04 agosto 2015

FUSÕES E AQUISIÇÕES: 76 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM JULHO/15

No mês de julho/2015, foram realizadas 76 transações no mercado brasileiro de fusões & aquisições, correspondendo a um investimento da ordem de R$ 51,9 bilhões. Representa uma queda de 6,2% em relação ao número de operações do mês anterior e de um aumento de 126,1%  dos montantes envolvidos.
O volume e o valor das negociações de fusões e aquisições anunciadas de jan a jul de 2015 cresceram 26,1% e 53,7%, respectivamente, comparado com o mesmo período do ano passado.
Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) e MINERAÇÃO  foram os mais ativos no mês de julho.
O maior apetite em maio ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 59 operações (77,6%). Sob a ótica do país de origem do investidor, os de origem Nacional predominaram com 57,9% das operações e 59,8% dos montantes investidos.
A maior transação no mês de julho/15, foi a realizada pelo Bradesco comprando o HSBC no Brasil por US$5,2 bi (17,6 bilhões de reais).
Quanto às Percepções de Mercado, merece destacar: (i) O Brasil ficou, de fato, barato para os investidores estrangeiros. O real perdeu quase 40% do valor em relação ao dólar. O valor das companhias de capital aberto listadas na Bovespa, em dólar, caiu cerca de 30%. Nesse cenário, as operações de fusão e aquisição de empresas têm avançado. A presença de grupos internacionais tende a aumentar no segundo semestre. (ii) Empresas põem à venda ativos avaliados em US$ 22 bilhões. Está aberta a temporada de vendas das empresas ligadas a commodities. O nível de endividamento das companhias é o que vem ditando o ritmo das negociações. (iii) A Petrobras planeja vender US$ 15 bilhões em ativos até o ano que vem com a negociação de 28 ativos para cumprir meta de desinvestimento. A Vale também e a expectativa da própria empresa é levantar entre US$ 6 bilhões e US$ 7 bilhões. O setor siderúrgico igualmente vive um momento difícil.

Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de JULHO de 2015.

ANÁLISE DO MÊS 

Os 5 setores mais ativos responderam por 50,0% do total das operações e  26,1% do valor total dos investimentos.


Foram divulgadas com destaque pela imprensa no mês de julho, 76 transações em 23  setores da economia brasileira, registrando uma queda de 6,2% em relação ao mês anterior ( 81 operações).

Constata-se crescimento de 28,8% no comparativo do número de transações realizadas no mês de julho de 2015, comparativamente ao mesmo mês de 2014.
Já em relação ao acumulado nos primeiros sete meses de 2015, apuradas 469 operações, registra-se um crescimento de 26,1% se confrontado com igual período de 2014,  quando foram realizadas 372 operações.
Em julho/15, o segmento com maior apetite foi o de TI, com a realização de 15 transações representando 19,7% do total.
No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros sete meses de 2015, além de TI, destacam-se OUTROS; COMPANHIAS ENERGÉTICAS e ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO.
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações nos primeiros sete  meses de 2015, em relação ao mesmo período de 2014, foram INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, PETRÓLEO E GÁS e HOTÉIS E RESTAURANTES.
Por sua vez, os setores que mais cresceram em nº de operações no período de jan. a jul. de 2015, em relação ao mesmo período de 2014, foram TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO e COMPANHIAS ENERGÉTICAS.
O mês sinaliza um crescimento de  2,1% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses -  julho de 2015, com  830 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.

Das 76 transações apuradas,  36 são de porte até R$ 49,9 milhões -  47,4% do total e responderam por 0,8% do seu valor. Para este mesmo porte de operações, no acumulado do ano de 2015, registraram 275 transações representando 58,6% do total  e  2,0% do valor.
No topo da pirâmide foram apuradas 8 transações em julho, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 10,5% do número de operações e responderam por  81,4% do valor das transações. No acumulado, são 28 transações que correspondem a 6,0% e respondem por 73,8% do valor total das transações.

Quanto aos montantes dos negócios realizados em julho de 2015, estima-se o total de R$  51,9 bilhões, representando um crescimento de 126,1%, em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados (80,7%) e Não Divulgados (19,3%).

O valor total dos negócios nos primeiros sete meses de 2015, alcançou R$ 157,9 bilhões, representando um crescimento de 53,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO foi o setor de maior expressão entre os investimentos realizados nos primeiros sete meses do ano, no cômputo total dos investimentos - com R$ 40,7 bilhões.
No gráfico dos setores TOP's, abaixo, estão relacionados por ordem de relevância os investimentos acumulados, por setor, realizados no ano.
O maior apetite em julho ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 59 operações (77,6%), e responderam por 89,7% dos montantes investidos.
No quadro abaixo mostra a evolução do número de transações nos primeiros sete meses em termos investidor estratégico e financeiro, sendo que o maior crescimento no período ficou por conta dos Investidores Financeiros, com 50,0%.

