12 agosto 2016

BTG desiste de comprar Banif Brasil

O banco brasileiro alega que não se verificaram as condições que integravam a proposta não vinculativa para comprar o Banif Brasil e outros activos do banco que foi alvo de uma resolução.
O BTG Pactual já não vai comprar o Banif Brasil e outros activos da Oitante, entidade que ficou com alguns activos do banco que foi alvo de uma resolução no final do ano passado. O anúncio foi efectuado pelo banco brasileiro, que citou a não verificação de diversas condições que estavam previstas na proposta não vinculativa.

De acordo com um comunicado do banco brasileiro, citado pela Bloomberg, a decisão foi tomada "diante da não verificação de condições precedentes contidas na proposta".

O BTG Pactual tinha anunciado a 12 de Julho que estava a negociar a aquisição da unidade brasileira do Banif e de vários activos da Oitante, tendo colocado em cima da mesa uma proposta não vinculativa.

Acrescentou que foi aceite por ambas as partes uma "proposta não vinculativa e sujeita a condições precedentes usuais, contendo os termos gerais para a eventual transacção". Terão sido estas condições precedentes que não se verificaram e que levou ao cancelamento do potencial negócio.

O Económico tinha noticiado a 7 de Julho que os conselhos de administração do Banif e da Oitante tinham assinado acordos com o banco brasileiro BTG Pactual para gerir o Banif Brasil.

De acordo com a mesma fonte, foram assinados dois acordos (um com o Banif e outro com a Oitante), uma vez que o Banif Brasil ficou no banco mau do Banif, enquanto algumas participações tenham sido transferidas para a Oitante.

Jorge Tomé, que liderou o Banif entre 2012 e 2015, afirmou na comissão de inquérito à resolução do Banif que a gestão do Banif Brasil, até à sua entrada, promoveu irregularidades. "Uma gestão – diria – dolosa", declarou o antigo responsável do banco a 29 de Março.

O BTG Pactual, maior banco de investimento da América Latina, anunciou que atingiu um lucro de 2.012 milhões de reais no primeiro, uma subida de 7,2% face ao período homólogo. NUNO CARREGUEIRO Leia mais em jornaldenegocios 10/08/2016

12 agosto 2016



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