O interesse pelo mercado brasileiro de tecnologia da informação (TI) vem aumentando consideravelmente nos últimos anos.
O potencial de consumo interno, no entanto, parece pouco a pouco deixar de ser o único fator de impulso aos investimentos por parte das empresas estrangeiras do setor no país.
Francisco Lara, executivo-chefe da Softtek no Brasil: país já representa segunda maior fonte de receita da companhia, à frente da matriz e só atrás dos EUA
A mexicana Softtek é uma das companhias que começam a enxergar o Brasil sob um viés mais amplo, sem abandonar o interesse pelas oportunidades de receita no país. Fornecedora de serviços de TI - como o desenvolvimento de softwares sob medida e adaptações de sistemas de parceiros -, a empresa está investindo inicialmente R$ 3 milhões na mudança para uma nova sede em Barueri (SP). Entre outras instalações, o local vai abrigar um centro de pesquisa e desenvolvimento. A ideia é usar essa estrutura para criar produtos e serviços que serão lançados no pais e replicados posteriormente em outras subsidiárias da companhia.
Francisco Lara, executivo-chefe da empresa no Brasil, diz que algumas ofertas globais da Softtek são desenvolvidas e testadas atualmente no país, mas em escala reduzida. "Nosso centro mundial de excelência para a criação de ofertas da [fabricante alemã de software] SAP está localizado no Brasil e foi responsável por inovações adotadas em outros países", diz Lara. Como reflexo desse cenário, afirma o executivo, o brasileiro Mauro Okamoto hoje atua na Softtek como diretor global de ofertas de serviços SAP nos Estados Unidos.
Sob a nova estrutura, cuja previsão é entrar em operação em abril, a Softtek planeja criar centros de excelência associados a parceiros. A proposta é desenvolver produtos segmentados por vertentes tecnológicas, como mobilidade, que posteriormente possam ser oferecidos a empresas de diferentes setores da economia.
Para implantar essa estratégia e transferir tecnologia, a Softtek vai deslocar temporariamente cerca de 100 profissionais de suas operações no México e nos Estados Unidos. "A previsão é contratar 300 funcionários especificamente para pesquisa e desenvolvimento no Brasil até 2013, dos quais cem devem ser incorporados ainda neste ano", diz Lara. Atualmente, a companhia conta com cerca de 1,2 mil funcionários no Brasil.
Ao mesmo tempo, o investimento na nova sede vai ao encontro da previsão de crescimento anual superior a 30% para a subsidiária brasileira nos próximos três anos. Em 2011, o Brasil manteve-se como a segunda operação mundial da Softtek, à frente da matriz mexicana e atrás apenas dos Estados Unidos. Com uma receita de R$ 170 milhões, a filial brasileira respondeu por 28% do faturamento global da empresa.
Com 225 clientes ativos no Brasil, uma das estratégias da Softtek para ganhar terreno no país é acompanhar o processo de internacionalização das empresas brasileiras.
Atualmente, esse modelo já é usado para clientes como a Ambev e a Votorantim, cujas operações na América Latina são atendidas a partir do Brasil. "Esse movimento de expansão internacional das companhias brasileiras será cada vez mais frequente, especialmente em segmentos como engenharia e construção, metalurgia, bens de consumo e finanças", afirma o executivo. Por Moacir Drska
Fonte:valor13/02/2012
13 fevereiro 2012
Softtek, do México, instala centro de desenvolvimento no Brasil
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Investimentos, Plano de Negócio, Tese Investimento, TI, Transações MA
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Ruy Moura
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