Sob a ótica do país de origem do investidor, os de origem Nacional predominaram com 57,9% das operações e 59,8% dos montantes investidos no mês de julho. Os de origem Estrangeira responderam por 42,1% dos negócios e 40,2% dos valores envolvidos. No acumulado dos primeiros sete meses, os investidores de origem Nacional predominaram com 56,9% das operações e 59,8% dos investimentos realizados.
Na evolução do número de transações nos primeiros sete meses em termos investidor de capital nacional e capital estrangeiro comparativamente com o mesmo período de ano anterior, o maior crescimento  ficou por conta do investidor de capital nacional em 32,2%.

MAIOR TRANSAÇÃO DO MÊS -  A maior transação no mês de julho/15, foi  a do Bradesco comprando o HSBC no Brasil por  5,2 bilhões de dólares (17,6 bilhões de reais) em dinheiro. O acordo, que envolve o HSBC Bank Brasil Banco Múltiplo e HSBC Serviços e Participações, une o quarto e o sexto maiores bancos em ativos no país, e leva o Bradesco a 16 por cento de participação no sistema financeiro brasileiro, pouco atrás dos 16,2 por cento do Itaú Unibanco, líder privado no Brasil.

“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram:  O Brasil ficou, de fato, barato para os investidores estrangeiros.  Nos últimos 12 meses, o real perdeu quase 40% do valor em relação ao dólar. O valor das companhias de capital aberto listadas na Bovespa, em dólar, caiu cerca de 30% desde junho de 2014, de acordo com a consultoria Economatica. Nesse cenário, as operações de fusão e aquisição de empresas têm avançado. A presença de grupos internacionais tende a aumentar no segundo semestre. No começo do ano, muitos investidores ainda não tinham clareza sobre o que podia acontecer no Brasil, mas agora os riscos e as oportunidades estão mais claros. Dinheiro não falta. Um levantamento feito pela consultoria KPMG e pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital mostra que um conjunto de 65 gestores de fundos de investimento começou 2015 com 12 bilhões de dólares para investir no país, 35% mais do que estava disponível um ano antes.  Muitas empresas brasileiras estão com a corda no pescoço, o que facilita a vida dos investidores nas negociações.  O endividamento de todas as empresas listadas na Bovespa aumentou quase 25% de março do ano passado a março de 2015. O crédito, porém, anda caro e escasso.  Os bancos estão mais conservadores nas concessões de financiamento. A crise põe pressão no custo da dívida e faz as empresas diminuir os investimentos. Enquanto o Brasil não resolver a crise, as oportunidades para os investidores devem continuar a aumentar.
Empresas põem à venda ativos avaliados em US$ 22 bilhões. Está aberta a temporada de vendas das empresas ligadas a commodities. Com preços de petróleo, minério de ferro e metais despencando no mercado internacional, as companhias vêm apertando o passo de seus planos de desinvestimento, com o objetivo de fazer caixa para atravessar o período de vacas magras e, assim, tocar projetos essenciais. Estão nessa onda gigantes como Petrobras, Vale e CSN. A expectativa de analistas e das próprias empresas é que as vendas e parcerias somem ao menos US$ 22 bilhões neste e no próximo ano. O nível de endividamento das companhias é o que vem ditando o ritmo das negociações. A Petrobras planeja vender US$ 15 bilhões em ativos até o ano que vem. A Vale também vem enfrentando um momento de maré baixa nos preços do minério de ferro. A expectativa da própria empresa é levantar entre US$ 6 bilhões e US$ 7 bilhões em caixa com desinvestimentos e parcerias este ano. CSN conversa com bancos.  O setor siderúrgico igualmente vive um momento difícil. Além da sobreoferta mundial de aço, a demanda por produtos siderúrgicos vem caindo no Brasil, com a desaceleração econômica. Os segmentos de bens de capital, automóveis e construção civil, que respondem por 80% do consumo de aço no mercado doméstico, estão em crise. As siderúrgicas enfrentam ainda a concorrência da China, que se tornou exportadora de aço.
Petrobras negocia 28 ativos para cumprir meta de desinvestimentos. A Petrobras negocia um total de 28 ativos para cumprir a meta de desinvestimentos da estatal até 2016, estimada em US$ 15,1 bilhões.

SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.

DESTAQUES DA:

SEMANA DE 27/jul a 02/ago/15
SEMANA DE 20 a 26/jul/15
• SEMANA DE 13 a 19/jul/15
• SEMANA DE 06 a 14/jul/15
SEMANA DE 19/jun a 05/jul/15

DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
• FUSÕES E AQUISIÇÕES: 81 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM JUNHO/2015
• TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em maio/2015

M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.

04 agosto 2015



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