31 outubro 2011

Colemont fará aquisições de R$ 40 milhões no Brasil

A corretora de seguros Colemont, do grupo americano AmWins, vai investir R$ 40 milhões em aquisições no Brasil em 2012. O movimento faz parte do plano de dobrar de tamanho nos próximos três anos, o que inclui expansão geográfica para além do eixo Rio-São Paulo.

"Somos bons em comprar", diz, sem modéstia, Skip Cooper, presidente da AmWins Group Company, ao lembrar do histórico de mais de 30 aquisições do grupo pelo mundo ao longo de seus 13 anos de vida. Criado em 1998, o grupo atuava apenas nos Estados Unidos até o ano passado, quando adquiriu o braço internacional da também americana Colemont, expandindo a atuação para Europa e América Latina, incluindo o Brasil.

No país desde 2005, quando comprou a Riscon, a Colemont atua em três áreas de negócios: corretagem de seguros, resseguros e programa de benefícios. No ano passado, colocou R$ 450 milhões em prêmios de seguros e resseguros no mercado. A corretora participou de importantes programas de seguros, como a linha 5 do Metrô do Rio de Janeiro, a transposição do Rio São Francisco e as reformas dos estádios Beira Rio e Mineirão, que vão servir como sede de jogos da Copa do Mundo em 2014.

Não há um ranking oficial de corretoras de seguros no Brasil, mas os executivos da Colemont estimam que a empresa ocupe o quinto lugar. Entre as líderes, as também estrangeiras Aon e Marsh colocaram, cada uma, cerca de R$ 2 bilhões em prêmios no mercado no ano passado.

Neste ano, a expectativa da Colemont é avançar 30%, para R$ 600 milhões de prêmios colocados no mercado. Para atingir a meta de dobrar de tamanho até 2014, o plano é comprar corretoras inteiras ou equipes, além de fazer contratações. "O plano é dobrar o número de funcionários dos atuais 150 para 300 profissionais", diz Dalve Ortolani, vice-presidente comercial da Colemont Brasil.

O mercado de corretoras de seguros vem passando por um processo de consolidação nos últimos anos. "Mas ainda há umas 10 ou 12 corretoras que podem ser adquiridas", aponta Eduardo Lucena, presidente da Colemont Brasil. Ele conta que as aquisições devem reforçar as áreas de benefícios e resseguros.

As compras também visam expandir a presença geográfica da empresa no Brasil. Há 12 meses, a companhia tinha presença em São Paulo e Rio de Janeiro, que respondem, respectivamente, por 50% e 10% do mercado de seguros no país. Desde então, abriu escritórios em Porto Alegre e Fortaleza. No primeiro semestre do ano que vem, planeja filiais em Curitiba e Belo Horizonte. "Estamos estudando abrir na região nordeste também, talvez Recife", adianta Lucena.

Presente em 17 países, a AmWins também está investindo em outros emergentes por meio de uma aquisição que está em andamento. O alvo é a britânica THB, que tem operações em Singapura, Taiwan, Peru, Colômbia e Holanda.

"Fizemos uma proposta, mas como a companhia tem capital aberto, estamos aguardando alguns trâmites", diz Cooper. A corretora deve acrescentar US$ 1,2 bilhões em prêmios colocados no mercado ao portfólio de US$ 6 bilhões da AmWins. "Vemos oportunidades também na Índia, Leste Europeu e Oriente Médio", conta Cooper.
Fonte:Valoreconômico31/10/2011

31 outubro 2011



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