A presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana, criticou a predominância quase total de aberturas de capital de grande valor no Brasil. 'Nosso mercado só consegue dar vazão a operações grandes', disse ela, durante palestra de encerramento do 5º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. 'Precisamos ver o que é preciso fazer para desatar estes nós.'
Maria Helena diz que, em outros países, IPOs (aberturas de capital, na sigla em inglês) de menor porte são mais comuns. Nos Estados Unidos, a média das operações é de US$ 246 milhões, segundo dados de 2010 citados por ela na apresentação. Na Austrália, é de US$ 66 milhões, no México, R$ 264 milhões e no Reino Unido, US$ 181 milhões. Todas estão bem abaixo da média brasileira, de US$ 620 milhões.
Outro dado que mostra que a forte predominância de IPOs de grande valor no Brasil é que o País está entre os três maiores no ranking mundial em volume captado nessas operações. Já em número de operações, Maria Helena cita que a colocação do Brasil oscila entre o décimo e o vigésimo lugar.
Na avaliação da presidente da CVM, os bancos de investimento têm forte concorrência para fazer operações grandes. Em alguns casos, por meio de empréstimos, eles aumentam o tamanho da empresa para poder colocar no mercado uma oferta de maior porte. Outro fator é que o próprio setor de fundos de private equity mira na maioria das vezes as companhias de maior porte.
A executiva vê muitas oportunidades para IPOs de companhias de menor porte em diversos setores da economia, como a cadeia de fornecedores de óleo e gás. Para ele, a experiência internacional mostra que existe investidor interessado nesse tipo de papel.
Fonte:estadao27/08/2011
28 agosto 2011
CVM critica predominânica de IPO de grande porte
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