Taxa de ocupação de shoppings bate alta histórica, com apenas 1,6% de vacância e varejistas esperam melhor Natal de todos os tempos
A poucas semanas da abertura da nova temporada de vendas de Natal, em novembro, não há espaços vazios nos shoppings centers brasileiros. Em alguns deles, nos mais bem localizados pelo menos, os lojistas precisam até mesmo entrar na fila para conseguir um ponto disponível, dependendo do tipo de negócio e do tamanho da área de venda.
Ao contrário dos Estados Unidos, onde as marcas da crise econômica são visíveis nos centros de compra, a taxa de ocupação dos shoppings no Brasil atingiu recentemente o recorde histórico de 98,4%, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
O percentual já é considerado uma ocupação plena dos estabelecimentos, à medida que seria, tecnicamente, impossível alcançar uma vacância próxima a zero. Há cinco anos, as taxas de ocupação dos centros comerciais brasileiros costumavam oscilar entre 94% e 95%.
“Nunca foram construídos tantos shopping centers no País”, afirma o diretor executivo da Abrasce, Luiz Fernando Veiga. E, ainda assim, nunca os shoppings estiveram tão cheios, acrescenta. Até o Natal, pelo menos onze shoppings vão ser inaugurados no País, número superior aos dez empreendimentos que já foram abertos ao longo do ano.
Para 2012, segundo a Abrasce, já está prevista a construção de ao menos 42 novos centros comerciais, que devem consumir R$ 10,5 bilhões. O investimento médio em um novo shopping gira em torno de R$ 250 milhões.
Melhor Natal da história
Os varejistas e os shoppings estão à espera de um dos melhores natais da história neste ano, ainda mais generoso que o ano passado. As previsões apontam para um aumento entre 4% e 5% nas vendas em relação ao Natal de 2010, que já foi excelente para o comércio e um dos mais ricos do País. Ninguém no setor fala ainda em queda nas vendas, apesar da desaceleração do ritmo de crescimento da economia.
“Qualquer taxa de crescimento sobre o ano passado já será um resultado muito bom”, afirma Luís Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping Centers (Alshop).
Ricardo Bomeny, da Associação Brasileira de Franchise: setor cresce 15% ao ano e prevê faturar R$ 100 bilhões em 2012
"As expectativas para o Natal são muito boas", afirma Ricardo Bomeny, presidente Associação Brasileira de Franchising (ABF) e CEO da Brazil Fast Food Corp, dona da rede Bob's. Com a tendência queda dos juros, há uma forte sinal de que o consumo continuará aquecido, diz o executivo. A expectativa, segundo ele, é de que haja um novo corte na Selic até o fim do ano.
Segundo Ricardo Camargo, diretor ABF, há dois fatores, pelo menos, que justificam as previsões otimistas para o Natal neste ano: as taxas de emprego continuam elevadas e os reajustes salariais estão sendo concedidos acima da inflação. “Os níveis de inadimplência mais baixos também mostram que o consumidor não precisará comprometer tanto o 13º salário com o pagamento de dívidas, destinando uma maior parcela da remuneração para o consumo”, diz Camargo.
O maior gargalo para os lojistas, acrescenta, será encontrar mão de obra temporária neste fim de ano. “Tanto assim que as redes já estão se antecipando. Quem deixar para contratar na última hora, corre o risco de ficar sem funcionários”, afirma o diretor da ABF.
A Abrasce prevê que as vendas de Natal dos lojistas instalados nos centros comerciais serão neste ano 14% superiores à temporada de 2010. Esse número, porém, inclui os novos shoppings que serão abertos até dezembro. A Abrasce não possui uma estimativa de crescimento nas vendas em uma base comparável de área bruta locável (ABL, espaço disponível para locação), critério utilizado para medir o real desempenho do consumo.
O Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), do qual participam grandes redes de diversos setores, como supermercados, vestuário e restaurantes, estima que as vendas deverão crescer 5,2% em novembro e 4,4% em dezembro em comparação com os mesmos meses de 2010.
Nos Estados Unidos, a taxa de vacância dos centros comerciais é a maior em 11 anos. Em setembro, 9,4% da área total dos shoppings estava vazia, 0,6 ponto percentual a mais que em igual período de 2010. Algumas redes americanas quebraram, como a Borders e Blockbusters, e outras decidiram fechar centenas de lojas espalhadas pelo país, como a Abercrombie and Fitch, Gap e Limited Brands.
Shoppings: vacância atinge o menor nível histórico, de 1,6%, em agosto de 2011
Expansão acelerada do varejo
No Brasil, o cenário é o oposto. As varejistas estão inaugurando lojas como nunca. Algumas delas porque lançaram ações e agora precisam usar os recursos captados no mercado de capitais. Outras porque obtiveram recursos do BNDES, como a Riachuelo. As grandes redes, como Americanas, Renner e C&A, também aceleraram o ritmo de inaugurações no último ano para ganhar participação de mercado.
Neste ano, o Bob's vai abrir um número recorde de 150 pontos de vendas, afirma Bomeny.
A ABF prevê que o setor de franquias irá crescer neste ano 15% em faturamento, totalizando R$ 86 bilhões, e 10% em número de pontos de vendas. A estimativa é de que só o setor agregue 9 mil pontos em 2011. "Em 2012, esperamos chegar à marca de R$ 100 Fonte:iG28/10/2011
28 outubro 2011
Lojistas fazem fila para entrar em shopping centers
sexta-feira, outubro 28, 2011
Investimentos, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA, Varejo
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Ruy Moura
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