08 fevereiro 2012

Na saída de Gabrielli, Petrobras deve anunciar venda de ativo no Japão

Na última reunião da Petrobras tendo José Sergio Gabrielli na presidência, a diretoria da estatal deve confirmar amanhã a venda do primeiro ativo dentro do seu plano de desmobilização de ativos para fazer caixa para seus investimentos. O primeiro ativo deve ser mesmo a refinaria de Okinawa, no Japão, como já havia comentado Gabrielli em outras oportunidades. Essa refinaria foi comprada em 2008 em parceria com a Sumitomo, que se desfez dos 12,5% que ainda detinha em 2010.

A estatal pretende obter aproximadamente US$ 6,6 bilhões com a venda de ativos, principalmente no exterior, e liberar outros US$ 7 bilhões que estão depositados na forma de garantias, adiantamentos para fornecedores, recebíveis e outros instrumentos financeiros.

Além da evnda da refinaria, a diretoria vai avaliar a contratação das 21 sondas de perfuração em águas profundas em contrato bilionário disputado pela Sete Brasil e Ocean Rig.

Na segunda-feira Gabrielli disse que esse contrato será assinado ainda na sua gestão, que se encerra na sexta -feira, já que na segunda Graça Foster toma posse. Em um movimento que não era esperado, a Sete Brasil assinou no domingo um contrato de US$ 792,5 milhões (R$ 1,35 bilhão) que engloba serviços de engenharia, suprimento e construção de um navio-sonda no Estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo.

Em sua última aparição pública na Petrobras como presidente, hoje, Gabrielli assinou um protocolo de intenções como a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) para identificar projetos, e processos de seleção, inclusive de patrocínios, que promovam a igualdade racial.

Na coletiva concedida depois do evento, Gabrielli não se furtou a comentar a greve dos policiais na Bahia, estado onde vai ganhar um cargo de secretário no governo de Jaques Wagner (PT). Voltou a repetir que não será candidato em 2012 e que 2014, ano das próximas eleições para governador, "está muito longe" e que por isso prefere não falar sobre isso. Ainda sem cargo definido, o executivo disse que está disposto a "colaborar" com o governador baiano. Ao se referir a Wagner, Gabrielli sequer evitou comparações com o futebol. Se disse um jogador e disse que Jaques Wagner é o técnico que vai decidir sua escalação.

Como a Petrobras não prevê qualquer quarentena para seus diretores e dirigentes, Gabrielli pode assumir imediamente qualquer cargo, público ou privado. Ele disse que só assume na Bahia em março e que se fosse trabalhar em uma companhia rival da Petrobras faria uma quarentena voluntária. Por Cláudia Schüffner
Fonte:Valor07/02/2012

08 fevereiro 2012



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