30 agosto 2011

HNS sai como principal vencedora do leilão de posições de satélites

A HNS Américas Comunicações, do grupo americano Hughes, saiu como o grande vencedora do leilão que ofertou hoje quatro posições de satélites para atender o país. Com postura mais agressiva, a companhia não apresentou nenhum lance inferior a R$ 35,2 milhões, o que já correspondeu a 792% de ágio sobre o preço mínimo de R$ 3,9 milhões, estabelecido para cada uma das quatro órbitas ofertadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A atuação mais forte do grupo americano na disputa impactou diretamente no resultado do leilão. Segundo o órgão regulador, os quatro lances vencedores renderam um ágio médio de 1.511%, com o valor previsto de arrecadação de R$ 254,4 milhões. “Os proponentes veem no futuro a necessidade de muita capacidade satelital. Isso mostra que o país tem um excelente mercado”, disse o presidente da comissão especial de licitação e gerente-geral de Satélites da Anatel, João Carlos Albernaz.

Mais da metade do valor a ser pago pelo direito de explorar os satélites será desembolsado pelo grupo Hughes com apenas o lance vencedor da primeira fase do leilão. A HNS arrematou a primeira posição na órbita, após uma disputa acirrada com a Sky, pelo valor de R$ 145,2 milhões que correspondeu ao ágio de 3.579%. Esta fase teve os maiores valores, por garantir ao vencedor a preferência de escolha das posições de satélites disponíveis. Nesta etapa, o lance maior da Sky foi de R$ 121,7 milhões.

Depois de frustrada a expectativa de adquirir o direito de escolha da órbita mais interessante para o grupo, a Sky decidiu não continuar na disputa pelas demais operações de satélite no território nacional. “A gente perdeu a única posição orbital que interessava do ponto de vista econômico e técnico”, disse o vice-presidente de Engenharia da Sky, Luiz Fernando Barcellos. Ele afirmou que, caso a empresa permanecesse na disputa, poderia de vencer uma das etapas seguintes que não era de interesse estratégico da empresa.

Com o lance de R$ 35,2 milhões, a HNS adquiriu ainda o quarto e último direito de operar satélite oferecido na licitação. A proposta respondeu pelo o ágio de 792% sobre o preço inicial. As outras duas posições de satélite foram arrematadas pela operadora Star One, que venceu com lances no valor de R$ 37 milhões - ágio de 837%. Os valores bateram as propostas iniciais da HNS Americas de R$ 35,2 milhões.

O modelo de exploração do satélite, proposto pela Anatel, prevê a prestação de multisserviços de telecomunicações (voz, dados e vídeo). Os satélites licitados deverão cobrir 100% do território nacional e parte da capacidade deverá ser dedicada para atender o mercado brasileiro. Os direitos de exploração valerão por 15 anos, prorrogáveis por uma vez.

A liberação de novas licenças de satélites é considerada crucial pela Anatel para garantir a ampliação da capacidade de prestação de serviços no país, em especial durante a realização dos eventos internacionais que o Brasil sediará nos próximos anos (Copa do Mundo e Olimpíadas).
Fonte:valoreconomico30/08/2011

30 agosto 2011



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