Alexandre Azambuja deve listar a Intercosmetics, de salões de beleza, no Bovespa Mais em dois meses
Os planos de Alexandre Azambuja, empresário conhecido como o Eike Batista das microempresas, começam a sair do papel. No que depender dele, a Intercosmetics, empresa consolidadora de salões de beleza, ingressa no Bovespa Mais em, no máximo, dois meses. E não é só isso: até o final do ano, a companhia deverá fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de aproximadamente R$ 10 milhões.
“Devemos entrar com o pedido formal de ingresso no Bovespa Mais esta semana. Achamos que o segmento funciona como uma vitrine às empresas de pequeno porte que não são conhecidas dos investidores, afirma. Assim que Azambuja der entrada na documentação, o Comitê de Listagem do Bovespa Mais tem 40 dias corridos para validar, ou não, a listagem da companhia no segmento de acesso gradual à bolsa brasileira, que hoje conta com Nutriplant, Desenvix e Senior Solution.
A Intercosmetics é apenas uma das sete empresas que já receberam o registro de companhia aberta pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Foi escolhida para inaugurar essa fase por estar mais adiantada emrelação às demais. “Assinamos memorando de entendimento com mais de 130 salões de beleza. Quanto aos contratos que ainda não foram formalizados, vamos aproveitar a divulgação do Fato Relevante (referente ao ingresso no Bovespa Mais) para avançarmos nas discussões”, completa Azambuja.
O empresário vai aproveitar o volume captado por meio do IPO para concluir a aquisição de parte dos salões de beleza que já entrou em entendimento. Outro grupo receberá parte das ações da Intercosmetics como forma de pagamento — operação chamada de swap. Ainda assim, os recursos não serão suficientes. Por isso está prevista uma oferta subsequente (followon) três meses depois da oferta inicial de ações. “Queremos usar o mercado de capitais sistematicamente. Já percebemos que os investidores não dão mais cheque em branco.”
A próxima a ser listada no Bovespa Mais, segundo o executivo, é a Ekoparking, empresa consolidadora de redes estacionamentos. “O ciclo das empresas é o mesmo: listo-as no Bovespa Mais, elas ganham massa crítica, para então lançar uma oferta de ações em dois ou três meses. Por isso, é provável que, enquanto estiver fazendo o IPO de uma empresa, comemore o ingresso de outra no Bovespa Mais”, explica.
Outras cinco companhias devem seguir esse caminho em breve: Drogarias Americanas, Companhia Aurífera Brasileira, Play Beverage South America, Ativos Brasileiros, Atletas Brasileiros e a Florestal Brasileira — esta última quando receber aval da CVM. Concluída essa etapa, Azambuja entrará com pedido de registro de companhia aberta de quatro empresas: EOX — aqui, qualquer semelhança com as empresas “X”, de Eike Batista, é mera coincidência —, Intermultimodal, Intelectual Service e Companhia Ferrífera Brasileira. “Ainda tenho outras 10 empresas no papel que seguirão esse modelo”, diz.
O ingresso dessas “microempresas” na bolsa brasileira só será possível porque o empresário montou uma equipe de estruturação de oferta de ações, cujos custos de abertura de capital foram barateados. A intenção do empresário é estender o negócio a terceiros em um futuro próximo. A Templars Consulting, braço da holding Templars Trust, será a responsável por esse trabalho.
Empresário também é versátil na vida pessoal
Azambuja, de 46 anos, tem seis filhos, plantou 3 mil palmeiras reais e escreveu três livros
Alexandre Azambuja é tão versátil em sua vida profissional quanto pessoal. O empresário, de 46 anos, tem seis filhos, já plantou três mil palmeiras reais no sítio de sua irmã no sul do país. Escreveu três livros, dos quais apenas um foi publicado, com o título “A Superdemocracia”.
Nascido em Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul, Azambuja mudou-se para Curitiba, no Paraná, há 15 anos. “Poderia ter me mudado para São Paulo ou para o Rio de Janeiro, mas escolhi Curitiba porque precisava de uma equipe que pensasse o mercado de capitais de forma diferente do habitualmente feito nesses centros financeiros. Caso contrário, teria que encaixar meus planos no modelos adotados nessas cidades”, destaca.
Azambuja, que se denomina filósofo autodidata, também já foi presidente de partido político em sua cidade natal, localizada ao norte de Porto Alegre. “Isso me ajudou a pensar de forma diferente do que estava acostumado. Mas seguir carreira política não está nos meus planos. Uma vez já foi suficiente”, brinca o empresário. Por Vanessa Correia
Fonte: Brasil Econômico 10/09/2012
10 setembro 2012
Planos de “Eike Batista das microempresas” decolam
segunda-feira, setembro 10, 2012
Compra de empresa, IPO, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA
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Ruy Moura
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