05 outubro 2011

Conheça formas de captar dinheiro para a saúde

Segundo consultor, existem características que devem ser analisadas antes de escolher a alternativa que mais tem a ver com a realidade da instituição de saúde

Para o fundador da Lógika consultores associados, Andre Staffa, o futuro está no crescimento da saúde privada, juntamente com a parceria com o Estado e setores públicos. Não apenas para o setor hospitalar, mas também para a promoção e gestão de saúde

Mais do que uma garantia de bem-estar social, o setor da saúde no Brasil também pode ser visto como um pólo gerador de renda. Segundo o fundador da Logika consultores associados, Andre Staffa, o segmento está entre os principais pilares de investimento do mercado brasileiro. “À medida que ficamos mais velhos, o atendimento e a necessidade de recursos para a área da saúde vão se tornando cada vez mais necessários”.

Ele ressalta que o Brasil oferece uma oportunidade fantástica, pois os hospitais privados podem formar redes de abrangência nacional que possibilitam a realização de assistência e atendimento de qualidade à população, juntamente com o alcance de resultados lucrativos.

Para Staffa, o futuro está no crescimento da saúde privada, juntamente com a parceria com o Estado e setores públicos. Não apenas para o setor hospitalar, mas também para a promoção e gestão de saúde.

Métodos de captação de dinheiro

Seja para o mercado de forma geral ou somente o setor da saúde as formas de conseguir recursos para crescer são basicamente as mesmas. No entanto, existem características que devem ser analisadas antes de escolher a alternativa que mais tem a ver com a realidade da instituição.

O consultor explica que existem diferentes formas de obter recursos para melhorar a situação no mercado. Entre essas possibilidades ele destaca:

BNDES:
Financiamento por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico pode trazer problemas para o segmento da saúde, segundo Staffa. Ele conta que os financiadores ficam com um pé atrás, pois existem muitos hospitais que não estão bem monetariamente.

Fundos Imobiliários:
Ainda incipiente no País, principalmente no setor hospitalar. Ele diz que o setor da saúde tem um problema com esse recurso, pois não se pode despejar um hospital. ”Isso é um complicador que tem se observado no mercado”

Private Equity:
É um fundo de investimento daqueles que possuem o interesse de conseguir uma remuneração melhor que o CDI. “Os investidores de Private Equity não são estratégicos e sim financeiros”. Ele ressalta que se busca um retorno de investimento considerado acima do que existe por opções financeiras no mercado de investimentos. Além disso, o investidor tem o objetivo de sair do negócio depois de algum tempo.

“No momento em que se aceita um investidor de Privaty Equity você divide o poder, mesmo que você tenha uma série de clausulas. Ninguém coloca dinheiro em uma empresa e fica simplesmente olhando”.

IPO:
No Brasil a legislação diz que hospitais não podem receber capital estrangeiro. Exceto nos casos previstos por lei. “Quando a ANS foi constituída em 1998, o PL 9658 disse que pode participar do orçamento das operadoras de saúde qualquer capital”
Segundo o consultor, os hospitais não têm uma lei 9658, mas acredita que isso não dure muito. “Não tem sentido as operadoras poderem abrir o capital e com esse dinheiro eles compram os hospitais para abrirem os seus planos de saúde”
Além disso, o IPO tem problemas sérios, a partir do momento que abre o capital, passa a ter analista semanalmente cobrando resultados. E não consegue se ter nada confidencial porque tem que ter dar explicação de tudo.

Project Finance
Para quem tem um problema de recursos existem alternativas que são os financiamentos de equipamentos. O Project Finance é interessante, na opinião de Staffa, pois é um tipo de financiamento onde o investidor não pede aval nem garantia do hospital ou empresa que está solicitando o financiamento.

“Esse recurso exige um projeto convincente de forma que o financiador se sinta seguro de investir o dinheiro sem que seja necessário assinar o contrato nem dar o prédio em garantia”
Fonte:saudeweb05/10/2011

05 outubro 2011



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