11 abril 2016

Brasil tem o menor número de aquisições e fusões desde 2009

Apenas 49 atividades de aquisições e fusões foram realizadas no Brasil no primeiro trimestre de 2016, de acordo com a consultoria britânica Mergemarket. Esse número representa o menor registro desde o terceiro trimestre de 2009, quando o país contabilizou 42 fusões e aquisições. A pesquisa revela também que o alto índice de desemprego somado à recessão econômica e à crise política no Brasil levou as empresas a frearem este tipo de acordo.

As aquisições e fusões registradas localmente foram as que mais se saíram prejudicadas. No total foram 25 acordos que somam US$ 505 milhões, resultando no menor valor desde o quarto trimestre de 2005, quando as atividades deste campo registraram US$ 404 milhões.

Já os acordos envolvendo empresas internacionais foram de apenas 24 fusões e aquisições, no total de US$ 2,2 bilhões. Apesar de ter representado uma alta de 33,8% em relação ao mesmo período de 2015, esse número trata-se do menor entre os acordos internacionais desde o primeiro trimestre de 2010.

No geral, as atividades de fusão e aquisição somaram US$ 2,7 bilhões, uma alta de 4,4% comparada aos primeiros três meses do ano passado, mas sendo o penúltimo pior valor desde o terceiro trimestre de 2005.

Em trimestres anteriores, o Brasil possuía uma parcela significativa de atividades de fusões e aquisições na América Latina. O país já chegou a representar mais da metade desses acordos, algo que não se repetiu nos primeiros três meses do ano, em que o fechamento revelou apenas 26,6% do total de acordos em número e 47,6% em valor financeiro.

Na América do Sul e Central, as atividades de aquisições e fusões somaram no primeiro trimestre de 2016 o valor de US$ 10,2 bilhões, o pior resultado desde o quarto trimestre de 2005, quando as empresas desembolsaram US$ 6,3 bilhões.

A pesquisa da Mergemarket apontou ainda que o maior acordo de fusão no Brasil neste período foi a compra de 72,5% da Parnaíba Gás Natural pela Eneva, que desembolsou US$ 312 milhões.

O maior acordo da América Latina, no entanto, foi de US$ 6,7 bilhões resultantes da aquisição da colombiana Isagen pela canadense Brookfield Renewable Energy Partners. Via Valor Leia mais em Canaltech 11/04/2016

11 abril 2016



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