01 outubro 2011

Fasano vai à Bahia e Minas com hotéis de R$ 140 mi

Rede de luxo do empresário Rogério Fasano pretende ter dez unidades até a Copa de 2014, em expansão que inclui Belo Horizonte, Salvador e Trancoso, com Brasília no roteiro.

Após estrear em condomínio e hotel de luxo no litoral uruguaio, Rogério Fasano se prepara para ir à Bahia e Minas Gerais com três empreendimentos de R$ 140,2 milhões.

O empresário toca dois hotéis de R$ 95,2 milhões em Salvador e Trancoso, litoral sul baiano. É a primeira investida nordestina do grupo criado pelo pai de Rogério, Fabrizio Fasano - com unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Punta del Leste, no Uruguai, e recentemente em condomínio luxuoso de Porto Feliz (SP). Os projetos baianos são tocados em parceria com a Prima SA e a Itacaré Capital.
"A ideia é chegar a dez hotéis até a Copa", adianta o diretor de novos negócios Constantino Bittencourt. 

A espanhola Prima investirá R$ 50 milhões em hotel butique com 70 suítes em Salvador.
"O Fasano será uma novidade para o mercado nordestino. Um atributo de valor para a região", avalia o CEO da Prima no Brasil, Nilson Nobrega. "Creio que Salvador mudará de patamar frente a outros destinos, como o Rio de Janeiro", confia.
O hotel será instalado na antiga sede do jornal A Tarde, na praça Castro Alves. O endereço é estratégico para fisgar turistas classe A dos jogos da Copa. Próxima ao Pelourinho, a construção de 1930 é parte de complexo arquitetônico tombado pelo patrimônio histórico.
"A praça é a porta de entrada de Salvador, um lugar obrigatório para visitação", diz Nobrega.

Expansão nordestina

O Nordeste ganha peso na expansão do Fasano. Não à toa, a rede terá unidade de 40 quartos na praia de Itapororoca, em Trancoso, onde também projeta uma vila com 23 casas de alto padrão. O aporte de US$ 24,5 milhões (R$ 45,2 milhões) será executado pela Itacaré Capital. O Fasano e seu controlador, a incorporadora JHSF, não colocam recursos próprios no projeto.

O aporte da marca, segundo a empresa, é em moeda cara para a região: qualidade de serviço.
"A maioria dos contratos são de administração. A gente se associa com investidores, que constroem o ativo, e administramos", afirma Bittencourt.
O executivo avalia outros destinos no Nordeste, especialmente locais com apelo para o turismo internacional. "Estamos estudando outras cidades para saber se cabe hotéis da rede", diz.
Para os empreendimentos baianos, o Fasano estima uma média de ocupação entre 70% e 75%. Índices próximos aos do Sudeste. "No Rio de Janeiro, a média do ano passado foi 75%. Em São Paulo, 82%", conta.

Crescimento mineiro

Consolidado como selo hoteleiro premium, o Fasano se prepara para velejar no oceano de oportunidades da Copa com vento financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"A vantagem de fazer um hotel em uma cidade-sede é dispor de linhas de crédito interessantes do BNDES", diz o diretor.

A perspectiva levou a empresa a assumir parceria público privada (PPP) para ocupar por 35 anos o antigo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). A marca reformará o edifício para transformá-lo em hotel de 85 a 90 quartos. O investimento é de R$ 45 milhões - sendo 70% financiado pelo BNDES e, o restante, colocado pela JHFS.


Mas a jogada não é concentrada na Copa. O executivo acha um erro focar apenas no evento. "É preciso acreditar na cidade. Escolhemos aquelas com apelo turístico ou de negócios nas quais acreditamos em crescimento acima da média do país nos próximos anos." O argumento coloca Brasília no roteiro do Fasano, que considera também novas unidades no eixo Rio-São Paulo. "Nossa expansão não vai parar em 2014", indica Bittencourt. Por Nivaldo Souza
Fonte:brasileconomico30/09/2011

01 outubro 2011



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