A CPFL Renováveis está próxima de fechar a aquisição de um conjunto de sete pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) que pertencem ao grupo gaúcho Bolognesi, disseram ao Valor três fontes próximas às negociações. A avaliação inicial é que os ativos valem entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão.
De acordo com os interlocutores, as tratativas estão bastante avançadas. A empresa de energias renováveis aguarda apenas as negociações com o governo a respeito da solução para o déficit de geração hídrica para conseguir definir o valor da aquisição.
A proposta, apresentada pelo governo por meio da Medida Provisória (MP) 688, é de compensação pelos gastos incorridos com a geração de energia abaixo do previsto em contrato, em virtude da seca, por meio de extensão das concessões.
Cálculos mais precisos, no entanto, só poderão ser feitos após o período de audiência pública da proposta na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que se encerra em meados de setembro.
O grupo Bolognesi conta com a venda do conjunto de PCHs para financiar a construção de dois terminais de regaseificação e duas usina termelétrica movidas a gás natural, no Rio Grande do Sul e em Pernambuco e que foram vendidas em leilão realizado em novembro.
Os investimentos totais previstos nos projetos são de quase R$ 6,6 bilhões. Em entrevista recente, o vice-presidente executivo da Bolognesi, Paulo Cesar Rutzen, disse que a venda de ativos era uma das possibilidades para levantar parte do capital. As PCHs estão todas localizadas no Rio Grande do Sul e tem capacidade instalada total de 166 megawatts (MW).
Além das PCHs, o grupo tem mais seis usinas térmicas, que somam 839 MW de potência, e dois parques eólicos, com capacidade de 151 MW. Segundo apurou o Valor, esses ativos ainda não foram colocados formalmente à venda.
Procurada, a CPFL Renováveis disse, por meio de nota, que não comenta especulações de mercado. A empresa é a maior do país no segmento, com 7,5% de participação no mercado, se considerada a capacidade instalada já em operação, de 1,8 mil megawatts (MW). Essa potência está distribuída em 38 PCHs, oito usinas de biomassa, 34 parques eólicos e uma usina solar.
Desde sua fundação, em 2008, a CPFL Renováveis já comprou 729 MW em ativos que hoje estão em operação. A última grande aquisição foi a da paranaense Desa, em fevereiro de 2014, por meio de uma troca de ações que deu ao controladores da companhia uma fatia de 12% no seu capital. Fonte: Valor Econômico Leia mais em abegas 31/08/2015
31 agosto 2015
CPFL e Bolognesi perto de acordo
segunda-feira, agosto 31, 2015
Compra de empresa, Desinvestimento, Energia, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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