Passado um ano desde a compra de 50% das ações pelo fundo de private equity Advent, a direção do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) entrou em 2012 com novas missões.
Além da expansão em andamento, que inclui a compra de equipamentos e a construção de um novo berço de atracação de navios, foi criada recentemente uma gerência de novos negócios, para encontrar ativos que estejam na cadeia de suprimentos, como armazéns e transportadoras. O plano faz parte da meta de dobrar o faturamento da companhia em dois anos para, em 2014, ter condições de fazer uma oferta pública inicial de ações, se o mercado estiver favorável para a operação.
O volume de movimentação de cargas do terminal cresceu 3% em 2011, na comparação com 2010, e chegou a 701 mil TEUS (contêineres de 20 pés), sendo metade referente a importação e metade a exportação. O faturamento subiu 16%, para R$ 331 milhões. "Não tivemos como crescer mais", explica o diretor superintendente, Juarez Moraes e Silva, sobre a necessidade de expandir a capacidade do terminal. Hoje, segundo o executivo, há demanda para 1 milhão de TEUs. Para 2012, o objetivo, classificado como "conservador", é conseguir aumentar o volume em 5% e o faturamento em 10%, porque a ampliação só terá realmente efeito em parte do exercício.
Silva, que atua no setor há 12 anos e foi mantido no cargo após a aquisição, conta que em 2011 as prioridades estavam na consolidação da nova governança corporativa e em antecipar investimentos, que vão somar R$ 185 milhões até 2013. A ampliação da estrutura foi dividida em duas fases e a primeira incluiu a compra de equipamentos que devem entrar em operação em março e vão ampliar a capacidade para 1,2 milhão de TEUs. A próxima fase prevê a construção de mais um berço (o terceiro) com 315 metros de comprimento, que ainda depende de licença ambiental, e a instalação de mais equipamentos, para chegar a 1,5 milhão de TEUs em 2013. "A licença deve sair nos próximos dias", prevê o executivo.
Os principais produtos movimentados atualmente pelo TCP, em exportação, são carnes (frango é o carro chefe), produtos agroflorestais (madeira e papel), veículos e eletroeletrônicos. Na importação, lidera o segmento de veículos, seguido por químicos para a agricultura e alimentos. Com a expansão, a intenção é abrir espaço para novas linhas no terminal. E a intenção de fazer aquisições, segundo Silva, é para "fidelizar os clientes" e também enfrentar a concorrência com portos de Estados vizinhos, como o de Itapoá (SC), que começou a receber recentemente navios de grande porte.
Entre os alvos estão empresas localizadas não só no Paraná, nas proximidades do TCP, mas também no Mato Grosso, interior de São Paulo e Norte de Santa Catarina, que fazem parte da área de influência do terminal. O executivo não revela detalhes sobre o assunto, mas garante que alguma compra deve acontecer ainda em 2012. Além do fundo Advent, que desembolsou R$ 835 milhões pelo negócio, o TCP tem como sócios a Soifer Participações (24%), a Pattac (7%), a Tucuman (7%), a Maritim (5%) e a Galigrain (5%). Por Marli Lima
Fonte:Valor13/02/2012
13 fevereiro 2012
TCP planeja aquisições para ampliar atuação na região
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Compra de empresa, Consolidação, Infraestrutura, Integração-PMI, Private Equity, Tese Investimento, Transações MA
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Ruy Moura
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