09 fevereiro 2012

Brasil é a bola da vez no varejo mundial

Em evento americano, Bill Clinton dedica tempo ao Brasil; amadurecimento e inovação de redes varejistas dá mais visibilidade para varejo nacional.

Dos 45 minutos que durou sua palestra na Feira de Varejo americana (National Retail Federation), em Nova York em janeiro, o ex-presidente Bill Clinton dedicou oito minutos para falar de Brasil.

"Não foi só pelo fato de um terço do congresso na NFR ser formado por brasileiros, cerca de 1,4 mil pessoas; Clinton e outras personalidades falam de Brasil porque temos cases de sucesso, varejistas que inovaram, o que há 19 anos não acontecia, pois os poucos brasileiros que iam na NFR eram ignorados", afirma Marcos Gouvêa, diretor geral da consultoria GS&MD Gouvêa de Souza.

Ele acrescenta que desde a criação (própria) do Índice Global de Maturidade do Varejo, que engloba 30 países, nenhum outro país amadureceu tanto quando o Brasil.

"Estamos mais competitivos, incorporamos as melhores práticas do mercado internacional e estamos no mesmo nível, só que em menor escala; o Brasil tem vocação para o varejo", disse Gouvêa.

Alberto Serrentino, sócio sênior da GS&MD Gouvêa de Souza, exemplifica alguns cases brasileiros de sucesso no evento promovido pela sua consultoria nessa semana, que reflete sobre as tendências do varejo apresentadas na NRF, maior feira de varejo do mundo realizada nos Estados Unidos em janeiro.

"O Grupo Pão de Açúcar é exemplo em diversificação de formatos, com lojas pequenas, médias e grandes, que atendem diversos públicos, além dos próprios canais online de vendas", aponta Serrentino.

Outro case de sucesso é o Magazine Luiza, que inovou ao transformar seus clientes em vendedores com o lançamento do "Magazine você", ferramenta digital em que qualquer brasileiro pode ter uma loja online da marca, deixando a cargo do Magazine Luiza a logística, pagamento, entrega e garantia de qualidade.

A Riachuelo também se destaca pela cadeia produtiva própria (da produção do fio à venda final) e as ações de marketing, que envolvem parcerias com estilistas conhecidos do mercado, como Oskar Metsavaht e Cris Barros.

Boticário e Livraria Cultura também são citados por Serrentino por proporcionarem experiências de compra diferenciadas a seus clientes. Por Naiara Bertão
brasileconomico08/02/2012

09 fevereiro 2012



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