09 outubro 2011

Itaú pode comprar parte do HSBC Brasil

Maior banco privado brasileiro compra carteira do rival no Chile e alimenta especulações de negócio também aqui

Rumores aumentaram no ano passado após saída de antigo presidente do HSBC brasileiro do comando

Maior banco privado brasileiro, o Itaú Unibanco fechou a compra da carteira de clientes de alta renda do britânico HSBC no Chile. O negócio foi fechado na última quarta e alimentou os rumores de que o banco brasileiro também esteja comprando, pelo menos, parte da operação do HSBC no Brasil.

Ambos os bancos desmentiram os boatos, atribuindo os comentários a um ruído envolvendo o negócio no país vizinho.

O Itaú pagou US$ 20 milhões para ficar com 4.000 clientes do HSBC no Chile.

Fontes do mercado, no entanto, não descartam a possibilidade de o Itaú comprar parte dos negócios do HSBC no Brasil, especialmente a carteira de alta renda e a operação de crédito ao consumo.

Nesse caso, o HSBC seguiria no país com o atendimento a empresas, segmento em que melhor consegue aproveitar sinergias com sua rede comercial global.

O HSBC é o sexto maior banco de varejo no país, mas ficou "pequeno" depois que os principais concorrentes locais fundiram suas operações -Santander e Real se juntaram em 2007; Itaú se fundiu ao Unibanco em 2008; e Banco do Brasil comprou a Nossa Caixa em 2009.

O banco britânico tem sido citado em rumores tanto sobre compra de um banco -falou-se na compra do Real em 2007- como de sua saída definitiva do Brasil.

RUMORES

Os rumores cresceram no ano passado após o afastamento de Michael Geoghegan, antigo presidente do HSBC brasileiro, do comando mundial do HSBC.
Casado com uma brasileira, Geoghegan era entusiasta da operação no país.
Apesar do tamanho diminuto no Brasil, o HSBC considera o país estratégico.

O Brasil é hoje a quarta maior fonte de ganhos depois de Hong Kong, Reino Unido e China. O banco tem 60% de seus resultados vindos da Ásia e demais emergentes.

O HSBC chegou ao Brasil em 1997 comprando a "parte boa" do antigo Bamerindus.
À época, foi recebido com entusiasmo pelo Banco Central e pelo governo, que esperavam um aumento da concorrência de preços e serviços bancários no país. Por Toni Sciarretta
Fonte:folhadesp08/10/2011

09 outubro 2011



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