, mas o Valor apurou, junto a fontes que avaliaram o ativo, que as vendas no ano passado giraram em torno de R$ 200 milhões.
Conforme uma das fontes, o valor pretendido pelo controlador na operação corresponde a um múltiplo de mais de 20 vezes o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), considerado elevado mesmo para uma indústria que viu operações de compra e venda serem fechadas nos últimos anos por valores que corresponderam a até 15 vezes o Ebitda. Outra fonte, porém, pondera que o portfólio da empresa é considerado "premium", o que justificaria o pagamento de um valor mais elevado em uma eventual operação de venda.

O Valor informou em 20 de junho que a TheraSkin é uma das empresas do setor à venda no país. Além dela, os laboratórios Teuto e Medley, ambos de genéricos, estariam na lista de ativos que podem trocar de mãos, em uma nova rodada de consolidação - que desta vez deve contar com a participação de fundos de private equity. Para executivos do setor, o preço dos ativos ainda está elevado, mas já sofreu algum ajuste desde o pico atingido há cinco ou quatro anos. Naquele momento, o grande interesse de multinacionais em operações no Brasil, cujo mercado de medicamentos caminha para ser o quarto maior do mundo, ajudou a inflar os valores negociados.
Fonte: Valor Econômico Autor: Stella Fontes Leia mais em tudofarma 26/08/2016


26 agosto 2016



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