A Duke Energy convidou a canadense Brookfield Asset Management e a empresa francesa de energia Engie para apresentarem propostas vinculativas por seus ativos de energia latino-americanos, segundo pessoas informadas sobre o assunto.
A geradora de eletricidade estatal China Three Gorges também foi escolhida para avançar para a próxima fase, segundo as pessoas, que pediram anonimato porque a informação é privada. As ofertas vinculativas pelos ativos, que poderão chegar a cerca de US$ 2 bilhões, devem ser apresentadas até o fim do mês, disseram as pessoas.
A Duke Energy informou em fevereiro que analisa a venda de cerca de 4.400 megawatts em capacidade de geração nas Américas Central e do Sul. O CEO Lynn Good disse por telefone, na quinta-feira, que a empresa iniciou um processo de due diligence mais detalhado com um grupo menor de potenciais compradores e que visa a anunciar o fechamento de um acordo até o fim do ano.
As condições econômicas frágeis da América do Sul estão levando Duke e suas concorrentes a estudarem a venda de ativos. A AES fechou a venda de uma distribuidora de energia no Brasil à CPFL Energia por US$ 464 milhões em junho.
Unidades no Brasil
Metade dos ativos colocados à venda pela Duke estão no Brasil e o restante na Argentina, Chile, Equador, El Salvador, Guatemala e Peru. Nessa carteira, dois terços são usinas hidrelétricas, segundo o comunicado de fevereiro.
Seria mais simples vender a carteira todo de uma vez, mas a empresa poderá negociá-la em pedaços para alcançar um valor maior, disse Good. Todos os recursos da venda serão usados para reduzir dívidas, disse o diretor financeiro da Duke Energy, Steve Young, por telefone na quinta-feira.
É possível que outros ofertantes ainda estejam no processo, segundo uma das pessoas. Representantes da Brookfield, da Duke Energy e da Engie preferiram não comentar o assunto. Um porta-voz da Three Gorges não respondeu aos telefonemas e a um e-mail em busca de comentário.
Reduzindo a poluição
O presidente chinês, Xi Jinping, tem procurado reduzir a poluição e estimular o investimento em combustíveis não fósseis na segunda maior economia do mundo.
A China Three Gorges fechou a compra do controle da operadora de parques eólicos alemã WindMW da Blackstone Group em junho em um negócio que avaliou o alvo da operação em 1,7 bilhão de euros (US$ 1,9 bilhão), incluindo dívida, disseram pessoas informadas sobre o assunto na ocasião.
A Brookfield também tem se mostrado ativa no mercado de energia da América do Sul. A empresa fechou a compra de uma participação majoritária da geradora de energia colombiana Isagen por aproximadamente US$ 2 bilhões por meio de uma de suas subsidiárias, no início do ano.
A Engie, anteriormente conhecida como GDF Suez, busca ampliar seus negócios de baixo carbono como parte do plano de três anos da empresa de energia.
A companhia com sede em Courbevoie, na França, está vendendo cerca de US$ 4 bilhões em ativos de exploração da Europa à África em um momento em que trabalha para reduzir a exposição à flutuação dos preços da energia, disseram pessoas informadas sobre o assunto no mês passado.Vinicy Chan e Scott Deveau (Bloomberg) -- UOL Leia mais em bol.uol 05/08/2016
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sexta-feira, agosto 05, 2016
Contingências, Desinvestimento, Energia, Infraestrutura, Private Equity, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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