26 outubro 2011

TI demandará aportes de US$ 143,8 bi

Os gastos com Tecnologia da Informação no Brasil chegarão a US$ 143,8 bilhões em 2012. De acordo com as previsões do Gartner, esse valor está 10,1% acima dos US$ 130,6 bilhões de 2010 sendo o País que mais cresce em TI.


A conclusão da pesquisa foi anunciada hoje (25) durante o Symposium IT, que acontece de 25 a 27 de outubro em São Paulo. O instituto reuniu 1.100 participantes, 200 CIOs, 24 analistas e os principais fornecedores para debater o crescimento do setor e oportunidades de negócio.

No Brasil, esses investimentos são dobrados se comparados aos países desenvolvidos. Até 2014, o País apresentará crescimento com uma taxa anual de 9,9% contra 3,8% do resto do mundo. “Os brasileiros foram menos afetados pela crise financeira e aproveitaram a recessão global para buscar na tecnologia uma aliada no atendimento à demanda e crescimento de TI”, diz o vice-presidente sênior do Gartner, Peter Sondergaard. Segundo o analista, os crescentes investimentos no setor demonstram que ele é visto como maior motivador do crescimento e um poderoso componente de transformação.

Para Sondergaard, existem quatro forças que têm o poder de contribuir para maior presença da TI nas estratégias de negócio:
  • cloud computing,
  • mídias sociais,
  • mobilidade e
  • informação.

“A computação em nuvem tem um impacto muito grande de transformação nos ambientes de TI, pois 1,2 bilhão de pessoas estão plugadas a algum sistema de rede social, presença estendida também para o setor corporativo, e a mobilidade está cada vez mais presente nas empresas, seja com celulares inteligentes, notebooks ou tablets", explica o analista.

Há ainda a importância do cuidado com a informação, o dado a ser centralizado e compartilhado para ajudar nas decisões de negócio. "A combinação dessas forças traz um novo estágio da computação, o que vai exigir uma reinvenção da nossa maneira de consumir tecnologia”, explica o analista.

Diante desse cenário, o Gartner acredita que a nuvem pública será a mais utilizada pelas empresas. Só em 2010 foram investidos US$ 74 bilhões e a estimativa é que esse número cresça cinco vezes mais rápido, o que representa 19% ao ano. Dentre os serviços mais comuns estão as aplicações e sistemas de infraestrutura e processos de serviços de negócio.

Isso também impacta na mobilidade, que nos próximos quatro anos terá uma base global com 918 milhões de tablets, segundo as estimativas do instituto. “Esses dispositivos serão grandes impulsionadores da mudança nos aplicativos e nas arquiteturas de TI, até porque seu uso será além das classes com maior poder aquisitivo”, acrescenta Sondergaard.

David Cearley, VP & Gartner Fellow, também apresentou as dez principais tendências em estratégias de tecnologia para 2012, baseadas na experiência humana, de negócio e do departamento de TI:
  1. tablets,
  2. aplicações e interfaces móveis,
  3. experiência contextual e social do usuário,
  4. internet,
  5. lojas de aplicativos,
  6. próximas gerações analíticas,
  7. big data,
  8. computação em memória,
  9. servidores com baixo
  10. consumo de energia e
  11. cloud computing.

“São áreas nas quais enxergamos grandes mudanças no futuro e os gestores precisam estar atentos”, diz. Segundo o executivo, a maior parte das empresas não está preparada com a explosão de dados e nem com a velocidade da evolução. “A complexidade no ambiente de TI está aumentando a cada dia e as companhias que liderarem esses processos se destacarão no mercado”, acrescenta.

Neste contexto, o papel do CIO será de mais responsabilidade na gestão da Tecnologia da Informação, principalmente em gerenciamento dos orçamentos.

“Esses profissionais usarão seu conhecimento para que a TI acompanhe as mudanças de negócio, tornando-se cada vez mais parceiros do core business. Já o CEO ficará responsável em cuidar da empresa como todo”, completa Tina Nunno, VP & Distinguished Analyst do Gartner. Por Léia Machado
Fonte:Decisionreport25/10/2011

26 outubro 2011



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