26 outubro 2011

Computação na nuvem é pilar na nova TI do século XXI

A TI está mudando de forma irreversível e tende se tornar ainda mais onipresente na vida das pessoas e das empresas. A previsão com ares de profecia foi apresentada por Peter Sondergaard, vice-presidente sênior de pesquisas do Gartner, nesta terça-feira, 25, durante o Gartner Symposium ITxpo 2011.

O executivo afirmou que a Tecnologia da Informação vem deixando de ser objeto de uma área específica – a de TI – para se tornar um setor de grande impacto nos negócios. Na prática, executivos de todas as áreas e níveis estão mudando sua percepção e passando a ver a tecnologia como um instrumento de grande contribuição para os negócios.

Essa mudança será alavancada por quatro fatores: cloud computing, computação social, informação e mobilidade. “É a combinação destes quatro fatores que vai mudar a tecnologia como a conhecemos”, afirmou.

Especificamente sobre a nuvem, o executivo afirmou que, de acordo com as previsões do Gartner, os serviços em nuvem vão crescer cinco vezes mais rapidamente (19% ao ano até 2015) do que os gastos gerais das empresas com TI. Ainda assim, Sondergaard ressalta que, com gastos de US$ 74 bilhões em 2010, a nuvem ainda representa somente 3% dos gastos das empresas. “A computação em nuvem fará para os data centers internos o mesmo que as cadeiras de suprimentos fizeram para a manufatura: permitir que as pessoas otimizem suas capacidades diferenciadas”, avalia.

Sobre a computação social, o executivo ressaltou que o próximo estágio será o envolvimento em massa de cidadãos, clientes e funcionários com os sistemas empresariais. “Hoje temos cerca de 20% da população mundial – 1,2 bilhão de pessoas – nas redes sociais. Isso significa que os líderes de TI devem incorporar imediatamente as capacidades de software social em seus sistemas empresariais”, defende.

Sondergaard disse também que o conceito de data warehouse empresarial, com todas as informações necessárias para a tomada de decisão, está morto. Estes estarão dispersos em múltiplos sistemas, incluindo gestão de conteúdo, que se tornarão o warehouse lógico das empresas. “A informação é o combustível do século 21 e as análises são o motor de combustão”, compara. A busca pelo combustível vai criar um volume sem precedentes de informações, o que está levando a uma mudança nas táticas de gestão de dados – big data – e criando uma arquitetura de Estratégia Baseada em Padrões, que busca sinais e os modelo por seu impacto e, depois, os adapta ao processo de negócio.

Por fim, a mobilidade que, segundo o executivo, é uma tendência que já aconteceu. Ele lembrou que já em 2010 a base instalada de PCs móveis e smartphones superou a de desktops. No ano passado, foram vendidos 20 milhões de tablets, volume que deve chegar a 900 milhões até 2016. Outro exemplo: até 2014, os dispositivos baseados em sistemas operacionais móveis, como o iOS e o Android, vão superar todos os sistemas baseados em PCs. “Essa mudança vai exigir que as áreas de TI recriem a forma como fornecem aplicações. Até 2014, 60% das corporações terão lojas de aplicativos e estes serão redesenhados entendendo automaticamente a intenção dos usuários”, prevê.

Em resumo, estas quatro forças combinam o que Sondergaard chama de próximo ponto de conexão, no qual os data centers darão espaço para os data clouds (nuvens de dados) e os dispositivos móveis vão se transformar em janelas para nuvens pessoais. “O impacto dessas forças fará com que as arquiteturas dos últimos 20 anos de tornem obsoletas. Juntas elas nos pressionam e nos levam a criar negócios pós-modernos, orientados pela simplicidade e pela desconstrução da força criativa”, finaliza. Por Fabio Barros
Fonte:ConvergênciaDigital26/10/2011

26 outubro 2011



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