A Tractebel anunciou nesta terça-feira a aquisição de 50 por cento do capital social da Brasil Energia Solar, em um movimento que marca a entrada da companhia no mercado brasileiro de geração de energia solar em instalações de pequeno porte, com placas fotovoltaicas em residências ou edifícios comerciais.
A empresa integra o Grupo Araxá, um dos líderes no mercado brasileiro de geração solar distribuída. O investimento na companhia, que passará a ser chamar Engie Solar, pode chegar a até 24,3 milhões de reais, segundo informação da Tractebel, controlada pelo grupo francês Engie.
"Vemos como inevitável a expansão desse segmento, muita gente quer ter sua própria energia, seja pelo ambiente, ou por razões puramente econômicas... é uma oportunidade estratégica de entrar... pretendemos ser um player importante como somos na geração solar centralizada", afirmou à Reuters o presidente da Tractebel, Manoel Zaroni.
A Araxá tem sede em Florianópolis e um escritório no Rio de Janeiro, e a ideia da Tractebel é expandir essa atuação, com foco inicialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, por questões de logística e demanda.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que no ano passado ampliou incentivos regulatórios para consumidores que investem em pequenas instalações de geração de energia, acredita que ao menos 1 milhão de unidades consumidoras adotarão essa tecnologia até 2024, o que representaria 4,5 gigawatts em potência instalada.
"Isso ainda está muito incipiente no Brasil, há em torno de mil projetos hoje. Comparado com Alemanha, China, isso não é nada, e somos um país tropical, que tem muito sol, principalmente no Nordeste. É inevitável crescer, e a gente não quer ficar de fora, queremos ser pioneiros", afirmou Zaroni.
Em novembro passado, a Tractebel fez o primeiro investimento em energia solar no Brasil, ao comercializar antecipadamente em leilão do governo federal a produção de uma usina de 30 megawatts a ser construída no Rio Grande do Norte.
O investimento estimado nessa usina, com geração prevista para a partir de novembro de 2018, é de 220 milhões de reais.
Segundo Zaroni, a companhia possui mais projetos já prontos para avançar no segmento solar ao longo dos próximos anos, incluindo usinas que aproveitariam o terreno de parques eólicos da Tractebel na Bahia. "Assim já aproveitamos a infraestrutura", disse. (Por Luciano Costa) Reuters leia mais em Yah00 19/04/2016
19 abril 2016
Tractebel faz aquisição para entrar no mercado de geração solar de pequeno porte
terça-feira, abril 19, 2016
Compra de empresa, Energia, Investimentos, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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